Treze o anos de prisão, cinco anos de mandato como presidente, mais de 60 anos casado com Lucia Topolansky, incontáveis polêmicas e uma quantidade ainda maior de aliados e admiradores.
Esses são alguns números da vida de José “Pepe” Mujica, o eterno presidente Uruguaio, que nos deixou nesta terça-feira (13), aos 99 anos, para entrar na história.
Reconhecido como “o presidente mais pobre do mundo”, Pepe Mujica inspirou gerações com sua humildade e visão progressista. Em dezembro de 2024, Lula visitou Mujica em Montevidéu. Na ocasião, o condecorou com o Grande Colar da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul --a mais alta condecoração brasileira para estrangeiros.
— A gente não escolhe irmão. A gente não escolhe sequer a mãe, mas um companheiro a gente escolhe (...) posso dizer que de todos os muitos presidentes que conheci, que tive amizade, o Pepe é a pessoa mais extraordinária –, declarou o presidente do Brasil.
Líder guerrilheiro
Na década de 1960, ele não só fez parte de movimentos de guerrilha, como foi líder dos Tupamaros, um grupo socialista, maoísta e anarquista.
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Em 1972, foi preso e tomou seis tiros —algumas dessas balas permaneceram em seu corpo.
11 anos na solitária
Dos 13 anos que ficou encarcerado sob o controle da ditadura, 11 foram em uma solitária.
Com a volta da democracia, se dedicou a proteger os pobres.
Recusou o palácio
Eleito presidente com 52,2% dos votos, Mujica foi o candidato único da Frente Ampla e tomou posse no dia 1º de março de 2010.
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O político se recusou a viver no palácio presidencial e conduziu um dos governos considerados mais progressistas da América Latina.
Ofereceu aos sem-teto
No inverno de 2013, Mujica ofereceu o Palácio Presidencial como abrigo para os sem-teto expostos ao frio. Ele nunca morou lá, sempre se manteve em seu sítio, cuidando de suas flores.
Lambreta velha
Em sua fazenda, ele usava um trator e, em Montevidéu, usava uma lambreta velha.
Seu meio de transporte só melhorou em 2005, quando se tornou ministro.
Um fusca azul
A moto foi embora, dando lugar a um fusca azul modelo 1982.
Um grupo árabe chegou a oferecer US$ 1 milhão pelo veículo em 2015. Se vendesse, Mujica doaria o dinheiro.
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Mas o fusquinha é considerado um símbolo nacional do Uruguai, e ele desistiu da venda.
Reduziu a pobreza
Entre seus feitos, estão a redução da pobreza de 37% para 11% e um aumento de 250% no salário mínimo.
O queridinho da esquerda
Mas a sua vida é mais feita de palavras do que de números.
Foram as suas declarações que o levaram à presidência do Uruguai em 2010 e o alçaram a uma das figuras mais admiradas da esquerda latino-americana.
Ah, língua!
Mas também o colocaram em maus lençóis.
Uma dessas situações ocorreu quando foi flagrado ofendendo Cristina Kirchner, então presidente da Argentina:
— Essa velha é pior que o caolho! (referindo-se a Néstor Kirchner, falecido marido de Cristina).
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Mesmo após se desculpar, a relação entre a Argentina e o Uruguai seguiu estremecida.
“Louco como cabra”
O ex-presidente também fez declarações sobre Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, a quem se referiu como “louco como uma cabra”.
Aliado de Lula
Apesar das polêmicas e desafetos, Pepe Mujica soube, ao longo de sua trajetória, angariar aliados importantes, como o presidente Lula.
Jardineiro fiel
A profissão oficial de Mujica era floricultor. Ele se manteve por décadas no Uruguai vendendo flores para feiras e floriculturas, mas seu amor pelas plantas não impediu que ele realizasse outras atividades
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Mesmo quando era senador, ministro e presidente, continuou a cuidar delas em sua chácara no país.
Amigo do Brasil
O governo Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a morte de José ‘Pepe’ Mujica, ex-presidente do Uruguai e ídolo da esquerda latino-americana, nesta terça-feira, 13.
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“Grande amigo do Brasil, o ex-Presidente Mujica foi um entusiasta do MERCOSUL, da UNASUL e da CELAC, um dos principais artífices da integração da América do Sul e da América Latina e, sobretudo, um dos mais importantes humanistas de nossa época”, afirma o Itamaraty em nota, estacando o seu “compromisso com a construção de uma ordem internacional mais justa, democrática e solidária”
Navegar é preciso
A Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR) aprovou nesta terça-feira (13) o projeto de lei que institui o Plano Rios Livres da Amazônia, com ações para promover a conservação e garantir a navegabilidade dos rios na Amazônia Legal (PL 4.199/2024).
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De autoria do senador Sérgio Petecão (PSD-AC), o projeto prevê ações como dragagem, manejo integrado e sinalização das vias interiores.
Apenas 31% dos rios...
Segundo Petecão, a proposta pretende enfrentar desafios históricos da navegabilidade na região Norte, como a falta de infraestrutura adequada, a sazonalidade das chuvas e os impactos das mudanças climáticas, aliados à degradação das margens dos rios.
...são navegáveis
De acordo com a Confederação Nacional do Transporte (CNT), apenas 31% dos 63 mil quilômetros de rios com potencial de navegação no país são aproveitados comercialmente.
Lula preocupadíssimo
Agora o Lula ficou muito preocupado.
O senador Plínio Valério (PSDB-AM) acaba de anunciar que não vai estar ao lado doas aliados do presidente nas eleições de 2026 – leia-se Omar e Eduardo Braga.
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Como esta D&F anunciou mês passado, o tucano de Eirunepé rompeu politicamente como senador Omar Aziz (PSD) que em 2018 – juntamente com Arthur Virgílio –, ajudou a elegê-lo.
No fundo, no fundo...
Plínio não assume, mas a verdade o motivo do racha é que Omar Aziz apoia o presidente Lula e ele, no fundo, no fundo, é bolsonarista juramentado, chegando a defender o projeto de anistia para golpista.
Omar jamais
No entanto, Valério ele insiste em dizer que é independente.
—O Omar apoia o Lula, eu não. Está aliado a pessoas com quem jamais me aliaria –, disse ao portal AM1.
É muita falta do que fazer!
Tanta coisas no Amazonas que precisa ser realizadas e a deputada estadual Débora Menezes (PL) – filha do ex-compadre de Bolsonaro, Coronel Menezes –, resolveu deu entrada, no final do ano, em um projeto para instituir no Amazonas o “Dia da Luta pela Democracia”.
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A ideia de “jerico” tem por objetivo fortalecer o ato convocado por Jair Bolsonaro, em São Paulo, para pedir anistia de presos por atos golpistas de 8 de janeiro.
Perguntar não ofende
Deputada Menezes, não está na hora de a senhora começar a pensar em projetos sérios que possam fazer o bem e beneficiar a sociedade amazonense?
ÚLTIMA HORA
“AS BODAS DE FÍGARO” – Comédia com o humor e genialidade de Wolfgang Amadeus Mozart, encerra a 26ª edição do Festival de Ópera 2025
Criado em 1997, o Festival Amazonas de Ópera (FAO) continua sua trajetória de sucesso e gerando importante impacto para a cultura e a economia criativa manauara.
Nesta temporada de 2025, o teatro Amazonas esteve lotado durante toda a programação. Em 2024 quando não foi realizado, foi motivos de frustrações e cobranças por parte dos amantes de ópera, muitos deles de outros estados e até de outros países.
A 26ª edição do FAO 2025 será encerrada com “As Bodas de Fígaro”, uma comédia clássica de Wolfgang Amadeus
Mozart, que atravessa séculos com sua leveza, humor e genialidade. As três noites de apresentação não estão dando para quem quer. Ingressos esgotados para apresentações que ocorrerão nos dias 14, 16 e 18 de maio e uma movimentação de pessoas em busca de convites, também já esgotados há dias.
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Realizado com recursos da Lei Rouanet, com patrocínio do Bradesco, e com apoio da Innova e Swarovski, o Festival Amazonas de Ópera é organizado pelo Fundo do Festival em parceria com o Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.
ORGULHO
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi recebido com um clássico da cultura brasileira ao encontrar com o presidente da China, Xi Jinping, em viagem oficial ao país. “Andar com Fé”, clássico de Gilberto Gil, ecoou no encontro entre os líderes. A escolha musical, tocada por uma banda oficial chinesa, viralizou nas redes sociais e emocionou brasileiros e apoiadores da arte.
— A cultura brasileira, antes desprezada por um governo inimigo da arte, hoje emociona o mundo e é recebida com aplausos –, comemorou Marcelo Freixo, presidente da Embratur, destacando o contraste em relação ao passado recente e o papel diplomático da cultura.
As imagens foram gravadas nesta terça-feira (13), durante uma cerimônia de boas-vindas, no Grande Palácio do Povo, em Pequim. O impacto simbólico foi imediato. A canção, lançada por Gil em 1982, tornou-se um hino de resistência, fé e esperança, valores que ganham nova leitura no contexto da diplomacia internacional. A recepção ao som do artista baiano foi vista como um gesto de respeito à identidade brasileira e à força da cultura como instrumento de diálogo entre nações.
VERGONHA
Circulam nas redes sociais publicações que alegam que o papa Leão XIV teria rezado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante sua primeira missa como pontífice. É #FAKE. Os caras-de-pau dos bolsominions usam um vídeo que exibe uma sequência de imagens de Leão XIV e Bolsonaro. A primeira foto mostra o líder religioso acenando para fiéis na quinta-feira (8), quando foi eleito novo papa. A narração do conteúdo enganoso diz que ele teria rezado pela recuperação do ex-presidente, que passou por uma cirurgia em abril deste ano. Os posts foram publicados neste domingo (11) e têm a seguinte legenda: "Nesse Papa eu confio. Novo papa faz oração na sua primeira missa e cita Bolsonaro entre os líderes que apoiam a igreja! Ex-presidente cai em lágrimas ao saber! Os Americanos são conservadores, e tem sempre Deus em primeiro".
OUTRAS PALAVRAS
"EU NÃO SOU POBRE, EU SOU SÓBRIO, DE BAGAGEM LEVE. VIVO COM APENAS O SUFICIENTE PARA QUE AS COISAS NÃO ROUBEM MINHA LIBERDADE", José Pepe Mujica
