Ambientalistas, pesquisadores, índios, entidades de proteção do meio ambiente, voluntários que cuidaram de animais queimados no incêndios da floresta amazônica festejaram a notícia que estourou no meio da tarde: O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, pediu demissão (ou foi exonerado?) do cargo nesta quarta-feira (23). A exoneração, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União.
Nunca, em toda história da República um ministro fez tanto mal à Amazônia e a seu povo. Também nunca houve um desmonte tão grande de órgãos ambientalistas, como na gestão de Salles. É claro que ele apenas fazia a lição de casa sobre política anti-ambiental do governo Bolsonaro, que resultou no aumento expressivo do desmatamento da Amazônia, da violência no campo e da ameaça aos povos indígenas. Sua política nefasta gerou prejuízos incalculáveis à população, às florestas, à economia brasileira e ao clima global. Na verdade, não é somente a Amazônia: o Brasil merece mais.
Investigado pelo STF
Ricardo Salles, que ocupava o cargo desde o início do mandato de Bolsonaro, em 2019, é investigado em dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF).
Operação Akuanduba
No mês passado, por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, Salles foi alvo de mandados de busca e apreensão e teve seus sigilos bancário e fiscal quebrados, no âmbito da Operação Akuanduba, deflagrada pela Polícia Federal (PF).
Crimes de corrupção
O órgão apura crimes de corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e facilitação de contrabando, praticados por agentes públicos e empresários.
Contrabando de madeira
A suspeita é da existência de um esquema internacional de exportação ilegal de madeira. Além do agora ex-ministro, outras 17 pessoas são investigadas. Na época, o STF também determinou o afastamento de Eduardo Bim do cargo de presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Desumano e vergonhoso
Foi considerado “estarrecedor” o posicionamento desumano e vergonhoso de Ricardo Salles na reunião do dia 22 de abril, quando o governo deveria estar assegurando e planejando medidas de combate à maior crise de saúde pública já enfrentada pelo Brasil.
Passando a boiada
O ministro na maior cara-de-pau defendeu abertamente, sem nenhum pudor e com profundo desrespeito a milhares de famílias em luto, usar o momento da pandemia como uma oportunidade ideal para “passar a boiada”. A “boiada” a que ele se referia era a destruição ambiental, já que concentra a atenção da mídia e sem grande barulho por parte da sociedade.
Ecocida
Quer dizer, ao invés de proteger a floresta e seus povos, Salles sugeriu usar as mortes provocadas pela pandemia para encobrir o projeto de destruição do governo e avançar com as medidas anti-ambientais. Isso, sem nenhum diálogo com a sociedade.
Já vai tarde
Após o pedido de demissão do ministro Ricardo Salles do Ministério do Meio Ambiente, parlamentares e líderes do Congresso se manifestaram, pelas redes sociais, sobre a saída dele do cargo. No Senado, o vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), escreveu que Salles"já vai tarde".
Vai pagar na justiça
O líder da oposição na Câmara, Alessandro Molon, disse que Salles foi "o pior ministro do Meio Ambiente da história do Brasil".
— Agora terá que acertar suas contas com a Justiça. Esse será o destino de muitos que servem a esse desgoverno. Não há mal que dure para sempre.
Eu continuo delegado
O delegado Alexandre Saraiva, ex-superintendente da Polícia Federal no Amazonas que foi demitido depois de ter enviado ao STF um pedido de investigação contra Salles, se manifestou.
— E eu continuo delegado da Polícia Federal! –, escreveu ele.
Grave denuncia
Surgiu a mais grave suspeita de corrupção no governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O Ministério da Saúde, sob o comando de Eduardo Pazuello, um general da ativa, comprou em março 20 milhões de doses da vacina Covaxin, da Índia, por um preço 1000% superior ao valor informado pelo laboratório Bharat Biotech, de US$ 1,34 a dose.
Deputado avisou
Aliado do governo de Jair Bolsonaro, o deputado Luis Miranda (DEM-DF) afirmou ter levado a denúncia sobre um esquema de corrupção envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin ao próprio presidente.
Bolsonaro não ligou
A reunião ocorreu cerca de um mês após o contrato ter sido assinado e Bolsonaro disse a ele que levaria o caso à Polícia Federal. Apesar do aviso, o governo seguiu com o negócio em que prevê pagar pelo imunizante um preço 1.000% maior do que o anunciado pela própria fabricante seis meses antes.
Sem licitação
Não houve licitação para fechar o contrato, de R$ 1,61 bilhão. Enquanto vacinas aprovadas pelos Estados Unidos e União Europeia são vendidas internacionalmente por US$ 10, o governo pagou US$ 15 pela vacina indiana. A Covaxin não foi aprovada nem pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
E vacina, ó...
Faltam documentos básicos solicitados à empresa intermediária, a Precisa Medicamentos, segundo a Anvisa. A 1ª entrega deveria ter sido em 5 de maio, mas nenhuma dose chegou até agora.
Escreveu a carta
O próprio Bolsonaro escreveu uma carta ao primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, informando que o Brasil incluiria a Covaxin no seu programa de vacinação; o presidente não fez isso com nenhum outro político ou fabricante de vacina.
Pfizer ficou na espera
Enquanto a Pfizer esperou 148 dias até assinar o contrato, o intermediário da Covaxin, viu o seu pleito atendido em 97 dias. Finalmente, um funcionário do Ministério da Saúde relatou à procuradoria que sofreu pressão de seus superiores para acelerar a importação da Covaxin.
Ele bem que avisou
“No dia 20 de março, eu denunciei o esquema para Bolsonaro”, disse o deputado ao Estadão/Broadcast Político nesta quarta-feira, 23. “O presidente viu a gravidade e, naquele momento, ele fala pra gente 'vou acionar agora o DG (diretor-geral) da Polícia Federal para cuidar do caso'”, disse Miranda. Procurada, a PF não se manifestou.
Cid ataca a ZFM
O vereador Wallace Oliveira (Pros) repudiou, na Câmara Municipal, o discurso do Senador Cid Gomes (PDT-CE) afirmando ter antipatia pela Zona Franca de Manaus.
— Eu venho à tribuna desta Casa, neste Pequeno Expediente, mais uma vez levantar a minha voz contra mais um pronunciamento preconceituoso, feito por um senador da República contra a Zona Franca – disse o vereador.
O antipático é ele
Irmão de Ciro Gomes, Cid soltou a frase indigesta:
— Estou pegando, e eu jamais gostaria de dizer isso, uma antipatia pela Zona Franca.
Mais respeito, senador!
Wallace respondeu que é lamentável um senador tratar de forma preconceituosa e discriminatória a cidade de Manaus, “e um polo de geração de emprego e renda, que sustenta, em muito, a cidade a qual ele pertence”.
— Senador, o senhor, no mínimo, tem que fazer uma nota de desagravo pela fala proferida contra o povo da cidade de Manaus, que sempre recepcionou e continuará recepcionando todos os nossos irmãos nordestinos que aqui chegarem –, protestou o vereador.
Cartão Enchente
A Prefeitura de Manaus, por meio do Fundo Manaus Solidária, fará a entrega, nesta quinta-feira, 24/6, de 290 cartões do “Auxílio Operação Cheia 2021”.
A ação começará às 9h e está prevista para encerrar às 15h, no Centro de Convivência da Família do Santo Antônio, aonde as pessoas devem comparecer munidas de documento de identificação com foto.
Aos militares, tudo!
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) editou um decreto que libera militares da ativa em cargos no governo por tempo indeterminado. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
O texto, assinado também pelo ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, foi publicado na edição desta quarta-feira (23) do "Diário Oficial da União", alterando um decreto de 2017 sobre cargos e funções considerados de natureza militar.
Estatuto mudou
O artigo 98 do Estatuto dos Militares (lei 6.880 de 1980) prevê a transferência de ofício para a reserva remunerada quando o militar "ultrapassar dois anos de afastamento, contínuos ou não, agregado em virtude de ter passado a exercer cargo ou emprego público civil temporário, não-eletivo, inclusive da administração indireta".
Todo mundo seguro
Pelo decreto de agora, passam a ser considerados cargos de natureza militar para os militares da ativa aqueles exercidos no STF e nos Tribunais Superiores e no Ministério da Defesa.
Vale também para os que atuam nos órgãos que integram a estrutura regimental do Ministério – Advocacia-Geral da União (AGU), na Justiça Militar da União e no Ministério Público Militar.
STF faz justiça
O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou, nesta quarta-feira (23), a suspeição do ex-juiz Sergio Moro no processo do triplex, envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O placar da votação ficou em 7 a 4, o último a votar foi o ministro Luiz Fux, que foi contra.
Como eles votaram
Além de Fux, votaram contra a suspeição Marco Aurélio, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso. Os ministros que votaram a favor foram: Gilmar Mendes, Kassio Marques, Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Rosa Weber.
Farsa jurídica
O julgamento começou em abril e foi retomado nesta quarta-feira com Marco Aurélio Mello, que havia pedido vista. Na ação do tríplex, Lula foi condenado por Moro a nove anos e seis meses de prisão, acabou enquadrado pela Lei da Ficha Limpa.
Pano de fundo
Na verdade, o pano de fundo era um só: o ex-presidente, que liderava as pesquisas, foi afastado da corrida ao Palácio do Planalto em 2018 e permaneceu preso por 580 dias.
Djavan se redime
Em 2018, os fãs de Djavan queria arrancar seu escalpo ao ficaram sabendo que o compositor teria apoiado a candidatura de Bolsonaro. Nesta quarta-feira, 23, Djavan usou suas redes sociais nesta quarta-feira (23), para elucidar algumas dúvidas que seus fãs e seguidores tinham em relação ao seu posicionamento político.
— “Eu NÃO votei no Bolsonaro e NÃO apoio o seu governo” –, escreveu em o post no Instagram.
Mentira em evidência
Djavan contou que tentou desmentir a notícia mas acabou desistindo.
— Eu percebi que de nada adiantaria: o desmentido na internet tem efeito contrário, coloca a mentira em evidência –, disse.
Não tem cabimento
O cantor alagoano também afirmou que quem o conhece sabe seus posicionamentos sobre política, problemas sociais, culturais, raciais, homofobia, xenofobia etc.
— Por isso, é impossível haver qualquer compatibilidade entre mim e um governo errático, que tem atuado na contramão da ciência e que, sempre que pode, demonstra seu desprezo pela democracia. Não tem cabimento.
Obrigado, Tio Sam
Os Estados Unidos enviarão nesta quinta-feira (24) um total de 3 milhões de doses da vacina de uma dose contra Covid-19 da Johnson & Johnson para o Brasil, que tem o segundo maior número de mortes por coronavírus no mundo, afirmou uma autoridade da Casa Branca nesta quarta-feira (23).
A remessa – parte da promessa de Washington de doar 80 milhões de vacinas –, partirá de Fort Lauderdale, na Flórida, em um voo da Azul na noite de quinta-feira, com destino a Campinas (SP), segundo a autoridade.
“Eu vou botar ele na cadeia”, avisa Miranda em respostas às ameaças de Onix
O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) reagiu, na noite desta quarta-feira (23/6), às declarações dadas pelo ministro-chefe da Secretaria-Geral, Onyx Lorenzoni, sobre as denúncias levadas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre um possível esquema para favorecer a compra de vacinas Covaxin pelo Ministério da Saúde. Em pronunciamento à imprensa, o representante do Palácio do Planalto afirmou que vai processar o parlamentar por denunciação caluniosa, e o irmão do parlamentar, servidor do Ministério da Saúde, por prevaricação.
Estou preparando o pedido para que o STF, bem como a CPI, avaliem se as palavras de Onyx não foram palavras claras de ameaça para coagir as testemunhas e com o objetivo de ficarmos calados na CPI.
— Se for o caso, vamos pedir a prisão dele. Não vou me sentir coagido, não. Vou botar ele na cadeia. Se ele tentar me ameaçar de novo, vou procurar todas as autoridades para que isso aconteça –, reforçou Miranda.
ORGULHO
A cantora e ex-BBB21 Pocah, comemorou o alcance de 15 milhões de seguidores no Instagram com uma linda ação do bem. Ela entregou 15 toneladas de alimentos para famílias carentes do Rio de Janeiro, além de beneficiar duas organizações LGBTI+. A entrega foi na sexta-feira, 18.
— Estou fazendo questão de mostrar para que outras pessoas, que possam e tenham condições, se sintam incentivadas a fazer também. A pandemia ainda está aí e há milhares de famílias precisando do básico. Sei que é pouco e tenho consciência que deveria haver um planejamento de políticas públicas focado nessa situação, mas as pessoas têm fome e precisam comer hoje –, disse a cantora ao portal Só Notícias Boa..
VERGONHA
Em entrevista ao programa Roberto D’Avila, da GloboNews, nesta terça-feira (22), o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), disse que o “maior erro” do governo foi não ter feito uma campanha “firme” para orientar a população em relação à Covid-19. “Vou dizer para ti qual é o nosso maior erro. Na minha visão, a questão de comunicação, desde o ano passado, de campanhas de esclarecimento da população. Eu acho que este foi o grande erro: [não ter feito] uma campanha de esclarecimento firme, como tivemos no passado, de outras vacinas. Então, uma campanha de esclarecimento da população sobre a realidade da doença, orientações o tempo todo para a população”, disse Mourão.
Perguntar que não ofende: Mas o general e vice-presidente só enxergou isso agora, depois de mais de 500 mil mortes de brasileiros?