Depois de ensaiar a expulsão dos deputados Álvaro Campelo e Mayara Pinheiro por infidelidade partidária ao votarem na eleição para presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), ontem, no candidato Roberto Cidade (PV), e não no secretário-geral da sigla é líder na Aleam, deputado Belarmino Lins, o Partido Progressista voltou atrás em relação à possibilidade de punição aos deputados. A informação é do site O Poder.
Nesta sexta-feira, 4, procurado pela reportagem, Belarmino Lins descartou qualquer possibilidade de penalizar ou expulsar os deputados alegando que eles fizeram a sua opção de participar do processo eleitoral.
“Os Progressistas, por natureza, exercitam e praticam o estado democrático brasileiro. A direção dos Progressistas não adotará nenhuma medida punitiva com os ilustres membros do partido deputada Mayara Pinheiro e Álvaro Campelo. Não houve fechamento de questão e os deputados ficaram livres para fazer a sua opção de qual chapa participar e votar. De tal forma que não prosperará por parte da direção regional qualquer medida punitiva aos nobre colegas parlamentares”, garantiu Belão.
Mágoas
Procurado pelo Portal O Poder, o deputado Álvaro Campelo disse que, há algum tempo, o Partido Progressista já vem dando demonstrações que não quer mais contar com a sua participação na sigla partidária.
“O partido já demonstra que não me quer em seus quadros há algum tempo. Não aceitou nenhuma das indicações que eu fiz para a presidência dos diretórios municipais. Não me convida para os eventos do partido. Me destituiu da vice-liderança sem prévia comunicação”, elencou.
Campelo disse que no momento não tem outro partido em vista e justificou porque preferiu votar em Roberto Cidade, que foi eleito o novo presidente da Aleam, e não no colega de partido, Belarmino Lins.
“Porque a candidatura do Belarmino foi apresentada ontem na hora da eleição”, informou.
O Portal O Poder entrou em contato via aplicativo de mensagens com a assessoria da deputada Mayara Pinheiro, mas até o fechamento desta edição não obteve resposta.
Apesar da afirmativa de Belarmino de que não haverá punição aos deputados, ontem chegou a circular uma nota da assessoria de imprensa do partido informado de que a direção nacional e a estadual estavam estudando a possibilidade de expulsar os deputados por infidelidade partidária.
Confira a nota na integra
As assessorias jurídicas da Comissão Nacional e do Diretório Estadual do Progressistas (PP) já estudam a expulsão dos deputados estaduais Álvaro Campelo e Mayara Pinheiro por infidelidade partidária.
Segundo fonte da legenda, os comandos nacional e estadual admitem que os dois parlamentares podem ter cometido ato de infidelidade ao deixarem de acompanhar a candidatura do deputado Belarmino Lins, secretário-geral da sigla no Amazonas, à Presidência da Assembleia Legislativa do Estado (ALEAM) nas eleições realizadas na tarde desta quinta-feira (3). “Em respeito às normas do partido, eles deveriam ter votado no candidato progressista durante o processo eleitoral da Aleam”, disse a fonte.
Progressistas (PP)
Assessoria