Aqueles que sempre fizeram “bilú- tetéia” para o do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus pipolhos deveriam tomar uma choque e realidade e fazer uma autocrítca, depois que pai e filhos detonaram a Zona Franca de Manaus durante a votação da reforma tributária. O que injusto se for levado em conta que Manaus (infelizmente) foi a cidade que, proporcionalmente, deu mais número de votos ao ex-capitão da extrema direita.
O filho nº 1, por exemplo, senador Flávio Bolsonaro (PL) disparou esta semana críticas infundadas contra as vantagens comparativas da Zona Franca de Manaus (ZFM), que foram mantidas na Reforma Tributária aprovada na terça-feira, 7, na Comissão de Constituíção e Justiça (CCJ) do Senado.
— Manaus tem que ser o novo Vale do Silício, e o resto do Brasil uma Argentina, já que as indústrias de todo o País vão para a Zona Franca de Manaus por causa do custo baixo de produção ou serão incentivadas a adquirir matérias-primas no Amazonas –, atacou o rei das rachadinhas e das lojas de chocolate.
Malvado preferido
Já o pai, o imbrochável e inelegível Jair, num passado não muito distante , desfechou um punhalada no Amazonas
ao zerar o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) no restante do País, colocando o modelo no mesmo patamar que outros Estados do País que possuem melhor infraestrutura.
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Isso causou uma quebradeira e custou mais de 10 mim empregos. E o que nossos nobres deputados estaduais fizeram? Deram o título de Cidadão do Amazonas ao Jair Bolsonaro.
Perguntar não ofende
Quem tal agora, excelências, dar também um título de Cidadão do Amazonas ao ao pimpolho Flavio Bolsonaro?
Raivosinho
Flávio Bolsonaro, que votou contra a Reforma, também reagiu contra a a manutenção das vantagens comparativas da ZFM, preservada no texto aprovado.
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O pimpolho nº 1 detonou o modelo depois que o relator da matéria, senador Eduardo Braga (MDB), rejeitar uma emenda de sua autoria que beneficiava o Rio de Janeiro na distribuição dos royalties do petróleo.
Coitadinho do Rio
Na época, Omar classificou a declaração de Bolsonaro como uma ameaça à região.
— É uma grande injustiça o estado do Amazonas, que possui três senadores e oito deputados estaduais, consiga ter um tratamento tão justo o e o Rio de Janeiro com três senadores também e 46 deputados estaduais, não! –, vociferou.
Punhalada no coração da ZFM
Voltando ao “malvado favorito” dos amazonenses, o Cidadão do Amazonas Jair, é bom lembrar que ele nunca fez nada pelo Amazonas.
Ao contrário, sempre atacou a Zona Franca de Manaus.
Em 2021, ele reduziu o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em 35% e, não satisfeito, zerou o IPI do polo de refrigerantes.
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Foi um golpe de misericórdia na Zona Franca de Manaus (ZFM), que tem como fonte de incentivo é a renúncia fiscal de impostos federais como o IPI.
Tom ameaçador
Na época da CPI da Covid, numa alfinetada direta ao presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM) – o único que teve a coragem de peitar o ex-presidente –, ele declarou em uma de suas famosas gravações covardes.
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— Imagine Manaus sem a Zona Franca, hein, senador Aziz. Você que fala tanto na CPI, senador Eduardo Braga, imagine aí o estado, ou Manaus, sem a Zona Franca? -, disse numa ameaça velada ao modelo.
Outra vez Omar
Depois da fala desastrosa de Eduardo Bolsonaro, esta semana, o senador Omar Aziz foi o único, na bancada do senado, que reagiu ao ataque.
— Isso é discurso para quem é oportunista, está atrás de voto e não está atrás de resolver os problemas que o país enfrenta!
A gregos e troianos
No processo de votação da reforma tributária, os relatores da PEC, o senador Eduardo Braga (MDB-AM) e o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) tentaram agradar a gregos e troianos.
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Por isso serão recebidos para um jantar-homenagem promovido pela Abras (Associação Brasileira de Supermercados) em São Paulo.
Jogo do lobby
A associação atua como lobista no Congresso para influenciar os parlamentares em projetos que lhe interessa, como a reforma tributária.
Os representantes da associação foram presença constante entre os parlamentares nas últimas semanas.
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Chegaram a apresentar duas listas de itens, que comporiam a cesta básica - e que, assim, teriam alíquota zero de imposto. Na primeira versão, eram 38 produtos. Na segunda, 25.
Braga atendeu
Com a redução do número de produtos, o setor sugeriu a inclusão de produtos e serviços que poderiam pagar menos imposto.
A diminuição prevista por Eduardo Braga, que os atendeu, pode chegar a 60%. A expectativa é que Ribeiro os mantenha, agora, no retorno da reforma à Câmara.
Conspiração golpista
O depoimento do tenente-coronel Mauro Cid à Polícia Federal trouxe à tona novas informações que comprometem o clã dos Bolsonaro.
São conspirações de bastidores que o ex-ajudante de ordens da Presidência da República testemunhou.
Dois capetinhas
O ex-militar, que assinou um acordo de delação após ser preso, detalhou a participação de Michelle Bolsonaro e do deputado Eduardo Bolsonaro em incitar o presidente a adotar medidas golpistas.
A cena lembra as histórias em quadrinhos onde a consciência vira capetinhas sussurrando no ouvido: “Dá o golpe! Dá o golpe!”
Generais abortaram
O plano golpista, segundo Cid, não avançou devido à discordância dos comandantes militares que, ao menos dessa vez, usaram o bom sendo e abortaram a conspiração golpista.
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Em setembro, Bolsonaro discutiu uma minuta golpista, mas apenas o comandante da Marinha apoiou a iniciativa, enquanto os chefes do Exército e da Aeronáutica se posicionaram contra.
Starbucks quebrada
Com pedido de recuperação judicial sendo analisado pela Justiça, a Southrock, operadora da Starbucks no Brasil, está também recebendo, judicialmente, pedidos de ordens de despejo. As informações são da Exame.
Ações de despejo
Em uma consulta nos sites de tribunais de justiça pelo Brasil, a revista encontrou pelo menos 28 processos em andamento.
A maioria fica no estado de São Paulo e foi protocolada a partir do início de outubro.
ÚLTIMA HORA
A TERRA ESTÁ FALANDO – Alerta de líder indígena na ONU vira questão no Enem
A liderança indígena Txai Suruí comemorou após ter o trecho de discurso dela incluído em uma questão da primeira etapa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizada neste domingo.
Na rede social X (antigo twitter), a fundadora do Movimento Juventude Indígena de Rondônia disse que ficou feliz ao saber que uma questão do ENEM tratou sobre seu discurso na Conferência do Clima da ONU (COP 26) em 2021, na Escócia.
— Acredito que isso significa que nossa luta está sendo ouvida de alguma forma e são preocupações que devem ser transmitidas para nossos jovens e crianças –, disse a indígena do povo Paiter Surui.
Em 2021, na ONU, Txai discursou por dois minutos, em fala que lembrou que a Terra “nos diz que não temos mais tempo” e denunciou a morte do amigo Ari Uru-Eu-Wau-Wau. Ele registrava extrações ilegais de madeira de sua reserva, em Rondônia, e foi encontrado morto, com marcas de espancamento, em 2020.
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Na questão 52, a primeira etapa do Enem traz um trecho do discurso de Txai: “O clima está esquentando, os animais estão desaparecendo, os rios estão morrendo, nossas plantações não florescem como antes. A Terra está falando. Ela nos diz que não temos mais tempo”. Em seguida, é questionado qual problema global está relacionado ao discurso da indígena, com as seguintes alternativas: manejo tradicional; reciclagem residual; consumo consciente; exploração predatória; reaproveitamento energético.
ORGULHO
Gisele Bündchen movimentou as redes sociais nos últimos dias com fotos das férias no Brasil. Pela segunda vez consecutiva, a übermodel escolheu a Praia Brava para descansar. E o endereço, novamente, é o condomínio mais exclusivo do bairro mais disputado de Itajaí, onde os apartamentos podem custar R$ 34 milhões – preço de uma das coberturas à venda. construtora Taroii Investment Group, responsável pelas obras do Bravíssima, não confirmou se Gisele Bündchen comprou um apartamento no local, ou se esteve hospedada a convite da empresa.
VERGONHA
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo de São Paulo (TRE-SP) envergonha a justiça. Em decisão da juíza eleitoral Débora de Oliveira Ribeiro, o ex-deputado federal Roberto Jefferson e sua filha Cristiane Brasil foram absolvidos sumariamente por ofenderem a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, no ano passado. Os dois tinham se tornado réus por suposta injúria, no âmbito eleitoral, ao divulgarem um vídeo em que Jefferson chama a ministra de “Bruxa de Blair” e a compara a uma “prostituta”. As falas ocorreram após Cármen Lúcia votar a favor de punir a Jovem Pan por declarações de comentaristas da emissora sobre Lula. A gravação foi publicada no perfil de Cristiane Brasil. A juíza argumenta em sua decisão que a ministra do STF não se manifestou no processo, o que é fundamental para a ação penal prosseguir.