Então, as eleições municipais de 2024 entrará para a história como o pleito que marcou o fim da polarização que tanto mal fez ao nosso país? Talvez não mas, ao menos, haverá uma trégua até que as urnas comecem a falar. Quem revela este cenário é uma pesquisa realizada este ano pelo DataSenado cujo resultado aponta que a maior parte da população brasileira com direito ao voto não se considera politicamente nem mais à direita, nem mais à esquerda, nem mais ao centro.
Das mais de 21 mil pessoas entrevistadas, 40% não escolheu qualquer uma dessas alternativas, enquanto 29% se disseram mais à direita, 15% mais à esquerda e 11% mais de centro. O restante dos entrevistados disse não saber ou preferiu não responder.
Polos políticos não importam
Na avaliação da diretora da Secretaria de Transparência do Senado, Elga Mara Teixeira Lopes, a pesquisa mostra que a maioria dos eleitores não se identifica com nenhum dos polos políticos.
— Isso mostra que nessa campanha eleitoral municipal não é a coloração política, não é a polarização política o tema mais importante no cérebro do brasileiro –, avalaia Elga Lopes.
Municípios importam
Para Elga Lopes, o eleitor, neste ano conta os problemas do município, a capacidade dos candidatos de apresentar solução e sua capacidade gerencial — avaliou a diretora.
Ideologia não conta
Agora veja o que diz José Henrique de Oliveira Varanda, coordenador da pesquisa, que segue na mesma linha.
— A população brasileira não está tão polarizada ideologicamente, pelo menos não em 2024, mesmo sendo um ano de eleições municipais.
Juventude alienada
Majoritariamente, as brasileiras com mais de 16 anos não se identificam com nenhuma ideologia política (46%) ou se declaram de centro (9%).
Entre elas, 14% se disseram mais à esquerda e 24% mais à direita.
Pode influenciar eleição
Para o coordenador, os números mostram que essa parcela da população que prefere não se classificar de maneira polarizada pode influenciar de maneira significativa o resultado de eleições ao decidir seu voto de forma menos ideológica.
Os equívocos políticos de Verrah
Professora de Filosofia da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e coordenadora do Grupo de Estudos sobre Representação e Participação Política (Gerpp), a professora Verrah Chamma, fez uma análise da corrida eleitoral á Prefeitura de Manaus, em entrevista ao Brasil de Fato.
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No entanto, quem cobre política há muitos anos consegue detectar alguns equívocos da entrevistada, que está mais pra filósofa que pra cientista política.
PT é um partido de esquerda
O primeiro deles é dizer que o candidato do PT a prefeito de Manaus, Marcelo Ramos, nem “pode ser chamado propriamente de esquerda”. Segundo ela seria “ mais de centro”.
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Ops! Marcelo está filiado ao PT, um partido de esquerda. E, foi lançado pelo presidente Lula, um político historicamente de esquerda. Então, que Centro é esse, professora Verrah Chamma?
PL não era extrema-direita, virou
Outro deslize na análise da professora Verrarh é dizer que “Marcelo era do PL, até romper com Bolsonaro”.
Não é verdade. Quando Marcelo era do PL, o partido ainda não tinha essa bandeira fascista de extrema-direita.
Rompeu com Bolsonaro?
E mais: a professora disse que Marcelo Ramos “rompeu com Bolsonaro”.
Também isso está errado. Ninguém rompe com que nunca esteve junto. O amazonense nunca foi aliado do imbrochável.
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Ele saiu do PL sim, mas por não aceitar e muito menos engolir Bolsonaro. Ninguém rompe com quem nunca foi aliado.
Voto ideológico não muda
A “cientista política” também afirma que Marcelo Ramos está perdendo os 14% nas pesquisas de intenção de votos porque “quem votaria no Marcelo vai acabar fazendo um voto útil no Amom, que é de centro”.
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Professora, o voto do PT é ideológico. Eleitores de esquerda votam com convicção e não mudam o voto pra votar em um candidato de Centro. Jamais!
Omar Aziz de direita?
A análise equivocada da professora de filosofia não para por aí.
Em outro trecho ela diz que Ramos já esteve em partidos de “direita como o PSD”. Bom, o PSD é presidido no Amazonas pelo senador Omar Aziz, hoje o maior aliado do presidente Lula e o adversário mais contundente de Jair Bolsonaro, este sim de extrema-direita”.
Estudante comunista
Aliás, Omar Aziz é remanescente do movimento estudantil a época da ditadura, onde militou no PCdoB. Logo, de direita não tem nada.
Mac Donald para prefeito
A cidade de Foz do Iguaçu pode eleger um refeito chamado
aulo Mac Donald (PP).
Ao menos ele tem uma vantagem sobre os adversários. Seu m u à Prefeitura de Foz do Iguaçu. A publicidade com eu nome em várias lanchonetes.
Rede X pode ser liberada
Após novo pedido de liberação da plataforma X no Brasil, o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou que a empresa do bilionário Elon Musk pague R$ 10 milhões de multa para liberar o funcionamento da rede social no país. A decisão foi divulgada nesta sexta-feira (27).
Sobrou pra ela
Além disso, o ministro também determinou pagamento de multa de R$ 300 mil para a advogada Rachel de Oliveira Villa Nova, representante legal da empresa no país.
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A nova decisão foi divulgada após os advogados do X pedirem nova liberação da plataforma na quinta-feira (26).
Se fizer o Pix volta
De acordo com Moraes, o término da suspensão do funcionamento da rede X em território nacional e, consequentemente, o retorno imediato de suas atividades dependem unicamente do cumprimento integral da legislação brasileira.
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— E também da e da absoluta observância às decisões do Poder Judiciário, em respeito à soberania nacional –, disse o ministro.
ÚLTIMA HORA
461,7 MIL CANDIDATOS INDÍGENAS DISPUTAM ELEIÇÃO
O Brasil terá neste ano o maior número de candidatos indígenas nas urnas desde 2016.
Em 6 de outubro, mais de 461,7 mil candidatas e candidatos disputarão cargos de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores, em 5.569 municípios, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
No Amazonas é um dos estados com maior números de candidatos indígenas. Ao menos oito candidatos indígenas estão disputando o cargo de prefeito em municípios do interior do estado.
Antes da resolução do TSE, a declaração de cor ou raça no registro de candidatas e candidatos era opcional.
Pela primeira vez, neste ano, os candidatos puderam também declarar, de forma opcional, o pertencimento étnico.
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Das 2.479 candidaturas indígenas registradas, 1.966 divulgaram sua etnia, o que somou 176 etnias, de acordo com o TSE. As três maiores são 168 candidaturas do povo Kaingang; 150, Tikuna, e 107 candidatos da etnia Makuxí.
ORGULHO
O Amazonas está entre os estados que serão beneficiados com a herança de Jô Sores. Pouco mais de dois anos após sua morte, o humorista s segue ajudando instituições sociais. Parte da herança do artista foi dividida em doações para organizações sem fins lucrativos em São Paulo, no Amazonas, em Rondônia e no Mato Grosso. Todas essas instituições se destinam a cuidar de pessoas com TEA, transtorno do espectro autista. Segundo a ex-mulher de Jô Soares, Flávia Esdras, a herança dele está estimada em R$ 50 milhões pela B&MC News. Jô perdeu o único filho Rafael Soares, em 2014. O artista sempre se referia ao filho com carinho e mencionava sua condição com TEA. Rafael morreu aos 50 anos.
VERGONHA
O papa Francisco afirmou que a Igreja Católica deve buscar o "perdão" pelo "flagelo" dos abusos sexuais de menores de idade, em um discurso diante de representantes políticos e da sociedade civil na Bélgica, nesta sexta-feira (27).
— A Igreja deve ter vergonha e pedir perdão. Tentar resolver esta situação com humildade cristã e fazer todo o possível para que não volte a acontecer. Penso nos casos dramáticos de abusos de menores, um flagelo que a Igreja está enfrentando com determinação e firmeza, escutando e acompanhando as pessoas feridas e implementando um amplo programa de prevenção em todo o mundo. Esta é a vergonha que todos temos que assumir agora, pedir perdão e resolver o problema –, lamentou.
OUTRAS PALAVRAS
“NÃO ROUBAR, NÃO DEIXAR ROUBAR, PÔR NA CADEIA QUEM ROUBE, EIS O PRIMEIRO MANDAMENTO DA MORAL PÚBLICA.” (Ulysses Guimarães)