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Pesquisa divulgada nesta sexta-feira (22/01) pelo Instituto de Pesquisa Ideia, e publicado pela revista Exame, registra queda na aprovação da gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que caiu de 37% para 26%. O declínio representa a maior queda semanal desde o início do governo de Bolsonaro, em janeiro de 2019.

Também de acordo com a pesquisa, a avaliação da gestão de Bolsonaro voltou ao mesmo nível da avaliação dos pesquisados em junho de 2020, mês que se revelou o mais crítico até aqui da pandemia do novo coronavírus.

Pesquisa do Instituto Ideia aponta que a desaprovação ao governo Bolsonaro pulou, portanto, para 45%. O levantamento foi realizado depois do caos no atendimento às vítimas da COVID-19 em Manuas, com mortes por asfixia por falta de oxigênio, e a aprovação pela Anvisa do uso emeregecial da vacina Coranavac.

A desaprovação do presidente é maior entre a população de maior renda e de escolaridade. Entre os que ganham mais de cinco salários mínimos, 58% não aprovam a gestão do presidente. No grupo dos que têm ensino superior, 64% desaprovam o governo federal.

Manaus

A pesquisa também perguntou se a crise de saúde pública em Manaus, que vive uma deficiência no fornecimento de oxigênio para os hospitais e um aumento substancial de casos de COVID-19, poderia influenciar a avaliação do governo. Para 60% dos entrevistados, o quadro atual na capital amazonense deve impactar o modo como analisam o trabalho do presidente. Para outros 22%, não deve fazer diferença.

O impacto dos acontecimentos em Manaus também repercute mais na população de alta escolaridade e renda: 71% dos que têm ensino superior dizem que a avaliação do governo deverá ser impactada, assim como 67% das pessoas com rendimentos superiores a cinco salários mínimos têm a mesma opinião.

“As classes média e alta, que poucas vezes usam o sistema público de saúde por ter plano particular, está insatisfeita porque as vacinas, a cargo do governo, não chegam e não há, até agora, uma definição sobre o calendário da campanha de imunização”, diz Moura. “Ao mesmo tempo, o fim do auxílio é visto negativamente por boa parte da população.”

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