Jair Bolsonaro conseguiu produzir uma enganação bem grande recentemente. Mais uma. Em longa entrevista que deu, na qual outros fatos políticos eram mais importantes, o ex-presidente resolveu dizer que combate a propagação da ideia do AI-5 – ato mais violento da ditadura militar – entre seus seguidores.
Tudo balela! Bolsonaro sempre defendeu o ideário sanguinário do Ato Institucional Número 5 em sua carreira política, incluindo a tortura de opositores. Para quem não sabe, o AI-5 foi a pior das ações da ditadura, cassando mandatos políticos e suspendendo quaisquer garantias constitucionais, o que mais tarde levou à institucionalização da tortura em quartéis do Exército, por exemplo.
O líder da extrema-direita sempre aplaudiu isso enquanto construía a narrativa de que valia fazer qualquer coisa contra “comunistas”. Nos últimos anos, quando começaram a pipocar manifestações antidemocráticas nas passeatas bolsonaristas, nada foi feito. O ex-presidente nunca pegou o microfone para chamar a atenção de seus seguidores para chamar a atenção de seus seguidores mais radicais que defendiam o AI-5. Fosse uma preocupação verdadeira, Bolsonaro teria usado as redes sociais (isso também nunca se viu) para combater a nefasta propaganda de um ato que ainda fechou o Congresso Nacional, cassou a possibilidade do habeas corpus, censurou a imprensa e levou à troca de ministros do Supremo
Paixão por torturador
Bolsonaro ainda acha que o povo brasileiro tem o nariz virado ao contrário. Ou que não tem memória.
Em abril de 2016, ao votar a favor do impeachment da presidente Dilma, o então deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) dedicou seu voto ao ao coronel Brilhante Ustra, o primeiro militar reconhecido pela Justiça brasileira como torturador.
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— Pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff, pelo exército de Caxias, pelas Forças Armadas, pelo Brasil acima de tudo e por Deus acima de tudo, o meu voto é sim" – foi o trecho final do discurso de Bolsonaro, em meio a vaias e aplausos.
O monstro do DOI-Codi
Durante o regime militar, entre 1970 e 1974, Ustra foi o chefe do DOI-Codi do Exército de São Paulo, órgão de repressão política do governo militar.
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Ali naquele, sob o comando do coronel, ao menos 50 pessoas foram assassinadas ou desapareceram e outras 500 foram torturadas, segundo a Comissão Nacional da Verdade.
Sala do inferno
Ao levar os presos políticos – estudantes, intelectuais, ativistas de esquerda para o interior do DOI-Codi, onde existiam as Câmaras de tortura, Ustra, cujo codinome era Tibiriçá, costuma dizer:
— Você está entrando na sala do inferno!
Lula ovacionado
O discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi ovacionado durante sua fala no discurso de abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira (19/9).
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O petista falou sobre a redução das desigualdades, enfrentamento da extrema-direita, igualdade de gênero e defendeu o desenvolvimento sustentável.
Fazendo história
Brasil é o primeiro a discursar na Assembleia desde 1947, quando o diplomata Osvaldo Aranha presidiu a primeira sessão da ONU, reunião em que foi aprovada a criação do Estado de Israel.
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Lula discursou na tribuna da sede em Nova York, pela oitava vez, a primeira após 14 anos.
Aplaudido sete vezes
O presidente falou para uma plateia composta por presidentes e outras autoridades estrangeiras por 21 minutos, sendo aplaudido até em momentos que poderiam ser delicados, quando defendeu o fim do embargo econômico a Cuba.
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O discurso do presidente br5asiliro foi interrompido sete vezes por aplausos.
O Brasil voltou
Lula também foi aplaudido quando falou da “volta do Brasil” e a reconstrução do país “soberano, justo, sustentável, solidário, generoso e alegre”.
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O presidente também recebeu aprovação de seus pares ao dizer que era preciso incluir os pobres nos orçamentos e alcançar a igualdade racial.
Catita gulosa
Ex-ministro de Minas e Energia do governo Jair Bolsonaro, Bento Albuquerque pediu na Justiça que a União pague R$ 332 mil que ele deixou de ganhar para não extrapolar o teto dos servidores federais.
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Por ser almirante da reserva da Marinha, o militar alega que deveria receber integralmente os valores do soldo e o salário de ministro, que somados chegariam a cerca de R$ 70 mil mensais brutos.
Aquele das joias
O ex-ministro, que era da Marinha, é investigado pela Polícia Federal (PF) em operação que apura a entrada ilegal de joias sauditas no Brasil, sob suspeita de ter ajudado Bolsonaro na tentativa de desvio de bens que deveriam ser públicos.
Anitta fora do Grammy
Anitta não está indicada ao Grammy Latino 2023.
A brasileira, que havia sido nomeada no ano passado pelo hit "Envolver", não apareceu na lista deste ano, e esse fato irritou seus fãs. Pelas redes sociais, muitos demonstraram sua insatisfação.
ÚLTIMA HORA
POVOS DA FLORESTA EM NOVA YORK – A Amazônia nos telões da Times Square
Nesta terça-feira (19) , os principais painéis da Times Square, em Nova York, projetou um manifesto em defesa dos povos da floresta brasileira.
As informações são do colunista Alcelmo Gois, de O Globo.
"All Amazônia" pipocou nas telas a partir das 19h30, projetando imagens com um apelo à sustentabilidade. A campanha em prol da Amazônia, ressaltando sua biodiversidade e sua potência, é uma iniciativa do Banco do Brasil. ,. O rapper indígena do povo Guarani Mbyá, Orewá, é quem dá voz ao filme que conecta pessoas com o objetivo de inspirar e sensibilizar. O grupo Olodum vai se apresentar com uma nova percussão: o ritmo dos povos originários para fazer uma apresentação em homenagem à Amazônia.
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Para encerrar a rodada de agendas do Banco do Brasil em Nova York para debater e ampliar investimentos comprometidos com a agenda ambiental, a instituição também promoverá shows no Central Park, amanhã a partir das 19h. O espetáculo artístico "Pororoca" reúne artistas ligados à questão da floresta: Fafá de Belém, Carlinhos Brown, Olodum, Djuena Tikuna, Patrícia Bastos e Tiganá Santana.
ORGULHO
Um mutirão de 6 horas, reunindo biólogos e populares, resgatou um filhote de baleia-jubarte que estava encalhado em uma praia no Espírito Santo. O caso aconteceu na Praia de Manguinhos, na Serra. Recém-nascido, o animal estava com ferimentos. Depois de horas de trabalho e muito esforço, os biólogos conseguiram levar o bichinho de volta para o mar. O filhote já tinha encalhado nas proximidades no último sábado, e no domingo voltou a aparecer. Chamou a atenção dos profissionais que, durante o resgate, a mamãe do bebê acompanhou tudo. Isto é, a mamãe “coruja” viu tudo!
VERGONHA
A Universidade Santo Amaro (Unisa) decidiu, na segunda-feira (18), expulsar os alunos que ficaram pelados e simularam masturbação diante de atletas de vôlei feminino durante um jogo universitário no interior de São Paulo. Vídeos que circularam e repercutiram pelas redes sociais mostram alunos da Unisa com shorts abaixados e tocando os genitais ao lado da quadra onde jogavam atletas de vôlei feminino do Centro Universitário São Camilo. Em nota (leia íntegra abaixo), a universidade repudiou os atos e afirmou ter levado o caso às autoridades públicas.
