O desespero bateu na porta da campanha de Jair Bolsonaro. A quatro dias da eleição, o candidato do PL tenta criar um fato para tentar reverter o quadro das pesquisas, todas lideradas pelo ex-presidente Lula. Sem ter para onde correr, e sem beliscar mais nenhum pontinho de crescimento – principalmente depois da babaquice do franco atirador Roberto Jefferson –, o que o capitão quer é tumultuar o processo para depois encontrar uma desculpa para qualquer tentativa de reação violenta, golpista, à derrota, como tentou fazer Donald Trump, seu ídolo. Com esse alvo, mais uma vez, Jair ataca sem provas o sistema eleitoral e adota o discurso de perseguição que é muito coerente para quem quer duvidar da transparência do processo. Dessa vez ele usou o suposto esquema de fraude na veiculação de inserções de sua campanha em rádios do Nordeste para sinalizar que poderá não aceitar o resultado das urnas caso seja derrotado por Lula. Mas o argumento é fraquinho, não é não? Foi a falta de veiculação de propaganda que fez Bolsonaro empacar? Ou foi o monte de erros, deboches, ataques, agressões e desrespeito que ele vem cometendo desde que sentou na cadeira de presidente? A essa altura do campeonato, muitos analistas políticos apontam que o desespero mostra que a equipe de Bolsonaro já jogou a toalha, admite que vai perder e agora tenta usar a tática do tumulto, terceiro turno e arruaça. Acontece que, com Moraes no comando, o buraco é mais embaixo!
Pra variar, é culpa do PT
Como todo o foco da campanha de Jair é o PT, mais uma vez o capitão expulso do Exército culpa o partido de Lula por tem faltado algumas inserções de sua propaganda nas rádios do Nordeste.
— Isso tem o dedo do PT e do TSE! – vociferou Jair.
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Convenhamos, se agarrar a um argumento desses como tábua de salvação chega a ser vergonhoso se agarra em um argumento desses.
Obrigação de quem?
A bem da verdade (palavra que os bolsonaristas odeiam), nem o PT e muito menos o TSE podem ser responsáveis por fraude na transmissão das propagandas eleitorais no país.
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Não é obrigação deles.
Aliás, controlar a programações das milhares de rádios espalhadas pelo Brasil afora já seria humanamente impossível.
Então prova
A fiscalização é sim de responsabilidade dos partidos e coligações dos candidatos.
Agora se o genro de Sílvio Santos, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, faz esta acusação, ele que prove. Onde estão as provas, hein, ministro?
Enquanto isso, no Amazonas
Na corrida ao governo do Amazonas, o atual governador, Wilson Lima (União Brasil), abriu 17,4 pontos de vantagem, somando 58,7% dos votos válidos, contra 41,3% do senador Eduardo Braga (MDB).
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Na pesquisa espontânea, Lima tem 47,5% contra 31,4% de Braga. Isto é, 16,1 pontos à frente. Na estimulada ele abriu vantagem de 15,6 pontos: 52,7 contra 37,1%.
Darcy 100 anos
São raros os políticos com a sensibilidade do deputado estadual Serafim Corrêa (PSB).
Nesta quarta-feira (26) ele lembrou e homenageou o centenário de um dos maiores intelectuais que já passaram pela política brasileira, como senador, vice-governador e ministro: Darcy Ribeiro (no traço de JBosco), que estaria completando 100 anos.
Defesa dos índios
Darcy Ribeiro, um apaixonado pela Amazônia e pelos índios, deixou um legado na antropologia, educação, cultura e na política brasileira.
Da tribuna, o líder do PSB lembrou que Darcy Ribeiro foi o fundador da Universidade de Brasília (UNB), em 1962.
Enfrentou a ditadura
Darcy também foi chefe da Casa Civil do presidente João Goulart.
Perseguido pela ditadura, foi para o exílio onde produziu obras literárias que lhe deram prestígio nacional e internacional.
— De volta ao exílio, foi vice-governador do Rio de Janeiro, ao lado do então governador, Leonel Brizola.
Ranking da não reeleição
Jair Bolsonaro (PL) corre o risco de ser o primeiro presidente a tentar a reeleição e perder nas urnas desde a redemocratização do Brasil, após a ditadura militar.
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As pesquisas de intenção de voto para o segundo turno da corrida presidencial, que acontecerá neste domingo (30), apontam Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como favorito ao posto.
Jair, o primeiro
Se isso acontecer, Bolsonaro será o primeiro presidente eleito a não conseguir se reeleger desde Fernando Collor, aliado do presidente e que fracassou na votação para governador de Alagoas deste ano, terminando em terceiro.
Fora Collor
Em 1989, porém, Collor, assim como Bolsonaro, disputou a eleição com Lula no segundo turno.
O então candidato do PRN levou a melhor, mas, três anos depois, sofreu um impeachment e foi substituído por Itamar Franco.
Três se reelegeram
Após o insucesso de Collor, três presidentes foram eleitos pela população brasileira e conseguiram a reeleição quatro anos depois.
Fernando Henrique Cardoso (1994 e 1998), Lula (2002 e 2006) e Dilma Rousseff (20010 e 20014) .
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Dois anos depois, no entanto, Dilma também sofreu impeachment, em golpe desfechado por seu vice, Michel Temer e o presidente da Câmara, eduar5do Cunha (MDB).
Assessor do Bozo
O jornalista Augusto Nunes, aquele que só dá um lado da notícia, foi afastado do programa “Pingos nos Is”, da Jovem Pan, até o fim do segundo turno da eleição presidencial.
Foi punido por chamar o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de “ladrão”, “ex-presidiário” e “descondenado”.
Datena mostra a cara
Enfim, o apresentador José Luiz Datena conseguiu fazer uma crítica ao governo Bolsonaro, depois de passar quatro anos só elogiando.
No “Brasil Urgente” dessa quarta-feira (26), ele baixou o cacete ao comentar a debandada de pessoas na equipe de Paulo Guedes.
Ferra o pobre
Datena perguntou ao presidente Jair Bolsonaro se ele está querendo afundar o Brasil com Paulo Guedes.
— Esse homem aqui já falou que não gosta de pobre e ferrou o pobre até agora.
Guedes bonzinho
De acordo com o apresentador da Band, agora vai ficar a impressão de que o Paulo Guedes é bonzinho porque ele está dando auxílio de R$ 400.
— Mas desde o início ele queria dar R$ 200. Depois ele interrompeu o auxílio de R$ 600 para fracionar em parcelas que dão média de R$ 200 –, comentou Datena.
Índio do buraco
Há dois meses, o corpo do indígena que viveu mais de duas décadas isolado na mata do sul de Rondônia permanece insepulto.
A Funai e a Polícia Federal não informam quando vão enterrar os restos mortais do "Índio do Buraco", um homem de idade, língua e costumes desconhecidos, último sobrevivente de um grupo étnico envenenado e fuzilado por grileiros e madeireiros.
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A Funai limitou-se a informar que "aguarda os laudos para definir os melhores procedimentos quanto ao sepultamento" e a PF não se manifestou.
ÚLTIMA HORA
Lula lidera em todas as pesquisas
As pesquisas Atlas, Ipec e Ipespe, divulgadas entre a segunda-feira 24 e esta terça-feira 25, mostram que a vantagem do ex-presidente sobre o candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), varia de 6 a 7 pontos nos votos totais.
Lula lidera em todas as pesquisas. Confira:
Genial/Quaest – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 53% dos votos válidos, e o presidente Jair Bolsonaro (PL), 47%, segundo a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 26.
Atlas Intel – Lula tem 53% dos votos válidos, e Bolsonaro 47%, segundo a pesquisa Atlas Intel, divulgada nesta segunda-feira, 24.
PoderData — Lula da Silva tem 53% dos votos válidos, e o presidente Bolsonaro (PL), 47%, segundo a pesquisa PoderData, divulgada nesta quarta-feira, 26.
Ipec – Pesquisa do Ipec divulgada nesta segunda-feira (24), encomendada pela Globo, aponta que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 50% de intenção de votos no segundo turno e que o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem 43%.
Ipespe – O ex-presidente Lula tem 53% dos votos válidos e o presidente Bolsonaro (PL), 47%, de acordo com pesquisa Ipespe divulgada nesta terça-feira, 25.
Paraná Pesquisas –Lula tem 50,2% dos votos válidos e o presidente Jair Bolsonaro (PL), 49,8%, de acordo com pesquisa do instituto Paraná Pesquisas divulgada nesta terça-feira, 25.
ORGULHO
Milton Nascimento completou 80 anos nesta quarta-feira, 26 de outubro. Para orgulho de todos nós brasileiros ele é um dos maiores compositores da história da MPB é um dos mais respeitados no exterior. Com um legado musical incrível, que vai das belíssimas canções de amor à língua afiada das músicas de protesto, Milton levantou multidões e perpetuou muitas mensagens nos últimos 60 anos com sua voz ímpar. Também considerado um dos maiores intérpretes da música brasileira, Bituca, como é chamado pelos amigos, era um dos autores preferidos da igualmente brilhante Elis Regina. Aliás, cabe um vice-versa aqui por Elis era a cantora preferida de Milton, que a chama de “divina”. Desde a metade dos anos 1960, esse carioca de alma mineira produziu verdadeiras pérolas, boa parte delas em parceria com amigos como Fernando Brant (1946 – 2015), Marcio Borges, Ronaldo Bastos, Ruy Guerra, Chico Buarque e Caetano Veloso
VERGONHA
É mais um tiro no pé e mais uma vergonha para a campanha de Jair Bolsonaro. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, negou o pedido da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) para investigar suposta irregularidade na veiculação de inserções em rádios na propaganda obrigatória. Além de rejeitar a denúncia, Morares também incluiu os documentos enviados pelos advogados de Bolsonaro no inquérito das milícias digitais, instaurado no Supremo Tribunal Federal (STF). Na decisão, o ministro apontou inconsistências no material apresentado pela campanha. Moraes chamou a denúncia de "inepta" por não identificar, segundo o ministro, os dias, horários e canais de rádio em teria ocorrido descumprimento da norma eleitoral. "Diante de discrepâncias tão gritantes, esses dados jamais poderiam ser chamados de 'prova' ou 'auditoria'", escreveu Moraes, enfatizando o trecho com letras.