A principal viela do Cemitério São João Batista bem que poderia ser chamada de “Rua da Saudade”. Isso porque, de um lado e do outro da via, a Prefeitura de Manaus instalou corredores de banners com fotografias de personalidades históricas já sepultadas no local.
São artistas, ex-gestores públicos, professores, poetas e escritores. Em alguns casos, figuras populares que caíram nas graças da população.
Para alguns, a exposição pode parecer desnecessária — uma lembrança mórbida. Mas, para familiares e pessoas que conheceram os homenageados em vida, é uma memória que se renova ao ver a imagem de quem deixou sua marca na história da cidade.




Foi assim neste domingo, Dia de Finados, quando alguns visitantes interromperam sua caminhada para contemplar o banner do sambista Paulo Onça, falecido em 26 de maio deste ano, aos 63 anos, após ter sido agredido durante uma briga de trânsito ocorrida em dezembro do ano passado, em Manaus.
Durante todo o percurso pelo corredor de banners, as fotografias despertavam um verdadeiro “vídeo-tape” na memória de quem passava — nomes que marcaram trajetórias, lembranças que voltavam à tona.
A homenagem silenciosa se repetia diante das imagens de Arlindo Júnior, o lendário levantador de toadas do Caprichoso; do poeta Aníbal Beça; do ex-superintendente da Suframa, Ozias Monteiro; da professora e escritora Ruth Prestes; do professor de Publicidade e Propaganda da Ufam, Reinaldo Miranda Leão; do cantor Zezinho Corrêa; entre tantos outros.

