O prefeito Arthur Virgílio (PSDB) pediu socorro ao Amazonas, através das páginas do jornal Folha de S. Paulo. O quadro desesperador traçado por Arthur é de deixar os menos avisados de cabelos em pé. De acordo com o tucano, o Estado não enfrenta mais uma emergência, mas sim “um estado de calamidade”.
— O Amazonas pede socorro. SOS Amazonas. Aceitamos voluntários, médicos, aparelhos que estejam em bom funcionamento ou novos –, disse o prefeito relatando que o Amazonas atingiu um patamar muito doloroso.
— Não precisaríamos ter chegado se tivéssemos praticado a horizontalidade da quarentena, no qual o médico terá que se fazer a pergunta: salvo o jovem ou o velho? –, lamentou o prefeito.
Ato golpista de Bolsonaro
Virgílio também criticou, e na frente do general Mourão – na reunião de segunda-feira, em Manaus –, a participação de Jair Bolsonaro nos atos golpistas do domingo 19/IV em Brasília.
— Não podia deixar de condenar o presidente participar de um comício, aglomerando, e ainda por cima tecendo loas a essa coisa absurda que foi o AI-5. Cassou meu pai, Mário Covas, pessoas acima de quaisquer suspeitas, e que serviam o país –, disparou emocionado.
Sangra as feridas
Para Arthur é de extremo mau gosto o presidente participar de um comício, insistentemente contrariando a OMS e os esforços que fazem governadores e prefeitos.
— Bolsonaro toca diariamente nas minhas feridas –, disse.
Respeito aos coveiros
Arthur também não deixou sem resposta a frase indigesta do presidente Bolsonaro, na segunda-feira, ao dizer que “não é coveiro” após ter sido perguntado sobre o número aceitável de mortes por coronavírus.
— Queria dizer para ele que tenho muitos coveiros adoecidos. Alguns em estado grave. Tenho muito respeito pelos coveiros.
Presidente de verdade
Ao falar sobre os coveiro, Arthur começou a chorar. E disse não saber se Bolsonaro serviria para ser coveiro.
— Talvez não servisse. Tomara que ele assuma as funções de verdadeiro presidente da República. Uma delas é respeitar os coveiros. afirma Virgílio.
Esticar a corda
O governador Wilson Lima fez um apelo aos parlamentares da assembleia legislativa, dizendo que “não é hora de esticar a corda”.
— Essas questões têm que ser deixadas lá pra frente —, disse o governador em entrevista.
Wilson referia-se à decisão do legislativo de pedir a intervenção na saúde do Estado.
Não recuaram
Mesmo assim o pedido de intervenção federal na saúde do Amazonas, aprovado na última segunda-feira (20) pelos deputados da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), será encaminhado ao presidente Bolsonaro (sem partido), nesta quarta-feira (22).
O autor
A medida foi apresentada pelo presidente da Casa, Josué Neto (PRTB), delegado Péricles (PSL), João Luiz (Republicanos), Mayara Pinheiro (PP), Felipe Souza (Patriota) e Fausto Jr (PV).
Quem assinou
O documento ainda foi subscrito pelos deputados Sinésio Campos (PT), Belarmino Lins (PP), Mayara Pinheiro (PP), Dermilson Chagas, Wilker Barreto (Podemos), Adjuto Afonso (PDT) e Serafim Corrêa (PSB).
Josué cutuca
De acordo com Josué Neto, o Executivo estadual também não está prestando contas dos quase R$ 30 milhões que a Aleam encaminhou, através de emendas parlamentares, para o Governo utilizar nas ações de combate ao coronavírus. O parlamentar afirmou ainda que o Estado deveria ter agido com controle mais efetivo nos aeroportos e se preparado estrategicamente para atender a população investindo seus recursos efetivamente na saúde. Segundo ele, o Estado utilizou R$ 736 milhões, há duas semanas, para pagar dívidas.
Dor e conflitos
Devido aos consecutivos conflitos entre familiares e a imprensa, a prefeitura de Manaus pediu um tempo aos jornalista. A partir de agora, o acesso ao local está restrito às famílias que forem enterrar os seus entes queridos, na quantidade máxima de cinco pessoas, conforme o Decreto nº 4.801, de 11 de abril de 2020, publicado no Diário Oficial do Municipal (DOM).
Respeito à privacidade
A medida visa preservar a privacidade das famílias enlutadas e também considera o risco de propagação do novo coronavírus. A Secretaria Municipal de Comunicação (Semcom) fez questão de agradecer a compreensão da imprensa.
Tubarões na mira
A deputada Alessandra Campêlo (MDB) começou a brigar contra o aumento abusivo de preços no interior. Ela pediu a intervenção do Programa de Proteção e Orientação ao Consumidor do Amazonas (Procon-AM).
Aqui também, deputada!
Aliás, La Campelo não tocou no assunto, mais aumento abusivo já vem tendo aqui na capital há algumas semana desde que começou a pandemia —, como denunciou Dito&Feito.
400% de aumento
Durante pronunciamento na sessão virtual, Alessandra disse que tem recebido diversas denúncias de moradores dos municípios. Em Boa Vista do Ramos, por exemplo, alguns itens da cesta básica, como feijão e farinha, já tiveram aumento de 200 a 400%.
— A gente tem que entender que não é momento de se tripudiar com a necessidade da população. A gente repudia todo tipo de abuso nesse momento de pandemia – disparou a líder do MDB.
Kim Jong-um em estado grave
A TV CNN deu em primeira mão que o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, se encontra em “estado grave” depois de ter feito uma cirurgia. Segundo uma autoridade americana, a coisa é séria e o regime norte-coreano está preocupado com a saúde do ditador.
Kim Jong-un tem 37 anos e a “gravidade de seu caso é difícil de avaliar.
ORGULHO
O respirador pulmonar criado em 48 horas pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) teve a licença liberada para produção por empresas.
O valor de custo dele é de R$ 400, ou seja, 37 vezes mais barato do que o disponível no mercado. Para conseguir permissão pra produzir o respirador, basta a empresa interessada mandar um e-mail para a Agência UFPB de Inovação Tecnológica – Inova- inova@reitoria.ufpb.br As empresas precisam ter autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para produzir o aparelho, que precisará passar por testes pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
VERGONHA
Diante dos relatos reiterados de golpes que vem sendo aplicados por estelionatários por meio de chamadas telefônicas ou mensagens de Whatsapp, o Ministério da Saúde informa que não pede nem recebe doações em dinheiro, assim como não há fundo exclusivo para receber recursos da população para combate à pandemia de covid-19. O Ministério da Saúde admite receber doações apenas de insumos, equipamentos e materiais médicos-hospitalares relacionados ao combate à pandemia. Os interessados em fazer doações desse tipo devem procurar o Ministério da Saúde por intermédio do e-mail juntoscontracovid19@saude.gov.br.