O Jornal Nacional, da TV Globo, desta terça-feira (6) trouxe detalhes sobre o protocolo sanitário adotado pelo Tribunal Superior Eleitoral para as eleições municipais de 2020, que vão ocorrer em meio à pandemia do novo coronavírus. Essa divulgação trouxe pontos que despertaram críticas nas redes sociais.
Uma das medidas previstas no “Plano de Segurança Sanitária” do TSE, elaborado pela Consultoria Sanitária para a Segurança do Processo Eleitoral de 2020 (Consultoria Sanitária), formada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), pelo Hospital Israelita Albert Einstein e pelo Hospital Sírio Libanês, é a possibilidade de retirada de máscaras pelos eleitores para identificação. A máscara é obrigatória para a entrada nos colégios eleitorais.
“Se houver dúvida na identificação, o mesário poderá pedir que você dê dois passos para trás e abaixe brevemente a máscara”, diz trecho do documento, que detalha o passo-a-passo da votação.
“É o único momento em que você vai precisar tirar a sua máscara com segurança, vai haver um distanciamento entre você e o mesário”, disse um mesária ouvida pelo JN.
Essa medida não é obrigatória, mas gerou polêmica nas redes sociais.
“O Jornal Nacional noticiou que no protocolo de votação o eleitor terá q retirar a máscara para reconhecimento. Nada nem ninguém me faria retirar minha máscara em ambiente fechado onde passam centenas de pessoas, mesmo que por curto tempo. Tribunal Superior Eleitoral, mude o protocolo”, escreveu a epidemiologista Denise Garrett em seu Twitter.
Garett, que é vice-presidenta do Instituto Sabin Vaccine, ainda deu uma sugestão. “Se a retirada da máscara é realmente essencial para o reconhecimento, uma sugestão é que seja feito do lado de fora, ao ar livre, antes da entrada no recinto. A segurança dos eleitores deve ser a principal preocupação”, completou.
Alguns usuários ainda destacaram o risco do manuseio incorreto das máscaras por parte dos eleitores.