Cerca de quarenta pacientes do mastologista Sebastião Mardem fizeram ontem na Clínica Padre Vitório em Parintins, a369 quilômetros de Manaus, um protesto pedindo a permanência do especialista na cidade.
A manifestação aconteceu depois que o médico, que realiza atendimento uma vez por mês na cidade, comunicou às pacientes que estava deixando Parintins em razão de uma possível redução salarial pela secretaria de Saúde de Parintins.
A senhora Meire Ribeiro cuja irmã trata de um Câncer de Mama com o médico estava indignada com a possibilidade da irmã ser prejudicada pela saída do mastologista.
“Essa situação é grave, a prefeitura de Parintins cria a maior dificuldade para conceder o TFD que é o tratamento fora do domicilio, é uma burocracia que não tem tamanho, como essas pessoas vão se deslocar para Manaus sem ter onde ficar, sem ter dinheiro, sem ter transporte, uma situação lamentável e estamos aqui apelando ao secretário de Saúde e ao senhor Bi Garcia por alguma solução”, desabafou.
A senhora Helena Silva afirmou que está apreensiva com a noticia porque sua filha foi operada a duas semanas e precisa de acompanhamento. “Isso é um absurdo, tem dinheiro pra tanta coisa e não tem pra pagar médico pra nós, pobres”.
A senhora Lúcia Oliveira lembrou que daqui a pouco haverá gasto de dinheiro com carnaval. “Acho que a saúde é prioridade”.
Secretária de Saúde
A reportagem ouviu o secretário de Saúde de Parintins, enfermeiro Clerton Florêncio, que reconheceu a dificuldade financeira de sua pasta para pagar especialistas.
Ele disse que o município de Parintins, por ser polo, recebe pacientes de toda calha do Baixo-Amazonas e mais ainda dos municípios paraenses vizinhos a Parintins. “Isso provocou um custo elevado comprometendo o nosso orçamento destinado ao pagamento de especialistas”.
Segundo ele, é necessário que a secretária de Saúde do Estado dê prosseguimento à regionalização da Saúde para garantir recursos que permitam a contratação pelo município de médicos especialistas.
Tadeu de Souza