O prefeito de Manaus, David Almeida, reafirmou que o município tem oxigênio suficiente para atender a central do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), a maternidade Moura Tapajóz e a Fundação Dr. Thomas e que mais de 6 mil metros cúbicos chegarão ainda nesta sexta-feira, 15/1, para atender o município.
A informação foi divulgada na visita do prefeito de Manaus realizada na central do Samu no início da manhã de hoje.
O prefeito explicou que, devido ao novo pico da Covid-19 no Estado, o reabastecimento do oxigênio das unidades municipais foi comprometido. A solução foi buscar novas fontes para conseguir o insumo. Ele informou que o carregamento de oxigênio que chegou nas primeiras horas desta sexta-feira está garantindo reforço na demanda.
“Estive no SAMU e verifiquei que temos oxigênio para nossas unidades. Agora, estamos esperando a chegada de uma balsa que trará um grande carregamento para todo o Estado. Já visitei a nossa maternidade (Moura Tapajóz, zona Oeste), e lá está tudo certo. Temos oxigênio para o nosso asilo e para o Samu”, afirmou David.
Monopólio
O prefeito David Almeida fez um comparativo de que durante o primeiro pico de Covid-19 na cidade, no ano passado, foram consumidos aproximadamente 30 mil metros cúbicos de oxigênio por dia. Hoje, neste cenário, são necessários 76 mil metros cúbicos para abastecer todas as unidades hospitalares de Manaus. Porém, segundo o prefeito, a capacidade de produção das usinas instaladas em Manaus é de apenas 35 mil metros cúbicos.
David criticou o monopólio existente na produção e distribuição de oxigênio no Brasil. O prefeito informou que um metro cúbico do produto está sendo comercializado a R$4,80 no Amazonas, enquanto em outros estados o preço chega a ser de R$2.
"Existe um monopólio na distribuição do oxigênio em todo o Brasil. Uma empresa só que defende a exclusividade como regras criadas em Brasília, e as outras empresas não podem fornecer o insumo. Se nós tivéssemos outras empresas, Manaus não teria passado por esses vexames. Isso é um alerta, não só para Manaus, mas para o Brasil. A empresa dita as regras do mercado, exatamente porque não tem livre concorrência", concluiu David.