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Ao comando do farol vermelho do semáforo, um homem para o seu carro com ar-condicionado numa esquina da avenida Cosme Ferreira, no Aleixo. Enquanto aguarda, ouvindo música, a reabertura o sinal para seguir em frente, observa uma cena chocante que a acontece  no meio do asfalto, como se fosse um circo de horrores  a céu aberto. Um homem com a cara pintada e nariz de palhaço se ajoelha no asfalto quente e puxa o bracinho de uma menininha de aproximadamente 03 anos (talvez sua filha), para se ajoelhar e erguer uma placa com uma súplica escrita em letras engarranchadas –  PRECISO DE UMA AJUDA PARA COMER”. Detalhe: a criança também tem a carinha pintada e  o narizinho de palhaço.

Esta é uma cena que estamos  acostumados a ver diariamente nas ruas de Manaus.  Algumas pessoas já nem se chocam, vão se acostumando com a “paisagem urbana” e  até acham normal não ter o que comer. Outros, mais sensíveis, ainda choram por dentro. Não suportam ver crianças sendo usadas por adultos para comover quem passa e, quem sabe, arrancar uma moeda de R$ 1,00 ou uma cédula de R$ 2,00.

Silêncio dos inocentes

À vezes, essas crianças dormem (ou desfalecem) no colo do pai ou da mãe, sob o mormaço sufocante, o sol causticante, a chuva fria ou inalando gás carbono expelido pelas descargas dos carros. Muitas não comeram ou beberam o dia inteiro.

Outras são sacrificadas  até às 23h, num crime que governantes e gestores, públicos, agentes sociais e até mesmo – por que não –, agentes do ECA  - Estatuto da Criança e do Adolescente –, assistem e nada fazem –, criado para dar proteção integral à criança e ao adolescente.

Negligência

Quando foi promulgado, em maio de 1990, o ECA foi considerado uma grande conquista para crianças e adolescentes do país, “antes negligenciados pelo sistema jurídico e sociedade brasileira”.

Perguntar não ofende

E o que estamos assistindo agora nas ruas do pais, não seria uma negligência? Em mais de 30 anos do estatuto, de   fato, mudou alguma coisa?

O problema é político

A fome no Brasil é um problema político. Sim,  porque as políticas públicas são fundamentais no combate à fome, uma vez que a insegurança alimentar é resultado das escolhas políticas e econômicas.

55% passam fome

Hoje, 55% dos brasileiros são afetados pela insegurança familiar, segundo pesquisa realizada em dezembro passado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan). Essa porcentagem representa um retrocesso, se comparada aos índices registrados em anos anteriores.

Omissão do poder público

Ninguém pode fechar os olhos para a diminuição, por parte do poder público, de recursos destinados a programas que combatem a insegurança alimentar no Brasil.

E muito menos ignorar que os grupos de pessoas mais atingidas por esse problema – mães de família, pretos e pardos e a população rural.

Desmonte bolsonarista

A degradação e o quadro desumano que assistimos de braços cruzados, diariamente, nas ruas de Manaus, –   às vezes atirando uma moeda por descargo de consciência –, vem se repetindo no Brasil inteiro. No governo de Jair Bolsonaro, o desmonte das políticas de combate à  fome implantada nos governos do PT , foi aprofundado.Ele extinguiu o Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), espaço de participação social e debate das principais políticas de segurança alimentar do país.

O governo Bolsonaro também não elaborou o Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional para 2020-23 e paralisou a instância federal coordenadora de ações em diferentes setores, deixando a área acéfala.

Fome não existe

Aliás, o presidente chegou a dizer, durante uma entrevista a jornalista estrangeiros,  que “não existe fome no Brasil”.

— Falar que se passa fome no Brasil é uma grande mentira. Passa-se mal, não come bem. Aí eu concordo. Agora, passar fome, não –, afirmou o presidente

Fora do Mapa da Fome

Política à parte, em 2014, no governo da presidente Dilma, ao informar a saída do Brasil do Mapa da Fome, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) associou o feito histórico à estratégia que combinou aumento da oferta de alimentos e da renda dos mais pobres, geração de emprego, programas Bolsa Família e de merenda escolar à governança na área de segurança alimentar, com transparência e participação da sociedade".

Golpista da fome

Todos os programas dessa estratégia foram progressivamente fragilizados ou abandonados após o golpe de 2016 que colocou o golpista Michel Temer (MDB) no poder.

Com Temer e a emenda constitucional 95, que congelou os gastos sociais, teve início o desmonte da estratégia reconhecida pela ONU.

Sem emprego, sem comida

O desemprego passou para a casa dos dois dígitos desde 2016 e cresceu a parcela de trabalhadores sem direitos trabalhistas e com renda baixa e instável.

“A não correção dos benefícios do Bolsa Família diminuiu sua capacidade de sustentar a renda dessa parcela de brasileiras e brasileiros", escrevem Tereza Campello, que foi ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, nos governos da ex-presidente Dilma Rousseff; e Sandra Brandão, que foi chefe do Gabinete de Informações da Presidência da República de Dilma. .

De olho no contador

O senador Eduardo Braga (MDB-AM) já avisou que vai recorrer  da decisão do juiz, que revogou a determinação que impedia a Amazonas Energia de implantar os novos medidores de energia elétrica no Estado.

Via Twitter, o senador escreveu que a população precisa ser bem informada sobre esses novos aparelhos.

Mamata Card

Após uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) constatar, segundo a Veja, que Jair Bolsonaro (PL) gastou R$ 21 milhões nos cartões corporativos - pagos com dinheiro público - entre janeiro de 2019, início de seu mandato, e março de 2021, o assunto “Mamata Card” tornou-se um dos assuntos mais comentados do Twitter.

Varredura

Os auditores do TCU vasculharam arquivos dos recursos destinados a custear despesas de caráter secreto pagas com cartões corporativos, chamados de suprimento de fundos.

Até tu, Mourão?

Bolsonaro gastou R$ 2,6 milhões neste período somente com comida para abastecer sua residência oficial, o Palácio da Alvorada, e a do vice-presidente, Hamilton Mourão (Republicanos), o Palácio do Jaburu. Em média, foram gastos R$ 96,3 mil por mês.

Leite condensado

O documento não detalha o tipo de alimento comprado nem as preferências gastronômicas de Bolsonaro, que faz o que pode para vender a imagem de um homem simples, de gente como a gente.

Um de seus lanches prediletos, ele contou certa vez, seria pão francês com manteiga ou leite condensado.

Então, tá!

Toffoli é do Amazonas

O ministro José Antônio Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), é o mais novo cidadão do Amazonas.

A cerimônia de entrega do título aconteceu na manhã desta sexta-feira (3), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).

Reconhecimento

Os autores do    projeto que deu o título ao ministro, aprovado por unanimidade, foram os deputados Belarmino Lins (Progressista), Wilker Barreto (Cidadania) e Dermilson Chagas (Republicanos).

Defesa da ZFM

Toffoli, que é natural de Marília (SP), foi voto importante para que a Zona Franca de Manaus (ZFM) saísse vencedora da batalha judicial contra o estado de São Paulo, que contestava direitos ao creditamento do Imposto sobre Produtos Indusalizados (IPI) em favor do Amazonas. O julgamento ocorreu em 2019, e na ocasião o STF decidiu que os benefícios fiscais eram exclusivos das empresas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM).

Mamata music

A Justiça da Bahia cancelou o show do cantor Gusttavo Lima na cidade de Teolândia, cidade há 194 km de Salvador, onde seria realizado o XVI Festival da Banana, previsto para acontecer entre os dias 4 e 13 de junho. De acordo com o Ministério Público da Bahia (MP-BA) o custo da festa se aproxima dos cerca de R$ 2,3 milhões recebidos pela prefeitura.

A babita que engordaria a conta do sertanejo bolsominion, vinha, claro, das têtas do Governo Federal.

Verba da saúde

Ao todo, a Festa da Banana estava orçada em R$ 2,3 milhões, valor que corresponde a 40% do que o município destinou à saúde durante todo o ano de 2021, de acordo com o Ministério Público. Outras atrações também foram suspensas.

Pimenta no dos outros...

Felipe Neto

O youtuber Felipe Neto, 34, um dos maiores alvos dos bolsonaristas, deu o troco a Gustavvo LIka. Ao comentar investigações por causa de um contrato milionário, ele comentou:

— Esses bolsonaristas as não aguentariam meia hora se tivessem que enfrentar tudo que eu, Porchat, Adnet, Luisa e tantos outros temos que enfrentar há quatro anos. E contra nós eles só usavam mentiras –, cutucou Felipe Neto no Instagram.

...É refresco!

O youtuber disse mais:

— Sabe o que eu acho engraçado? Estou há quatro anos sendo massacrado pela opinião pública,  Anitta, Porchat, outros artistas. Fui acusado de pedofilia, corrupção de menores, polícia veio na minha casa a mando da família Bolsonaro...

Aí um cantor passa uma semana sendo atacado por se beneficiar de dinheiro público para fazer shows e já faz livechorando falando que vai desistir –, alfinetou Felipe.

Rainha da sucata

A Prefeitura começou a organizar o comércio de  sucatas que às vezes ocupa uma faixa inteira das ruas de Manaus. A Central Integrada de Fiscalização (CIF) inspecionou oito estabelecimentos de venda de sucata na zona sul de Manaus.

O objetivo é apurar suspeitas de comércio irregular de materiais como fios de cobre, tampas de bueiros e redes de telefonia. Dos estabelecimentos vistoriados, quatro foram interditados por irregularidades.

Outra do Lira

Lira e o lero-lero

Deu na coluna de Mônica Bergamo: O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afastou nesta sexta-feira (3) o deputado federal Márcio Macêdo (PT-SE) do cargo de parlamentar e determinou a volta de José Valdevan de Jesus, o Valdevan Noventa (PL-SE).

Abusado

O congressista do mesmo partido de Jair Bolsonaro foi cassado em março deste ano por abuso do poder econômico durante a campanha eleitoral de 2018. Mas poderá voltar ao mandado após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Kassio Nunes Marques conceder nessa quinta-feira (2) liminar suspendendo a cassação.

Cutucando onça

Kassio Nunes, por subserviência a Jair Bolsonaro, está abrindo guerra contra o próprio STF, instituição a que pertence. O magistrado suspendeu também cassação do mandato do deputado estadual Fernando Francischini (União Brasil-PR), que havia sido cassado pelo TSE. Quer dizer, Nunes está cutucando onça com vara curta.

ÚLTIMA HORA

LULA CHEGA A  45% DAS INTENÇÕES DE VOTOS. BOLSONARO ESTACIONA EM 34%

Lula avança nas pesquisas de intenção de votos

Pesquisa XP/Ipespe divulgada nesta sexta-feira (3) mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 45% das intenções de voto na corrida pelo Palácio do Planalto.  O presidente Jair Bolsonaro (PL) tem 34%. As eleições estão marcadas para 2 de outubro.

Lula e Bolsonaro mantiveram a mesma pontuação em relação à pesquisa anterior do instituto, divulgada em 27 de maio. A seguir aparecem o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 9% ― ele oscilou um ponto para mais em relação ao levantamento anterior, dentro da margem de erro de 3,2 pontos percentuais ―, e a senadora Simone Tebet (MDB), com 3%.

André Janones (Avante), Vera Lúcia (PSTU) e Pablo Marçal (Pros) têm 1% das intenções de voto. Leonardo Péricles (UP) e Luciano Bivar (União Brasil) não pontuaram ― embora tenham sido citados, não chegaram a 1%. Brancos, nulos ou que não votariam em nenhum dos candidatos somam 5%. Indecisos representam 2% dos entrevistados.

ORGULHO

Plenário da Assembleia Legislativa da Bahia: PL é contra a LGBTFobia 

Contra atos discriminatórios motivados por orientação sexual e identidade de gênero, a Assembleia Legislativa da Bahia aprovou nesta quarta-feira, 1º, o Projeto de Lei 22.845/18, conhecido popularmente como “Milena Passos”. O PL é contra a LGBTFobia praticado no Estado por qualquer pessoa, física ou jurídica, inclusive que exerça função pública. A proposta se tornou emblemática nas últimas três sessões, quando monopolizou os discursos e negociações em plenário. Entre as orientações das bancadas, a maioria encaminhou voto a favor e a minoria liberou o voto entre os parlamentares. Millena Passos, quem dá nome ao PL, é uma ativista baiana, mulher transexual, que está à frente da secretaria executiva do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Mulher, da vice-presidência da União Nacional LGBT e da coordenação do Grupo Gay da Bahia (GGB)

VERGONHA

O vereador Nikolas admira o torturador Carlos Ustra e odeia Marielli Franco

O vereador bolsonarista e antivacina Nikolas Ferreira (PL),  atacou a também vereadora Marielle Franco (Psol) (1979-2018) durante reunião ordinária na Câmara Municipal de Belo Horizonte. Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram brutalmente assassinados em 2018, quando voltavam para casa.  Até hoje não se sabe quem mandou matar Marielle e Anderson. Revoltado com um projeto que prevê a mudança do nome do Centro de Saúde Vila Cemig para Marielle Franco, o vereador resolveu atacá-la e compará-la ao torturador Carlos Brilhante Ustra, figura idolatrada pelo bolsonarismo.  vereador bolsonarista e antivacina Nikolas Ferreira (PL),  atacou a também vereadora Marielle Franco (Psol) (1979-2018) durante reunião ordinária na Câmara Municipal de Belo Horizonte. Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram brutalmente assassinados em 2018, quando voltavam para casa.  Até hoje não se sabe quem mandou matar Marielle e Anderson. Revoltado com um projeto que prevê a mudança do nome do Centro de Saúde Vila Cemig para Marielle Franco, o vereador resolveu atacá-la e compará-la ao torturador Carlos Brilhante Ustra, figura idolatrada pelo bolsonarismo.

— Uma pessoa (Marielle Franco) que não fez nada pela nossa cidade.. (sic).. Se eu tomasse essa atitude, de mudar esse nome para Centro de Saúde Carlos Alberto Brilhante Ustra, estaria todo mundo aqui em pane (sic) porque não pode mudar isso –, disse o vereador bolsonaista.

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