Quem vem atirando pedras contra a desembargadora Graça Figueiredo, principalmente nas redes sociais e em alguns sites, no mínimo não conhece a ex-presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM).
Mas, quem conhece e trabalhou com a magistrada sabe que ela é uma mulher séria e que, por isso mesmo, amealhou uma série de inimigos gratuitos. Porque não tergiversa, não aceita pressão, não se deixa curvar, é honesta, justa, íntegra e humana. O que aliás não é nenhum mérito pois é assim que devem ser os magistrados.
Acusam Graça – muito antes de qualquer julgamento ou manifestação de sua parte –, de estar propensa a “proteger” o ex-prefeito David Almeida (Avante), na ação que aponta desvios na campanha de vacinação contra a Covid-19, por ter um filho, Lucas Cézar Bandiera, no cargo de subsecretário municipal de Planejamento e Gestão de Pessoas.
A primeira injustiça que se comete é que o processo foi cair nas mãos da desembargadora, que será a relatora por sorteio e não porque houve forçação de barra pra isso. Não é a desembargadora Graça Figueiredo que julgará a o processo, mas a Corte de Justiça. Ela apenas vai relatar o processo. Logo, é injusta a crucificação antes da sentença. Depois, qual o problema da magistrada ter um filho na administração pública? Lucas já está no quadro da prefeitura desde a administração do prefeito Arthur Virgílio (PSDB), onde fez um trabalho impecável. Quer dizer então que, por ter uma mãe desembargadora, o advogado não pode exercer nenhum cargo público? O próprio Supremo Tribunal Federal (STF) diz que isso não é problema.
Entenda o caso
A quiproquó começou quando o Ministério Público do Amazonas pediu ao TJ-AM a prisão preventiva, cumulado com o afastamento dos cargos, do prefeito David Almeida e da secretária de saúde do município Shádia Fraxe, além do afastamento dos 10 médicos contratados como gerentes de projetos, entre eles, as irmãs Isabelle e Gabrielle Kirky Maddy Lins, acusadas de furar a fia da vacinação.
Outra injustiça
Ora, mas também seria injusto jogar nos ombros do prefeito David Almeida a culpa pelo erro de duas profissionais que estavam conscientes do grave crime metido.
Fez o que devia
Ao prefeito cabia tomar as providências e ele o fez. Puniu com a demissão as duas “fura filas” e a campanha de vacinação prosseguiu sem problemas e de forma competente. Logo, o prefeito fez o que deveria ser feito. Mas, é claro, quem vai decidir isso é a Justiça e não apenas uma relatora.
Incomodou muita gente
Sobre Graça Figueiredo é preciso que se diga ainda que, por conta de sua postura séria e ética, incomodou muita gente. Por conta disso, a magistrada foi alvo de algumas denúncias. No entanto, Conselho Nacional de Justiça (CNJ) arquivou todas as reclamações disciplinares contra a desembargadora e a inocentou. Mas parece que em Manaus, só se atiram pedras em arvores que dá frutos.
Depois de Cabral
Natural do Amazonas, o advogado Beto Simonetti (no traço de Malika) assume nesta terça-feira, 1º, a presidência da OAB Nacional, onde já vinha exercendo o cargo de secretário-geral da entidade.
Façanha
De cara Simonetti realiza uma grande façanha: é o primeiro advogado amazonense a presidir a OAB Nacional 40 anos depois da presidência histórica do ex-ministro da Justiça Bernardo Cabral.
Discriminação indígena
Discriminar um indígena por sua etnia, características de cor da pele e traços físicos e por seus costumes e crenças também é considerado racismo. A advertência é do Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM).
Lei do Racismo
O crime de racismo, caracterizado pela Constituição Federal como inafiançável e imprescritível, vai bem além da discriminação da população negra, como é mais comumente associado.
A Lei Federal nº 7.716/1989, conhecida como Lei do Racismo, prevê que “serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”, o que inclui os indígenas.
Boca de abiu
O vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (sem partido-AM), está com um pé no PSD, de Omar Aziz. No entanto, o deputado não confirma e nem desmente. Se limita a dizer que até o final de semana decide para onde vai.
Vade retro!
Ramos saiu por uma porta do PL quando Jair Bolsonaro entrou pela outra. Isto é, fugiu de Jair como diabo foge da cruz.
Agora vai
O amazonense já se encontra em Brasília para a retomada dos trabalhos legislativos.
— Até o final de semana eu decido! – prometeu.
Barca furada
Aliás, Marcelo Ramos deu uma cutucada no cacique do PL, Waldemar Costa Neto. Para ele, o presidente da sigla cometeu um erro ao aceitar a filiação de Jair no partido.
— Todo mundo acha que Bolsonaro é ‘vela’ [náutica], que o vento bate e faz o barco andar mais rápido. Mas eu acho que ele vai ser âncora –, cutucou Marcelo ao Antagonista.
Urucu encalhado
A Petrobras (PETR4) desistiu de vender à Eneva a concessão de áreas produtoras de petróleo e gás no estado do Amazonas conhecidas como Polo Urucu.
Vende-se petróleo
As negociações entre as duas empresas estavam se arrastando desde fevereiro do ano passado. A Petrobras, no entanto, tenta vender o Polo Urucu desde meados de 2020.
Os interessados
As concessões foram alvo de interesse tanto da Eneva quanto da 3R Petroleum – que teriam oferecido cerca de US$ 600 milhões e US$ 1 bilhão, respectivamente, para ficar com o Polo Urucu, que é conectado a Manaus, capital do Amazonas.
100 mil barris/dia
O Polo Urucu reúne campos terrestres de produção de petróleo e gás e produz um pouco mais de 100 mil barris por dia de barris de petróleo equivalente – medida que considera tanto o petróleo quanto o gás natural extraído na região.
Átila na folia
O deputado Átila Lins (PP-AM) anda pegando arona na foli apor conta da coincidências de nomes. Veja só: um diretor de bateria carioca conhecido por Mestre Átila comandará os ritmistas de uma fderta escvola de samba.
E adivinhem de que escola? Lins Imperial.É ou não é uma incrível coincidência de nomes?
Dilma não pretende se esconder e vai defender Lula na campanha
Lula admite que Dilma é competente tecnicamente, mas que erra na política. A ex-presidente Dilma Rousseff passou um claro reacado a Lula e ao PT, na conversa que tiveram em São Paulo, no último dia 13: ainda que o partido possa querer escondê-la na campanha, a ex-presidente vai defender o próprio governo publicamente sempre que julgar necessário.
Na conversa, que durou mais de quatro horas e foi testemunhada por Gleisi Hoffman e Aloizio Mercadante, Dilma afirmou que não pensa em se candidatar a nada em 2022. A ex-presidente também disse a Lula que não vê razão para pressa em anunciar que Geraldo Alckmin será seu candidato a vice. Dilma não é fã dessa aliança, assim como a própria Gleisi. Mas, pelo silêncio dos outros, ela entendeu que a questão está decidida e não há mais volta. Foi essa a impressão que Dilma transmitiu aos aliados com quem conversou sobre o encontro.
O próprio Lula deixou claro como vai agir em relação à antecessora na entrevista que deu semana passada à CBN Vale do Paraíba.
— A Dilma é uma pessoa pela qual eu tenho o mais profundo respeito e carinho. A Dilma tecnicamente é uma pessoa inatacável, tem uma competência extraordinária. Onde ela erra, na minha opinião, é na política –, afirmou.
ORGULHO
A advogada Fernanda Rocha, uma mãe do Rio de Janeiro entrou com uma liminar na Justiça para vacinar o filho. Ela teve que fazer isso porque o pai da criança que tem 8 anos, mandou uma notificação extrajudicial proibindo a mãe de vacinar o filho, em guarda compartilhada. O pai da criança alegou em notificação extrajudicial, enviada à mãe, que eram baixos os riscos de morte de crianças, em caso de infecção pelo coronavírus.
No documento, o pai chama erroneamente a vacina de “experimental”. Isso não é verdade, já que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária e as fabricantes já informaram que todas foram testadas em três fases antes da aprovação.
VERGONHA
Depois da repercussão do vídeo em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece comendo farofa no meio da rua, em Brasília, pelo menos uma das postagens foi apagada das redes sociais. Na manhã desta segunda-feira (31/1), as imagens não estavam mais vinculadas ao perfil do ministro das Comunicações Fábio Faria (PSD). A imagem que circulou foi de um presidente emporcalhado, comendo churrasco com farofa, em uma barraca de rua de Brasília, o que pegou muito mal. Usuários do Twitter comentaram a publicação do genro de Silvio Santos no domingo (30/1). “O Fábio Faria apagou o vídeo da farofada do Bolsonaro!! A coisa pegou tão mal que ele teve que apagar!”, escreveu o usuário Thiago Brasil.