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Policial que matou mulher trans é condenado a 10 anos de prisão

Além da pena de prisão, Jeremias perdeu o cargo que ocupava na Polícia Militar

O cabo da Polícia Militar (PMAM) Jeremias Costa Silva foi condenado a 10 anos de prisão em regime fechado pela morte de Manuella Otto, uma mulher trans de 25 anos. O julgamento ocorreu na tarde de quarta-feira (03/07), na 2ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus, no Fórum Henoch Reis, na zona centro-sul da capital. As informações são do Portal Toda Hora.

Durante o processo judicial, Jeremias optou por permanecer em silêncio diante das autoridades policiais, exercendo seu direito constitucional de só se manifestar em juízo.

No entanto, as evidências colhidas pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) foram suficientes para embasar a condenação por homicídio simples privilegiado, considerando as circunstâncias do crime e a tentativa de ocultação da identidade do autor.

Além da pena de prisão, Jeremias perdeu o cargo que ocupava na Polícia Militar, conforme determinado pela gravidade do delito cometido.

Relembre o caso

O crime ocorreu na madrugada de 13 de fevereiro de 2021, dentro de um motel no bairro Monte das Oliveiras, zona norte de Manaus. Segundo os autos do processo, Jeremias atirou no peito de Manuella durante um desentendimento dentro do estabelecimento. Após o homicídio, o policial tentou sua evitar a identificação cobrindo o rosto com uma camisa e fugiu do local, arrombando o portão do motel com seu veículo.

As câmeras de segurança do local registraram toda a ação, incluindo o momento em que o carro de Jeremias, um Chevrolet Prisma, entrou no estabelecimento e as subsequentes tentativas de fuga após os disparos.

O delegado Charles Araújo, da DEHS, informou que durante as investigações, as imagens foram cruciais para a identificação do veículo e posterior captura do policial militar semanas depois do crime.

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