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Dito & Feito: A BOIADA CONTINUA QUERENDO PASSAR

Veja quem anda querendo empurrar Marina Silva e Sônia Guajajara para a frigideira

Quem está querendo empurrar as   ministras do Meio Ambiente, Marina Silva, e dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, para “ frigideira” tem nome. Agronegócio. E quem defende o agro também tem nome: Arthur Lira – um bolsonaristas que finge não ser –, o “crime organizado” do garimpo e as hienas do Centrão. Esses setores, como todo mundo sabe desde a era  das trevas de Bolsonaro, não têm interesse nenhum em defender a Amazônia, onde eles transitaram por quatro anos como terra de ninguém.

A MP dos Ministérios esvaziou as pastas, que perderam a ordem sobre o cadastro ambiental rural e a demarcação de terras indígenas.  O parecer deve ser aprovado pelo Congresso. Dentre outros pontos, o texto transfere a competência para demarcar terras indígenas da pasta comandada por Guajajara para o Ministério da Justiça.

Depois que as pastas de Marina e Guajajara foram esvaziadas, Lula “rapidão” mandou convocar as ministras para um reunião a portas fechadas. É claro que

foi uma tentativa de apagar o incêndio. Ou abrandar o fogo da frigideira.

No entanto o estrago já estava feito e as ministras chamuscadas.

Frustração

Guajajara, por exemplo,  afirmou na 4ª feira (24) que houve “uma certa frustração” com a falta de posicionamento de Lula na aprovação de um parecer sobre a MP (medida provisória) 1.554, de 2023, que trata da reestruturação dos ministérios do governo.

Mudou o discurso

Mas a frustração foi abandonada após a reunião.

A ministra saiu do Planalto dizendo que a reunião  com o presidente Lula e colegas ministros foi “fundamental para reafirmar nosso compromisso de amparo aos povos indígenas", disse Guajajara.

Contradições

Para a ministra do meio ambiente, Marina Silva, a mudança é um “esvaziamento da pauta principal do ministério”.

Perguntada se também se sentia assim, a ministra do Meio Ambiente, Marina disse que o governo vive momento de “contradições”.

Não existe racha

Marina negou, no entanto, estar em conflito com o presidente por causa da MP que retirou autoridades de sua pasta.

Definiu como “democrática” a decisão de Lula de reorganizar as atribuições de seus ministérios, mas criticou as mudanças que o Congresso quer realizar na MP.

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— Eles estão transformando a medida provisória do governo que ganhou na medida provisória do governo que perdeu, em várias agendas, sobretudo na agenda ambiental e dos povos indígenas –, afirmou.

Lira, o intocável

A avaliação é que o chefe do Poder Executivo precisará se equilibrar para contemplar as auxiliares da Esplanada dos Ministérios, mas evitar decisões que representem “ incômodo” para Arthur Lira.

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Na verdade, Lira ainda está com a cabeça e os pés no governo Bolsonaro, derrotado nas urnas pelo povo brasileiro.

O petróleo é nosso!

O senador Randolfe Rodrigues defendeu esta semana o que todo cidadão da Amazônia quer:  O direito de explorar petróleo na foz do rio Amazonas, mesmo diante do parecer dos técnicos do Ibama que não recomendam a licença ambiental para essa atividade.

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— O debate não é negacionismo, mas sim uma busca pela aplicação da ciência e pela correção de possíveis inconsistências no parecer do Ibama –, disse  o combativo senador do Amapá à Folha de S. Paulo.

Curto prazo

Randolfe destaca que a perfuração de pesquisa na costa marítima do Amapá, a uma distância de 540 km da foz do rio Amazonas, a 175 km da costa, a 2.800 metros de profundidade e a 60 km do limite do mar territorial com a França.

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Portanto,  trata-se de uma operação de curto prazo, com duração de apenas cinco meses.

Acidente sem risco

Além disso, afirmou o senador, estudos aprofundados realizados no processo de licenciamento afirmam que, em caso de acidente com vazamento de petróleo, a mancha não atingiria a costa nem os manguezais.

— Essa conclusão tem sido elogiada pelo próprio Ibama.

O fim do petróleo

Esta semana, o diretor presidente da Fogás, Jaime Samuel Benchimol, também lembrou que o uso do petróleo está com os dias contados devido à chegada dos carros elétricos e ao  avanço de outras fontes de energia, como a eólica, por exemplo.

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— Por isso petróleo tem um tempo de vida de no máximo 20 a 30 anos. Daí porque é necessário explorar o petróleo na Foz do Amazonas com a maior brevidade – defendeu Benchimol no Blog do Mário Adolfo.

Idade da Pedra

Para ilustrar que a era do  Petróleo vai acabar, “não por falta de petróleo”, Jaime Benchimol lembrou um frase de um ministro do Petróleo da Arábia Saudita.

— Em certa ocasião um ministro do petróleo da Arábia Saudita observou que a Idade da Pedra acabou não por falta de pedra

(risos).

Cara nova

O governador do Amazonas, Wilson Lima, apresentou, nesta sexta-feira (26/05), balanço do primeiro mês de emissão da nova Carteira de Identidade Nacional (CIN) no Amazonas.

O Governo do Estado já emitiu 11,2 mil documentos, dos quais 1,3 mil já foram entregues e os demais estão prontos para entrega.

Identidade unificada

O Amazonas foi o sexto estado brasileiro a fazer parte do novo sistema de identificação.

O novo modelo de Carteira de Identidade Nacional unifica os números de registro do cidadão por meio do Cadastro Nacional de Pessoa Física (CPF).

Combate à fraude

A CIN vai auxiliar no combate à fraude, como a falsidade ideológica, e garantir mais segurança para a população. Elementos gráficos modernos também dificultam falsificações do novo modelo.

Países do Mercosul

Além disso, a carteira de identidade passa a ter formato reduzido e a se enquadra nos padrões internacionais, possuindo o código MRZ de segurança, o mesmo utilizado nos passaportes.

Com isso, a entrada em países do Mercosul com o documento passa a ser facilitada.

Dois bolsonaristas...

Daniel Silveira: outro bolsominion na cadeias, que fará companhia a Fernando Collor que terá 

Com a sensação de mais de 30 anos de atraso, o ex-presidente e ex-senador Fernando Collor (PTB) foi condenado pelo STF à prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro nesta quinta (25).

Há 15 dias, o tribunal anulava o perdão concedido ao ex-deputado Daniel Silveira, confirmando sua condenação que havia sido suspensa por Bolsonaro.

... E um destino

Dessa forma, Jair vê a entrada da cadeia se abrir para dois aliados próximos em um curto espaço de tempo.

A eles, somam-se outros que foram presos de forma provisória em meio a investigações que, coincidentemente, têm Bolsonaro como figura central, como o ex-ministro Anderson Torres, o ex-faz-tudo Mauro Cid e  o amigão Ailton Barros.

Arthur Lira o “inimigo do povo”

Não é segredo: Arthur Lira sempre vestiu a camisa de Bolsonaro 

Na semana em que a Câmara dos Deputados aprovou propostas que pretendem esvaziar o Ministério do Meio Ambiente e criar o Marco Temporal para as terras indígenas, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), entrou no alvo de perfis de esquerda e progressistas nas redes sociais.  Na manhã desta sexta-feira, a frase "Lira inimigo do povo" chegou a figurar entre os termos mais comentados no Twitter, com mais de 30 mil menções.

Internautas compartilharam charges com o presidente da Câmara em meio a bois, com o Congresso Nacional ao fundo e os dizeres "passando a boiada!". Outro perfil usa uma imagem de Arthur Lira no lançamento da campanha à reeleição de Jair Bolsonaro (PL), no ano passado, em que o parlamentar usa uma camiseta com o nome do ex-presidente:

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Outro perfil publicou nas redes uma arte em que o meio ambiente é retratado como um ovo sendo quebrado na panela, uma metáfora ao avanço das pautas contra o meio ambiente e o consequente aumento da temperatura do planeta. Na legenda, a artista escreveu: "E o meio ambiente sai perdendo...".

ORGULHO

Torcedores solidários em Marselha, após roubo de celular

Aconteceu no no estádio Vélorome, do Olympique de Marselha, na França. Neste dia o anfitrião enfrentou o Angers. Um garoto torcedor do Marselha teve o celular roubado. Eric Akopian, que faz parte da organização “Clean my Calanques” que defende o meio ambiente, usou a experiência que tem em mobilização para ajudar a criança, usou um megafone, contou o que houve. Os torcedores se comoveram com a história que  se uniram para dar um celular novo a um menino que teve o aparelho dele furtado no estádio de futebol. O garoto chorava tanto que os torcedores se juntaram, fizeram uma vaquinha na hora e começaram a dar dinheiro na mão do garoto. Todos ao mesmo tempo. Com o valor arrecadado foi comprado um aparelho novinho para a criança. Não foi revelado o total angariado. Mas sabe-se, pelas redes sociais, que em menos de 10 minutos, a ação recebeu 500 euros, o equivalente a R$ 2.680. Crianças e adultos participaram da vaquinha. E o menino, que foi levantado pela torcida, voltou a sorrir no final. O vídeo, postado por um torcedor, viralizou.

VERGONHA

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) afirmou que deseja “dividir” a Ilha de Marajó, no Pará, “construir um principado e entrar como princesa regente”. O pronunciamento ocorreu durante Comissão de Desenvolvimento do Senado que debatia a situação do povo Yanomami em Roraima, na terça-feira (23/5).

— A gente não pode mais deixar Roraima isolado, não pode. Não sou candidata a governadora lá. Sou candidata no Marajó. Eu quero dividir o Marajó, construir um principado e entrar como princesa regente –, afirmou a senadora.

A declaração da parlamentar ocorre enquanto as Terras Indígenas.

Yanomami tentam recuperar-se de uma crise sanitária provocada pela presença do garimpo ilegal, que cresceu 54% em 2022. Desde janeiro, inúmeros casos de desnutrição, malária, estupro, invasões, ataques e homicídios foram notificados.

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