A Amazônia também já tem a sua Greta Thunberg. Trata-se de da indiazinha Beka Munduruku, que tem apenas 16 anos e vive em uma remota vila brasileira às margens do rio Tapajós, no coração da Amazônia. Apesar da solidão, distante do poder, seu pedido foi ouvido na Organização das Nações Unidas (ONU) e no Vaticano.
Como a menina sueca, Beka sonha com o dia em que o mundo proteja a floresta tropical que é sua casa e um baluarte contra o aquecimento global. Ambientalistas no Brasil a chamaram de Greta Thunberg da Amazônia, em referência à adolescente sueca que inspirou milhões de jovens a agir contra as mudanças climáticas.
Um vídeo de Beka foi exibido no Vaticano e em uma cúpula climática da ONU no ano passado. Ela diz que fez o vídeo para mostrar ao mundo como uma tribo amazônica vive e como a geração jovem está comprometida a manter sua língua e cultura, ameaçadas pelos planos do governo de integrar os 850 mil indígenas do país.
Grito da floresta
Os organizadores adolescentes da greve escolar convocada por Greta na Europa enviaram mensagens de vídeo de apoio a Beka.
Para ela, esse espírito ajudará a tribo a vencer a batalha para preservar a floresta amazônica.
— Somos um povo muito forte e poderemos parar com isso e continuar lutando por nossa terra e pela proteção da floresta –, disse a induazinha.
Paraíso ameaçado
Ela falou, entre outras questões, de como costumava brincar no rio próximo, mas agora o mercúrio da mineração envenena a água.
— As pessoas do mundo vêm e nos ajudam a proteger a natureza e combater os projetos de um governo que quer destruir a floresta –, disse Beka em uma reunião de líderes indígenas na reserva do Xingu.
“Caiu na Suframa de bandeja”
Engana-se que pensa que o confronto entre o deputado Marcelo Ramos (PR-AM) e o superintendente da Suframa, coronel Alfredo Menezes iria pegar fogo nas próximas horas.
Quando todos acreditavam que o parlamentar responderia na mesma altura e com a mesma virulência ao ataque do coronel – que bateu pesado –, Ramos se limitou a publicar uma nota de uma linha.
— Só leio e respondo quem eu levo a sério e eu não levo a sério um desqualificado que entregou o polo de concentrados da Zona Franca de Manaus na bandeja.
Pegou pesado
Excluído dos debates sobre a redução do IPI dos concentrados da Zona Franca de Manaus, Menezes disparou torpedos contra Marcelo Ramos, chamando-o de “leviano”, “mentiroso” e “comunista” e que hoje se declara eleitor do PT.
Vermelhusco
Trata-se de uma pessoa inconfiável e sem credibilidade nenhuma.
Abandonou a foice e o martelo para estar ao lado do que existe de mais nefasto na política!
Salvador da Pátria
No tiroteio sobrou também para o senador Omar Aziz (PSD), que coordena a bancada do Amazonas no Congresso Nacional.
— O senador quis assumir o papel de salvador da Pátria na crise do IPI enquanto a Suframa trabalha de forma meramente técnica e alinhada! –, alfinetou.
Omar Aziz não tomou conhecimento da provocação do coronel e se recusou a comentar o seu ataque.
Atento e forte
Sobre a manobra do governo federal em reduzir a alíquota de IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) para 4% até 2022, Marcelo Ramos (PL) disse que a bancada do Amazonas está atenta.
— Já estamos trabalhando intensamente para reverter a redução do crédito de IPI das indústrias de concentrados de refrigerantes da Zona Franca de Manaus – disse o deputado.
Bacalhau sem farinha
Os brasileiros que se mudaram de malas e cuias para Portugal estão com um problemão.
Adivinhe qual é? A falta de farinha de mandioca nos mercados de Lisboa.
Com a invasão verde-amarela à terrinha e Cabral, a farinha não deu pra quem quis e sumiu das prateleiras.
Nunca um senador pisou tanto no calo do Judiciário quanto o senador amazonense Plínio Valério (PSDB).
Depois de concentrar o esforço na formatação de uma CPI da Toga, Plínio disse a proposta dá autoridade à OAB, ao próprio Supremo e à Procuradoria-Geral de indicar, a partir de uma lista tríplice, os ministros do STF “é burrice”.
Quem manda é ele
O “caboclo sonhador” disse que é a favor de que a escolha continue com o presidente da República.
— Não vejo com bons olhos a proposta de concentrar a escolha em três instituições. É como dizer ao presidente: ‘Você é livre para escolher, mas escolha entre estes aqui’.
Burrice das grandes
Para Valério, o presidente da República, não importa quem seja, tem prerrogativas e autoridades para fazer determinadas coisas.
— Ele tem o respaldo do voto. Agora, OAB indicar ministro do STF? Imagine você essa OAB que está aí indicando ministro do STF? Acho que seria uma burrice muito grande.
Às favas com a democracia
Daqui a pouco Plínio vai querer que o presidente indique, também, o reitor da universidade, o governador e o prefeito, como era antes.
E aí, meu caro senador, a democracia vai para o beleléu, porque o tempo do “quem manda aqui sou eu” já passou. Ou não?
Travessa de catraia
Mais uma vez a ponte do Educandos será totalmente interditada para o tráfego de veículos para continuidade da obra de revitalização realizada pela Prefeitura.
— Para o acesso dos pedestres, será disponibilizada uma catraia para a travessia do igarapé –, explicou o secretário municipal de Infraestrutura, Kelton Aguiar.
190 dias sem ponte
A interdição tem início na segunda-feira, 20/1 e deve durar, aproximadamente, 120 dias, quando a obra for concluída.
Cartório & Política
O corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, negou o pedido formulado por cinco partidos da oposição para barrar a atuação de cartórios no recolhimento de assinaturas para a criação do Aliança pelo Brasil, partido lançado pelo presidente Jair Bolsonaro.
Não republicana
PT, PCdoB, PDT, PSOL e PSB acionaram o CNJ sob a alegação de que há uma "relação não republicana" entre cartórios brasileiros e o futuro partido de Jair Bolsonaro, que precisa coletar ao menos 491,9 mil assinaturas até março para sair do papel e disputar as próximas eleições.
Quebra de moralidade
A crítica reside no fato de cartórios disponibilizarem e armazenarem as fichas de apoio dos apoiadores do Aliança pelo Brasil.
O que configuraria, na avaliação da oposição, quebra da "moralidade administrativa".
Copaíba na cabeça
Nossa copaíba é uma das estrelas de uma linha exclusiva de xampus e condicionadores sólidos para todos os tipos de cabelos, desenvolvidos pela Nesh. Trata-se de uma marca de cosméticos veganos e naturalmente artesanais.
Ecologia e estética
O foco da Nash é a difusão de produtos e práticas de consumo conscientes e ecológicas, que tem ganhado cada vez mais espaço na indústria de estética e cosmética.
Dos cuidados básicos de higienização a maquiagens e itens para corpo e rosto, o setor tem apostado em novas formas de produzir e oferecer itens de beleza e bem-estar.
Canetada BIC
Sem planejamento e com uma única canetada, Bolsonaro pode acabar com 248 fundos constitucionais, atingindo dentre outros o Fundo da Marinha Mercante (FMM) e o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Este último responsável, hoje, pelo pagamento do seguro-desemprego, denunciou o deputado federal José Ricardo (PT).
Desmonte
Entre outras áreas importantes que podem ter os recursos cortados são o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST).
— O que falta para o país é política de desenvolvimento. E que se vê é desmantelamento do que já existe há dezenas de anos e que vinha dando certo –, cutucou Ricardo.
EM ALTA
Desde 2014 a polícia tentava descobrir quem era o casal misterioso – e generoso – que mandava maços de dinheiro para pessoas necessitadas. Cada um deles vinha 2 mil libras – quase R$ 11 mil. 12 envelopes foram enviados em épocas diferentes para moradores de Blackhall Colliery, uma pequena vila na costa leste da Inglaterra, com menos de 5 mil habitantes. Nesta semana, a polícia de Durham, que cobre a área de Blackhall, contou que foi procurada por um casal, que “confessou” ser o autor das boas doações. Eles pediram para que suas identidades sejam preservadas e deram uma boa notícia: afirmaram que os envelopes vão continuar aparecendo.
EM BAIXA
A exoneração do secretário nacional da Cultura, Roberto Rego Pinheiro, conhecido como Roberto Alvim, que da forma mais ridícula e nazifascista fez um discurso no qual usou frases semelhantes às usadas por Joseph Goebbels, ministro da Propaganda de Adolf Hitler durante o governo nazista. Goebbels era antissemita radical e foi um dos idealizadores do nazismo. Assim como Goebbels havia afirmado em meados do século XX que a "arte alemã da próxima década será heroica” e “imperativa”, Alvim afirmou que a “arte brasileira da próxima década será heroica” e “imperativa”. Além da fala semelhante à de Goebbels, o vídeo de Alvim apresenta, ao fundo, uma música do compositor alemão Richard Wagner (1813-1883), tomado pelos nazistas como exemplo de superioridade musical e intelecto.