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Dito & Feito - A PEC DA VERGONHA!

Câmara dos Deputados aprova lei que blinda a impunidade, o corporativismo e abre espaço para parlamentares que praticam crimes

Charge do Mário Adolfo


O  Congresso Nacional vive seu pior momento na história do Brasil.  Já existe a pecha de que facções criminosas e milícias estão elegendo deputados fichas suja. E agora, a Câmara dos Deputados deu sua benção para que isso ocorra de forma  mais “segura”, ao aprovar, em segundo turno,  no início da madrugada desta quarta-feira (17) a

Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que proíbe processos criminais contra deputados e senadores sem o aval do Congresso. E o que é pior,  após manobra do Centrão, a Câmara recolocou no texto original da PEC o voto secreto para abertura de processos de deputados e senadores. Uma verdadeira vergonha nacional.

De forma mais direta, se aparecer um parlamentar pedófilo, homofóbico, assassino – o que não é difícil – o Supremo Tribunal Federal (STF) terá que pedir autorização para processá-lo. E, já que o objetivo é blindar, o Congresso pode se achar direito de  não autorizar.  Afinal, só apoia uma PEC dessas aquele que tem rabo preso, fez alguma coisa errada no verão passado e teme as garras da justiça. Não é mesmo?

Amazonas disse SIM

A PEC da Blindagem foi aprovada com 344 votos a favor, (dos quais  cinco foram da bancada do Amazonas) e 133 contra.

O eleitor não esquece

O que se espera é que o eleitor do Amazonas crie vergonha e guarde esses nomes: Alberto Neto (PL), Pauderney Avelino (União), Adail Filho (Republicanos), Fausto Jr. e (União), Silas Câmara (  ), que disseram “Sim” à impunidade e ao corporativismo.

Evitaram o vexame

Disseram NÃO os deputados Amon Mandel (Cidadania), Atila Lins  (PSD) e Sidney Leite (PSD).

Fraquinho

Ao que tudo indica, o presidente da Câmara Hugo Motta (Republicanos-PB) está cada vez mais enfraquecido, não tem autoridade e acaba se curvando à pressão da bancada bolsonarista.

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Disse que não ia pautar a PEC da blindagem e pautou. E agora já fala em pautar urgência para pauta da anistia, que ode beneficiar até Jair Bolsonaro.

Fantoche

Motta vem se tornando um verdadeiro fantoche nas mãos da bancada bolsonarista e do Centrão.

Ele foi  eleito por unanimidade, mas agora terá que mostrar a que lado realmente pertence.

Uma vela pra Deus...

Para chegar ao cargo Hugo Motta acendeu uma vela pra Deus e outra pro diabo. E agora está sendo cobrados e não tem como escapar da pressão.

Lira não larga o osso

Não é segredo para ninguém que o ex-presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), voltou silenciosamente ao centro do tabuleiro político.

No episódio da obstrução, por mais 30 horas, por parte de deputados bolsonaristas, que ocuparam a Mesa Diretora da Câmara em protesto contra a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL), líderes da oposição recorreram a Lira, e não ao atual presidente da Casa, Hugo Motta.

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Foi com Lira que eles  negociaram  um acordo e destravar o funcionamento do plenário.

Figura decorativa

No fim, quem saiu fortalecido foi a oposição e quem mostrou articulação foi Lira.

— Motta, ao contrário, ficou exposto e cada vez mais precisa decidir se será protagonista ou se ficará reduzido a uma figura decorativa na presidência da Câmara –, alertou, dia desses, o cientista político  Elias Tavares.

Omar condena “pirotecnia”

Ao criticar a ação da Polícia Federal, que destruiu garimpos  em municípios da Calha do Rio madeira, o senador Omar Aziz (PSD disse que ao chamar a operação de “pirotecnia” não quer dizer que esteja favorecendo os grandes garimpos na Amazônia.

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— Falo de pequenos garimpeiros, que acabam pagando pelos verdadeiros criminosos, estes sim, que deveriam estar presos –, cobrou o senador.

Ataque desproporcional


Na Comissão de Infraestrutura do Senado, Aziz detonou a operação que resultou na destruição de garimpos e embarcações, foi classificada pelo parlamentar como um ataque desproporcional que atingiu principalmente pequenos extrativistas e famílias humildes da região.

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— O mais engraçado de tudo é que vão lá, tocam fogo, dizem que é o narcotráfico e não prenderam ninguém. Veja bem, não prenderam absolutamente ninguém, só destruíram, poluíram, prejudicaram, e tem pessoas que moram nessas embarcações porque não têm moradia –, afirmou Omar.

Uma questão de bitola


O senador destacou a diferença entre o extrativismo de pequena escala e as operações de grande impacto ambiental, cobrando da Polícia Federal explicações sobre os alvos da ação.

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— Quando você fala numa bitola de seis polegadas, é extrativismo; quando fala em 30, 40 polegadas, é outra coisa.

Alguém foi preso?

Omar questionou o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, perguntando  quem foi o traficante preso nessa operação. — Quem foi preso? Não houve nenhum. O que houve foi prejuízo para pessoas pobres do Rio Madeira, principalmente de Humaitá, Manicoré, Novo Aripuanã, Borba e Nova Olinda –, disse.

ÚLTIMA HORA

MAIS UM ESCÂNDALO NO CONGRESSO – Manobra para salvar mandato de Eduardo Bolsonaro

O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, indicou o deputado federal Eduardo Bolsonaro como líder da minoria na Câmara dos Deputados, em uma nova tentativa de livrá-lo da cassação de mandato por faltas. Isso porque líderes da Casa não têm faltas contabilizadas, de acordo com uma decisão do ex-presidente Eduardo Cunha, em 2015.

O filho de Bolsonaro está nos Estados Unidos desde fevereiro deste ano, quando iniciou uma campanha em defesa de seu pai e contra a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF). O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) utilizou sua conta no X (antigo Twitter) para criticar a recente escolha do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como líder da minoria na Câmara dos Deputados.

— Absurdo! Indicaram Eduardo Bolsonaro como líder da Minoria só pra evitar a cassação por faltas. Não vai colar. Vamos ingressar com mandado de segurança contra esse escândalo. EDUARDO CASSADO JÁ! –, escreveu Lindbergh.

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O líder do governo no Senado,  Randolfe Rodrigues, a manobra é um “escândalo” e “um drible” no regimento interno da Câmara. Ele critica o uso da prerrogativa de líder para justificar a ausência prolongada do deputado, que está nos Estados Unidos, “conspirando contra os interesses do Brasil”.

ORGULHO

O ator Wagner Moura elogiou o Brasil, afirmando que o país está sendo "um exemplo de democracia para o mundo", especialmente para os Estados Unidos. A declaração foi feita em meados de setembro de 2025, durante a divulgação de seu novo filme, O Agente Secreto.

Moura ressaltou o funcionamento das instituições democráticas brasileiras, citando especificamente o julgamento de crimes contra a democracia pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele fez um contraste com os Estados Unidos, onde vive, e onde notou uma "certa tristeza" e "quase uma inveja" em relação ao cenário brasileiro em festivais de cinema.

Críticas aos EUA: Morador de Los Angeles, Moura também criticou duramente a política de imigração dos EUA, descrevendo-a como "fascista" e "racista", e mencionou as ações do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE).

VERGONHA

Caroline: como toda bolsonarista, de arma em punho

A deputada Caroline de Toni (PL-SC) é mais uma que envergonha o Parlamento e seus próprios eleitores. Ela renunciou à Liderança Da Minoria na Câmara dos Deputados para salvar o mandato de Eduardo Bolsonaro (PL–SP), que se encontra nos estados Unidos conspirando contra o Brasil.  A oposição da Câmara dos Deputados comunicou a renúncia, em entrevista coletiva nesta terça-feira (16), da líder da Minoria, Caroline de Toni (PL-SC).

— Gostaria de comunicar a todos a minha renúncia à Liderança da Minoria da Câmara dos Deputados para transferir esta responsabilidade ao deputado Eduardo Bolsonaro –, afirmou Caroline de Toni.

— Tomamos essa decisão convictos de que o Brasil precisa de união e coragem, em virtude das perseguições políticas que Eduardo e Jair vem sofrendo –, disse, sem, sequer tremer a cara de pau.

OUTRAS PALAVRAS

“NÃO ROUBAR, NÃO DEIXAR ROUBAR, PÔR NA CADEIA QUEM ROUBE, EIS O PRIMEIRO MANDAMENTO DA MORAL PÚBLICA.” (ULISSES GUIMARÃES)
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