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Se a vida estivesse correndo normal no patropi, esse seria uma ano típico de eleições. A essa altura do campeonato, as articulações políticas estariam se intensificando com rumores de quem sai ou não candidato em outubro e até propensos candidatos chutando a canela de  prováveis adversários nas urnas.

Mas, definitivamente  2020, definitivamente, está longe de ser um ano eleitoral típico. A pandemia do novo coronavírus colocou o país e o mundo de ponta cabeça, impondo o isolamento social e paralisando uma série de atividades. Portanto, a pergunta que está no ar é: vai ou não vai ter eleição? Antes de qualquer debate é necessário lembrar que a realização das eleições municipais no primeiro domingo de outubro está regulamentada no artigo 29 da Constituição Federal. Portanto, para que essa data seja alterada, é necessária a aprovação de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) em quatro votações, duas no Senado e duas na Câmara Federal.

Depende da pandemia

Os analistas mais pessimistas (ou realistas)  acreditam que a coisa está bem complicada. Se uma perspectiva clara de quando a epidemia irá perder força e quais seus desdobramentos futuros, a realização do pleito no dia 4 de outubro, para escolher novos prefeito e vereadores, é uma possibilidade cada vez mais distante.

Outros países fizeram

Mas não é assim que pensam os políticos do Amazonas. O líder da oposição, deputado Wilker Barreto (Podemos), por exemplo, está certo que haverá eleição.

— Acredito que sim, até  pelas falas dos ministros do TSE. As eleições municipais  devem acontecer  ainda este ano. O mesmo já ocorreu em outras parte do mundo.

Imprevisibilidade

Wilker se referia à entrevista do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso – no final de maio -, onde ele afirmou que o judiciário está se preparando para realizar as eleições na data marcada.

— Porém, a imprevisibilidade é a marca deste momento – observou o ministro.

Segunda onda

Barroso lembrou que as pessoas estão procurando estudar as curvas da doença para saber quando ela vai começar a decrescer, — Mas há tropirisco de segunda onda. Não estamos lidando com uma doença conhecida e, portanto, estamos tratando com muita cautela, e uma das cautelas é não fazer previsões para um futuro muito distante –, disse Barroso.

Eleição e natal

Candidato a prefeito, o deputado federal José Ricardo (PT-AM)  também aposta na realização das eleições ainda este ano.

— Talvez tenha que mudar a data de outubro e  transferir para dezembro,  por exemplo. Mas o processo eleitoral pode ocorrer tranquilamente.

Sem legitimidade

Zé Ricardo diz que “não só pode como deve”  haver eleição para mudar os prefeitos.

— Não fá para manter os prefeitos porque eles não têm legitimidade para ir além do final do ano –, analisa o petista.

Tem, mas só em novembro

Vice-decano do parlamento, o líder do PSB, deputado Serafim Corrêa tem  certeza absoluta de que haverá eleição si, ainda em 2020. Mas adverte:

— Mas o pleito deverá ser adiado para o dia 15 e 29 de novembro.

Os tempos são outros

Alguém te  que avisar ao presidente Jair Bolsonaro que o Brasil ainda vive uma democracia. Não existe mais espaço para “ditadores” baterem à mesa e dizerem “vai ser assim, porque é assim que eu quero”. Isso era no tempo da “redentora”.

Reitor biônico

Esta semana o governo tentou emplacar a Medida Provisória  que dava liberdade para que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, pudesse escolher os reitores de universidades e institutos federais. Sem consultar previamente integrantes da comunidade acadêmica.

Engatou a ré

A medida provisória foi duramente criticada pela comunidade acadêmica. E, diante da pressão, Bolsonaro derrubou nesta sexta-feira (12) a MP.

O recuo de Bolsonaro ocorre após uma reação do Congresso contra a medida. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), chegou a devolver a MP para o governo, sem avisar Bolsonaro, anulando os efeitos da norma.

Ataque à democracia

Para o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB) o senador Davi Alcolumbre agiu de maneira correta, pois  essa MP era um ataque à democracia brasileira.

Em vídeo publicado em suas redes sociais, Virgílio pede para que o ministro não faça distinção de reitores e que foque no trabalho em prol da educação brasileira.

— O ministro Weintraub tem que entender que não tem direita, não tem esquerda, não tem centro, o que tem é aquele que ganhou com os votos e que deve ser empossado livremente – disse Virgílio.

Weintraubzinhos

O prefeito criticou duramente o ministro por armar para indicar gente que pense como ele.

—O que ele queria um monte de Weintraubzinhos mandando nas universidades, ele não tem esse direito! —, dispato8u.

Brasil preocupa o mundo

A situação do Brasil em relação à pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) é de preocupação crescente.

O alerta é do chefe do programa de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Ryan e foi feito na sexta-feira (12).

Suportando

Ao comentar as altas taxas de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) dos hospitais brasileiros, Ryan disse que o sistema de saúde "ainda está suportando" mesmo com alguns estados com mais de 90% das vagas ocupadas.

Vacina, um bem público

Nesta sexta, a OMS também chamou atenção para que as vacinas contra a Covid-19 sejam disponibilizadas como um bem público global e que qualquer um tenha acesso justo a quaisquer produtos essenciais que sejam desenvolvidos.

— Muitos líderes têm promovido a ideia de tornar qualquer vacina um bem público global e isso deve continuar sendo fomentado –, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Ranking macabro

Com 843 novos óbitos provocados por coronavírus, atingindo um total de 41.901 mortes, o Brasil tornou-se o segundo país com maior número de vítimas fatais provocadas pela doença, ultrapassando o Reino Unido e ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

Além disso, o Brasil registrou 24.255 novos casos esta sexta-feira. Até agora, então, a pandemia provocou 829.902 contágios no país. Este índice também é menor somente do constatado nos EUA.

ÚLTIMA HORA

Desenvolvido por um pesquisador australiano, um remédio experimental pode ajudar a evitar as mortes de Covid-19 . Por meio desse medicamento seria possível controlar a formação dos coágulos de sangue, que são os responsáveis pelas dificuldades respiratórias, falência múltipla de órgãos, derrame e infarto.

Em entrevista, o professor Shaun Jackson, da Universidade de Sydney e do Instituto de Pesquisas do Coração, que lidera uma equipe de pesquisadores que desenvolve um novo remédio para tratar de derrame, mostra grande expectativa que a novidade possa ser usada em pacientes com coronavírus.

— Se nosso medicamento consegue controlar os coágulos, a falência múltipla de órgãos e a morte de muitos milhares de casos poderiam ser evitadas. Queremos pacientes de Covid-19 procurando caixas de lenço, não ligados a respiradores”, afirmou

ORGULHO

Duas marcas gigantes do esporte, Nike e Adidas, concorrentes, se uniram contra o racismo, depois da morte de George Floyd, em uma ação policial desastrosa em Minneapolis, nos EUA. Primeiro a Nike lançou um manifesto incentivando que “todos façam parte da mudança” e trocou seu slogan “Just Do It”, (“faça”, em tradução livre) por “Don’t Do It” (“não faça”). Em seguida a Adidas, em apoio, retuitou o manifesto da concorrente, que incentiva: “todos façam parte da mudança”. E a marca alemã complementou: “Juntos é como avançamos. Juntos é como fazemos mudanças”.

VERGONHA

No Brasil, as populações negras e pardas são a maior parte da população (57%), entretanto, estão mais presentes entre as pessoas abaixo das linhas de pobreza, tem menor representatividade entre os cargos mais importantes das instituições e posições políticas. As taxas de analfabetismo e de homicídios também são mais acentuadas entre eles. Isso significa que negros e pardos não competem em situação de igualdade com os demais, pois, estão sujeitos a condições menos adequadas de saúde, segurança e educação. Importante ressaltar que, no Brasil, a desigualdade no acesso à água tratada, coleta e tratamento de esgoto é um fato. Conforme dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, somos cerca de 40 milhões de brasileiros sem água tratada e mais de 100 milhões sem coleta de esgoto. É uma vergonha!

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