O governador Wilson Lima se reuniu com representantes da empresa White Martins, fornecedora de oxigênio ao Estado, nesta segunda-feira (05/04), para tratar do plano de contingência que está sendo atualizado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), tendo em vista o enfrentamento a um possível novo pico da pandemia de Covid-19 no Amazonas, como ocorre em outros países.
No encontro, realizado de forma virtual, Wilson Lima afirmou que o avanço da vacinação contra a Covid-19 é a principal esperança de que a situação não volte a agravar, mas destacou que o Estado já elabora um plano de contingência, caso o Amazonas siga a tendência observada em outros países, como da Europa, que vivem uma terceira onda da pandemia.
Nos países europeus, o intervalo entre a segunda e terceira onda foi entre 50 e 21 dias. De acordo com a SES-AM, no segundo pico no Amazonas, em janeiro deste ano, o número de casos subiu gradativamente durante 21 dias e foram necessários 40 dias para desacelerar. Os indicadores estaduais continuam sendo monitorados e ainda mostram tendência de queda no número de casos, internações e óbitos por Covid-19.
Plano de Contingência – Embora o cenário seja de redução na curva da pandemia no Amazonas, a SES-AM já trabalha no plano de contingência caso o estado venha a enfrentar um novo pico. Entre as medidas em planejamento está o abastecimento de oxigênio, insumo muito demandado nas internações hospitalares devido às peculiaridades da Covid-19.
De acordo com a White Martins, a produção da empresa no Amazonas, hoje, é de 36 mil metros cúbicos (m³) por dia, em média. Já o consumo da rede estadual de saúde está de 17 mil m³/dia. No segundo pico da pandemia no estado, a demanda chegou a 80 mil m³ para atender toda a rede, na capital e interior.
Variante P1
Durante a reunião, o secretário estadual de Saúde, Marcellus Campêlo, lembrou que a nova variante do novo coronavírus, batizada de P1, foi um dos fatores que levaram ao crescimento recorde e inesperado de casos e internações por Covid-19, em um curto período de tempo no Amazonas, comprometendo todo o planejamento traçado no Plano de Contingência para o Recrudescimento da doença, que vinha sendo colocado em prática desde novembro do ano passado.
Marcellus Campêlo destacou na reunião com representantes da White Martins que, no ano passado, vários especialistas apontavam que os impactos da segunda onda seriam menores e, mesmo assim, o Estado se preparou para um cenário com os mesmos parâmetros do primeiro pico da doença. Porém, o Estado foi surpreendido com o grande poder de transmissibilidade da variante P1.