O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, participou na manhã desta quarta-feira, 16/9, da 78ª Reunião Geral da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), realizada on-line, que teve como plano de fundo as questões financeiras e jurídicas envolvendo as prefeituras, neste final de mandato, diante da queda de arrecadação frente à pandemia de Covid-19 que ocorre no país desde o primeiro trimestre do ano.
Arthur manifestou apoio ao projeto Simplifica Já, que mantém o Imposto Sobre Serviço (ISS), modificando o que dispõe as Propostas de Emendas à Constituição (PECs) 110 e 45. “Acabei de subscrever o manifesto a favor do Simplifica Já e entendo que as PECs 110 e 45 são mais Brasília e menos Brasil, porque restringem ainda mais os municípios”, disse o prefeito. “Gostaria que essa reforma viesse para o país de forma gradativa e não tão apressada como está sendo feita e sem o olhar atento às reais necessidades do país”, afirmou.
O prefeito de Manaus aproveitou o momento para defender, mais uma vez, a Amazônia e a Zona Franca de Manaus (ZFM). “Alguém está preocupado com a questão da Floresta em pé? Todos estamos. E isso está diretamente relacionado com a Zona Franca. A Amazônia do Amazonas tem aproximadamente 96% da floresta intacta e precisamos manter isso”, defendeu o prefeito. “Se acaba a ZFM, teremos a desertificação da floresta e efeitos devastadores. Hoje, nós temos três grandes empregadores aqui: a Zona Franca, a Prefeitura de Manaus e o tráfico de drogas. Sem a ZFM, teremos degradação da floresta e uma enorme contratação de mão de obra para o tráfico de drogas. É uma coisa grave”, exemplificou.
O prefeito também conseguiu incluir na carta da FNP sobre a reforma tributária a Zona Franca de Manaus. “Vamos tratar o que é nacional, como algo nacional e não com preconceito, como vem sendo tratado até agora. A Amazônia interessa ao mundo, portanto deve ser entendida pelo Brasil. Precisamos de investimentos fortes em internet, em portos, em transporte e, principalmente, na forma como podemos aproveitar a nossa biodiversidade. Manter a floresta em pé é proteger a soberania nacional, basta ver a gravidade das declarações do candidato a presidente dos Estados Unidos, Joe Biden”, disse o prefeito, referindo-se às declarações do candidato à presidência sobre possíveis intervenções para conter a devastação da Amazônia.