Mensagens de chats privados no aplicativo Telegram enviadas por fonte anônima ao site The Intercept Brasil apontam que procuradores da força-tarefa da Lava Jato, em Curitiba, ironizaram a morte da ex-primeira-dama Marisa Letícia e o luto do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As mensagens também foram analisadas em parceria com o UOL, e publicadas nesta terça-feira (27).
A ex-primeira-dama sofreu um AVC hemorrágico em janeiro de 2017 e a morte encefálica foi confirmada em fevereiro do mesmo ano.
Na época, após a notícia do falecimento ser compartilhada no grupo ‘Filhos do Januário 1’, a procuradora Laura Tessler fez o seguinte comentário: “Quem for fazer a próxima audiência do Lula, é bom que vá com uma dose extra de paciência para a sessão de vitimização”, declarou.
A fala de Lula na despedida no velório da mulher também foi compartilhada por Laura no chat. Na ocasião, o ex-presidente afirmou: “Eles que têm que provar que as mentiras que estão contando são verdade. Então, Marisa, descanse em paz porque esse Lulinha paz e amor vai continuar brigando muito”.
O procurador Deltan Dallagnol define a manifestação de Lula como “uma bobagem”.
“Bobagem total… nguém (sic) mais dá ouvidos a esse cara”, pontuou o procurador.
Procurada pelo UOL, a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba alegou que não poderia se manifestar sem ter acesso integral às conversas.
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