Encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres uma minuta de decreto presidencial para intervir no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) conforme o resultado das eleições, o documento pode ser utilizado para fazer com que Jair Bolsonaro (PL) fique inelegível nas próximas eleições.
Esta é a avaliação dos membros do PL, partido do ex-capitão, de acordo com a coluna de Bela Megale, no O Globo. A avaliação de que Bolsonaro mantenha direitos políticos é nula, uma vez que além da descoberta desse documento outras ações correm no Tribunal Superior Eleitoral. Apesar disso, a cúpula do PL não acredita que o ex-presidente será preso – pelo menos com os elementos até agora expostos -, porque tanto o governo federal quanto o judiciário avaliam o que a medida pode causar na sociedade. O ministro do TSE deu três dias de prazo para que a coligação encabeçada por Bolsonaro se manifeste sobre o caso.
No final de semana, após chegar dos Estados Unidos, o ex-ministro da Justiça de Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, foi preso por ordem do STF após ter tido uma atuação considerada leniente para impedir a destruição dos prédios dos Três Poderes no dia 8 de janeiro.
Mais pepino
Pra completar o cerco, a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) não declarou dívida de R$ 53,6 mil, informou a gráfica Impactus ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O valor foi gasto na contratação de serviços para confecção de materiais de campanha.
Sem certidão...
De acordo com a Lei, candidatos que omitirem gastos de campanha, ou apresentarem informações falsas, ficam sem o comprovante de regularidade na Justiça Eleitoral.
Sem a certidão, Bolsonaro não poderá apresentar candidatura nas próximas eleições.
...não rem candidatura!
A nota fiscal apresentada ao tribunal revela que a chapa de Bolsonaro e seu candidato a vice, Walter Braga Netto, encomendou cinco mil adesivos microperfurados no fim de outubro deste ano.
Porém, a contratação não está nos registros de despesas informados ao TSE.
Tentativa de golpe
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a responsabilizar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelos ataques terroristas contra as sede dos Três Poderes no 8 de janeiro.
Tem a digital dele
— Foi uma tentativa de golpe com gente preparada, eu não sei se o ex-presidente mandou ou não, mas eu sei que ele tem culpa por instigar o povo brasileiro por quatro anos –, disse Lula.
Sede de democracia
O petista reuniu cerca de 500 sindicalistas no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (18/1), para debater uma política de valorização do salário mínimo. Lula comentou na ocasião que os presentes deveriam estar ansiosos pelo encontro.
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— Eu estou sentindo que vocês estão com sede de democracia –, afirmou, após diversos sindicalistas reforçarem que não participavam de uma reunião no Planalto há seis anos.
Ameaça de ciberataque
A maioria dos executivos mundiais espera por um grande ciberataque nos próximos dois anos, segundo o “Global Cybersecurity Outlook 2023”, relatório elaborado pelo Fórum Econômico Mundial que consulta especialistas em segurança digital para elaborar um panorama das expectativas sobre o tema nos próximos anos.
O que é isso
Ciberataques são tentativas de roubar, expor, alterar, desativar ou destruir informações por meio de acesso não autorizado a sistemas de computador.
Catastrófico
De acordo com o último relatório, publicado nesta quarta-feira (18) em Davos, na Suíça, mais de 93% dos especialistas em segurança cibernética e 86% dos líderes empresariais acreditam que pode haver “um evento cibernético catastrófico e de longo alcance nos próximos dois anos”.
Aumento dramático
A pesquisa diz que a adoção de dispositivos conectados durante a pandemia provocou um aumento dramático nos ataques cibernéticos e que, caso essa tendência não for controlada, o custo dos hackers continuará aumentando, ameaçando a economia global.
Sobrinho terrorista
O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a analisar, nesta quarta-feira (18), um pedido de investigação e prisão preventiva contra Leonardo Rodrigues de Jesus, ou Léo Índio, sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro. O ministro Dias Toffoli será o relator da ação que foi apresentada pelo Coletivo de Direito Popular.
Prisão preventiva
O grupo quer que seja apurada a participação do Léo Índio nos atos de vandalismo do dia 8 de janeiro, que levaram à depredação dos órgãos públicos federais, em Brasília.
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No pedido ao STF, o grupo de advogados pede a prisão preventiva e o bloqueio das redes sociais do sobrinho de Jair Bolsonaro, além da quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico para averiguar a participação dele nos atos.
Galvão está de volta
Depois de uma turbulenta exoneração do INPE, em 2019, após bater de frente com a política negacionista de Jair Bolsonaro, o físico Ricardo Galvão está de volta ao governo como o novo presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
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O anúncio oficial ocorreu em cerimônia realizada no auditório da agência, em Brasília, na tarde de ontem (17).
Truculência derrotada
Ele assume com o desafio de reajustar as bolsas de pesquisa no país, congeladas desde 2013.
Galvão lembrou a postura anti-ciência do governo do ex-presidente e agradeceu os servidores do CNPq e demais unidades do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
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— Eu tenho 51 anos de serviço público. E todos sabem como os servidores públicos são acusados de não fazer nada, de não trabalhar, de não produzir. Vocês foram o sustento contra esse governo. Eu sou muito agradecido. A truculência e o negacionismo foram derrotados pelo povo brasileiro.
Pedala Robinho
Flávio Dino, ministro da Justiça, deu uma declaração, nesta quarta-feira (18), que pode trazer uma reviravolta no caso do ex-jogador Robinho. Ele afirmou, em entrevista à rádio BandNews, que o ex-ídolo do Santos FC pode ser preso no Brasil.
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Ele e o amigo Ricardo Falco foram condenados a prisão, em última instância, na Itália, a 9 anos de prisão, por estupro de uma jovem albanesa de 22 anos.
Risco de prisão
O caso ocorreu no dia 22 de janeiro de 2013.
— Esse é um tema que inicialmente tramita pelo Ministério da Justiça e nós temos a Secretaria Nacional de Justiça, que é o órgão central de cooperação jurídica de relação internacional, que faz esse processamento –, disse Dino.
ÚLTIMA HORA
100 MILHÕES DE DÓLARES – Fundação Leonardo DiCaprio vai ajudar Fundo Amazônia
A ministra do Meio Ambiente Marina Silva disse hoje durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, que a fundação do ator de Hollywood Leonardo DiCaprio está fazendo um esforço para arrecadar 100 milhões de dólares para o Fundo Amazônia, voltado ao financiamento de ações para preservação da floresta. Em 2019, Bolsonaro acusou que a organização ambientalista World Wildlife Fund (WWF) pagou por imagens tiradas por bombeiros voluntários que, em seguida, eram supostamente usadas para solicitar doações, incluindo uma contribuição de 500 mil dólares de DiCaprio. A WWF negou ter recebido uma doação de DiCaprio ou que tenha obtido fotos dos bombeiros.
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— Leonardo DiCaprio é um cara legal, não é? Dando dinheiro para tacar fogo na Amazônia –, disse Bolsonaro (sem provas), durante breves comentários no “cercadinho” do Palácio da Alvorada. DiCaprio negou ter doado à WWF. Em comunicado, o ator elogiou “o povo do Brasil trabalhando para salvar seu patrimônio natural e cultural”. Mas ele disse: “Embora dignas de apoio, não financiamos as organizações citadas”.
ORGULHO
O garçom José da Silva Catalão, que serviu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT) quando presidentes, voltará ao governo. Sua nomeação foi oficializada nesta quarta-feira (18) por meio do Diário Oficial da União (DOU).
Catalão foi nomeado pela Casa Civil como assistente do gabinete pessoal de Lula, com remuneração mensal que gira em torno de R$ 3,5 mil. Ele volta a atuar como garçom da Presidência, mas ainda não há definição sobre se trabalhará no Palácio da Alvorada ou no Planalto.
O ex-presidente Michel Temer (MDB) demitiu o garçom em 2016, quando chegou à chefia do Executivo, após Dilma Rousseff ser afastada do cargo por meio de um processo de impeachment.
VERGONHA
A bailarina brasileira, ativista e escritora Ingrid Soares relatou pelas redes sociais, nesta quarta-feira (18/1), o caso de racismo que sofreu Filadélfia, nos Estados Unidos. Ela, o marido e a filha estavam passeando em um parque quando um americano iniciou uma conversa com a bailarina, após ouvi-la conversando em português. Quando foi questionada se morava em Filadélfia, Ingrid respondeu que estava na cidade apenas a trabalho. Então, o homem logo indaga: "Faxineira?". A ativista respondeu que era bailarina clássica e observou o homem demonstrar surpresa.
"Com vocês, racismo estrutural! Então porque eu sou preta eu não poderia ser: Presidente, CEO, Médica, bailarina?!", escreveu Ingrid no Twitter.