Quando o senador Eduardo Braga (MDB-AM) deixou o G7, grupo de senadores de oposição na CPI da Covid, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), apostou que poderia cooptar o parlamentar do Amazonas. Esta seria a primeira missão de Ciro Nogueira (PP-PI), o novo ministro da Casa Civil.
Chegou a circular, inclusive, que Dudu estava de olho no Ministério das Minas e Energia, cadeira em que já ocupou no governo de Dilma Rousseff (PT). Mas o senador jura de pés juntos que nada disso rolou. Tudo não passou de mera especulação. Eduardo Braga afirmou desconhecer qualquer tratativa entre senadores do partido e o Palácio do Planalto acerca da destinação do comando de ministérios do governo de Jair Bolsonaro para parlamentares da sigla.
Será banido
Para não pairar mais nenhuma dúvida, o MDB divulgou nota oficial informando que “qualquer filiado ao partido que aceitar ministério no governo será convidado a se retirar da sigla”.
Último a saber
A nota não tem o endereço de Braga. É, sim, um direta aos emedebistas que andam por aí fazendo pressão por espaço no primeiro escalão do governo federal.
— Não fui consultado sobre a nota que o MDB deu, nem como líder do MDB, nem como membro da executiva nacional. E nenhum dos senadores foi consultado. Foi, então, uma posição do partido –, disse o líder.
Titular da CPI, Eduardo Braga integrava o chamado G7, grupo majoritário que define os passos da comissão. A relação, no entanto, ficou abalada após Eduardo Braga questionar publicamente algumas decisões da presidência da CPI.
— Me posiciono claramente como um membro independente da CPI. Todos nós precisamos respeitar a Constituição. Ela não pode ser desrespeitada, seja pela CPI, seja pelo presidente da República.
CPI de volta
Após duas semanas de pausa nos depoimentos e reuniões presenciais, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID no Senado Federal volta aos holofotes a partir desta terça-feira (2/8).
A hora da verdade
O presidente do colegiado, senador Omar Aziz (PSD-AM), defende, nesta nova etapa, a realização de acareações para esclarecimentos de contradições verificadas em depoimentos anteriores.
É bom lá, aqui não!
O ex-prefeito Arthur Virgílio (PSDB-AM) aplaude o desempenho do agronegócio que, segundo ele, “é estupendo” e merece todo o seu apoio.
— Só não pode vir para a Amazônia, para desmatar e secar nossos rios grandiosos. Trata-se, afinal, da região mais estratégica do país e talvez do planeta.
Hora da Amazônia
Dona do maior banco genético do mundo, a Amazônia não nasceu para o agronegócio, avalia o ex-ministro chefe da Casa Vivi de FHC.
— Arthur É hora de nos concentrarmos na região amazônica, mais precisamente no Amazonas, que preserva 95% de sua floresta original.
Bionegócios
O tucano sugere ainda que o Brasil temos que buscar parceiros nacionais e internacionais e fazer daqui uma potência econômica, com sustentabilidade, floresta em pé, e bionegócios.
Filhote onça
Policiais militares do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPAmb) resgataram um filhote de onça-pintada, em Nova Olinda do Norte –, distante 135 Km de Manaus.
Filhote de onça 2
Os militares foram acionados por moradores da comunidade rural, que encontraram o filhote na Estrada do Curupira, no Km 08 da rodovia BR-254. O filhote da pintada foi transportado para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), do Ibama).
O povo quer saber
Afinal, não vão demitir o coordenador da Funai no Vale do Javari (AM), tenente da reserva do Exército Henry Charlles Lima da Silva, que sugeriu “passar fogo” nos índios?
Limite ao “golpista”
O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), escreveu em perfil no Twitter, que “já passou da hora” de se impor um limite à postura “golpista e conspiratória” do presidente Jair Bolsonaro.
Será tarde demais
Ramos cobrou a adoção de medidas por parte do STF (Supremo Tribunal Federal), a Câmara dos Deputados e do Senado.
— Já passou da hora do STF, Câmara e Senado colocarem um limite a postura golpista e conspiratória do Presidente da República. Se não fizeram isso agora, quando decidirem fazer, será tarde demais.
A próxima vítima
O vice-presidente da Câmara encerra com um aviso:
“Todos que se acham protegidos hoje podem ser as próximas vítimas”.
Átila gera emprego
O Centrão é um bloco político muito “solidário”. Lá dentro ninguém fica desamparado. A mamãe de Ciro Nogueira (PP-PI), Eliane Nogueira (PP-PI), que acaba de assumir o Senado Federal após a posse de seu filho na chefia da Casa Civil, já foi “amparada” no gabinete do deputado Átila Lins (PP-AM), de nunca ter colocado os pés lá.
De funcionária...
Eliane, 72, figura nos registros da Câmara dos Deputados como tendo sido funcionária dos gabinetes do filho, que foi deputado federal por 16 anos, e do marido, Ciro Nogueira Lima (1933-2013), que também foi deputado por dois mandatos.
...a senadora!
Primeira suplente na chapa em que Ciro, que foi eleito para o Senado, em 2018, d. Eliane tomou posse na quarta-feira (29) na vaga do filho. Boletins administrativos da Câmara apontam que ela ocupou cargos ao longo dos anos 1980, 1990 e 2000 não só nos gabinetes do filho e do marido, mas também de um aliado ( no caso, Lins) e em área administrativa que era comandada por Ciro.
Nepotismo legal
Ao ser questionada se isso não era “imoral”, a senadora afirmou que a prática de nepotismo não era crime em tempos passados e que não houve vantagens indevidas
Segura a mamãe
Em meados dos anos 1990, Eliane foi nomeada novamente na Câmara, desta vez no gabinete do filho, Ciro Nogueira, que sucedeu o pai como deputado federal. Um mês depois, foi deslocada para o gabinete do deputado Átila Lins (PP-AM), aliado de Ciro.
Exonerações e nomeações
Os boletins administrativos da Câmara mostram uma série de mudanças no status de Eliane Nogueira, com diversas exonerações e nomeações.
13º salários e férias
De acordo com o ato da mesa da Câmara 12/2003, a prática de repetidas nomeações e exonerações tinha como único objetivo forçar o pagamento da rescisão contratual dos assessores. Leia-se 13º salário proporcional e indenização por férias, não raro acumuladas acima do período permitido em lei.
Uma beleza!
Lula, a pedra no sapato
Bolsonaro está muito incomodado com a candidatura de Lula em 2022. Ontem ele voltou a cutucar o ex-presidente colocando a candidatura como "ameaça à liberdade". E, sem apresentar indícios ou provas, voltou a dizer que o sistema eleitoral é passível de fraudes.
ÚLTIMA HORA
Bolsonaro é contra taxar grandes fortunas — “Agora é crime ser rico no Brasil?
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira que não está disposto a apoiar projetos que envolvam aumento de imposto sobre a renda dos mais ricos e taxação de grandes fortunas. A afirmação foi feita em meio a críticas a governos de centro-esquerda, como o da Argentina.
— Dividir riqueza e renda? Alguém conhece algum empresário socialista? Algum empreendedor comunista? Alguns querem que eu taxe grandes fortunas. É um crime agora ser rico no Brasil? A França há poucas décadas fez isso, o dinheiro está indo para a Rússia. Alguns querem que se aumente impostos, que se tabele preços, como a Argentina fez com a carne...”, disse o presidente, durante discurso no Ministério da Cidadania, para assinatura de um acordo que levará água a escolas rurais.
ORGULHO
Nei Matogrosso, uma das maiores estrelas da MPB, completou 80 anos neste domingo 1º de agosto, cheio de vigor, atitude e novidades.
A comemoração veio em com disco novo, “Nu Com a Minha Música”, canção lançada no canal YouTube, no dia do aniversário dele. Tem ainda videoclip com também cantora Gabi Amarantos, uma biografia e capa da revista Vogue. Vacinado, perfeccionista, amante da natureza e nascido em 1941 em Bela Vista (MS), Ney diz que está se sentindo ótimo aos 80 anos: “Em paz com a minha consciência, em paz comigo mesmo”, afirmou em entrevista à revista Matie Claire.
VERGONHA
A ministra Rosa Weber, vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, deu dez dias para que o presidente Jair Bolsonaro preste informações sobre o bloqueio de jornalistas em seu perfil no Twitter. O despacho publicado neste domingo (1º) se deu no âmbito de ação em que a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) pede ao Supremo que determine ao chefe do Executivo que debloqueie 65 jornalistas na rede social e se abstenha de efetuar novos bloqueios a profissionais da imprensa, considerando o "caráter público" de sua conta e "das informações nela presentes". “A administração Pública tem o dever constitucional de conceder pleno acesso às informações de caráter público. É flagrantemente ilegal o ato do impetrado de tolher de jornalistas o acesso a sua conta em rede social", argumenta a Abraji na ação.