Levou apenas 23 segundos para a Câmara dos Deputados aprovar, nessa quarta-feira (12), o regime de urgência para o Projeto de Lei 1904/24, do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e outros 32 parlamentares, que equipara o aborto de gestação acima de 22 semanas ao crime de homicídio. Os projetos com urgência podem ser votados diretamente no Plenário, sem passar antes pelas comissões da Câmara.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pautou a matéria sem aviso e sem anunciar o número do projeto. Pediu orientação de bancada para o Pastor Henrique Vieira (PSol-RJ), que não respondeu, e considerou a urgência aprovada em votação simbólica – sem registro do voto de cada deputado no painel eletrônico – que durou apenas 23 segundos. Em geral, a votação simbólica ocorre quando já existe acordo entre os parlamentares sobre o tema em pauta.
A manobra cretina e na calada da noite do presidente da Câmara, Arthur Lira (PL-AL) , um “coronel de barranco sem votos”, revoltou o país e colocar o espertalhão na corda bamba. Ao menos, duas pautas bombas anti-Lira já quicaram e tem potencial de levar parte da população para as ruas pedindo sua saída da presidência do Congresso: a da privatização das praias e a do PL do estupro.
Cabeça de Lira pode rolar
Arthur Lira, uma porta-voz da extrema direita fascista, abraça uma pauta desumana e covarde.
A proposta equipara o aborto acima de 22 semanas gestacionais, mesmo aqueles para casos garantidos em Lei, ao crime de homicídio.
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Além disso, prevê pena de até 20 anos de prisão para as mulheres e meninas – até vulneráveis – que realizarem a interrupção da gravidez.
PL dos covardes!
A origem desse atrasado projeto não poderia ser outra: vem de um bolsonarista, o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), com a anuência de outros 32 parlamentares — 17 do PL, quatro do MDB, três do Republicanos, dois do PP, dois do União Brasil e um do PRD, do Avante, do PSDB e do PSD.
Até o Alberto, claro!
O deputado do Amazonas e candidato a prefeito de Manaus Alberto Beto (PL-AM), aprova esse absurdo.
Mais uma vez, Alberto Neto (que já votou contra a Zona Franca) aprova uma ação cruel e reacionária das bancadas ultraconservadoras, formadas principalmente pelos setores evangélico e bolsonarista.
Estatística revoltante
Das vítimas de estupro no Brasil em 2021, 61,2% tinham de 0 a 13 anos, sendo que nove em cada dez vítimas tinham no máximo 29 anos de idade quando sofreram a violência sexual.
Para eles, isso é normal
As estatísticas também mostram como a violência sexual e doméstica faz parte do cotidiano do país: no caso do estupro de vulneráveis, quase 80% deles foram cometidos por conhecidos das crianças (pais, padrastos, avôs, irmãos, amigos e vizinhos).
Violentadas duas vezes
A maior prova desse absurdo é que as meninas 13 anos (centenas delas vulneráveis) vão sofrer duas vezes: Ao serem estupradas e depois punidas com a prisão.
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Isto é, E, ao estabelecer esse novo regramento, também impõe uma segunda punição às vítimas que deveriam, ao contrário, ser protegidas e cuidadas.
Mulheres vão à luta
A indignação e reação do país contra o chamado “PL do estuprador” já começou.
Na noite desta quinta-feira (13), liderados pelas mulheres, manifestantes ocuparam a Cinelândia, no Rio de Janeiro, e a Avenida Paulista, na altura do Masp.
“Prefeito pintor”
Roberto Cidade (UB) anda batendo pesado no prefeito David Almeida (Avante).
O pré-candidato à Prefeitura de Manaus esteve na noite de quinta-feira, 13/6, na zona Sul da capital, para apresentar para a população compromissos já assumidos em seu Plano de Governo. E lá, disparou alguns torpedos contra o prefeito.
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— Manaus precisa de um prefeito, não precisa de um pintor. Deixa de lambança! Manaus precisa de um transporte público melhor, de merenda de qualidade, de infraestrutura adequada. Ele pegou o dinheiro do empréstimo para asfaltar 10 mil ruas e não fez. Ninguém aguenta mais essa má gestão que está aí –, detonou Cidade.
Promessa de campanha
Depois de tecer uma série de críticas a David Almeida, Cidade assumiu o compro0misso com os comunitários que vai ampliar a Guarda Municipal, que hoje conta apenas com 385 agentes.
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— Ninguém aguenta mais tanto furto em ônibus. Os espaços públicos que hoje estão desguarnecidos de vigilância poderiam estar protegidos se a nossa guarda fosse adequada –, reclamou.
Pegaram o Carlucho
Nas próximas semanas, os holofotes se voltarão, segundo Robson Bonin, da revista Veja, para Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro e filho de Jair Bolsonaro (PL).
Ele é alvo de investigações no Supremo Tribunal Federal (STF) em duas frentes principais.
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O seu suposto envolvimento com milícias digitais e sua participação em uma estrutura clandestina apelidada de "Abin paralela". Estas investigações são conduzidas pela Polícia Federal (PF).
Detran-AM no interior
O Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas entregou, no sábado (15/06), no município de Manicoré (distante 332 quilômetros da capital), 350 kits de segurança compostos de capacete e colete de identificação, e oriundos do projeto ‘Motociclista Legal’, para mototaxistas da região. As entregas, que ocorreram na Escola Estadual de Tempo Integral Historiador Arindal Vinicius da Fonseca Reis, foram realizadas durante a passagem do governador Wilson Lima pela cidade.
De acordo com o diretor-presidente do Detran Amazonas, Wendell Waughan, que esteve em Manicoré, a ação reforça o compromisso do governo Wilson Lima com o interior do Estado. “A profissão de mototaxista, por vezes, fica à mercê da própria sorte, e sem um olhar mais sensível. Hoje, estamos aqui entregando esses kits, fomentando a economia do Estado e trazendo a credibilidade de volta aos profissionais”, comenta ele.
Chefiava Abin paralela
A "Abin paralela" refere-se a um esquema clandestino de monitoramento, alegadamente organizado durante o governo de Jair Bolsonaro na Agência Brasileira de Inteligência.
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Este esquema teria utilizado recursos do serviço secreto brasileiro para espionar autoridades públicas, adversários políticos e outras figuras de interesse do Planalto, tudo sem a devida autorização judicial.
ÚLTIMA HORA
LULA – “Haddad é um extraordinário ministro. Não sei qual a pressão contra Haddad”, diz presidente.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou nesta quinta-feira, 13, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e disse não ver pressão contra o chefe da pasta. Em sua avaliação, Haddad tentou ajudar os empresários ao construir uma alternativa de compensação à desoneração da folha de pagamento. Ele reiterou que, agora, a decisão está com o Senado e os empresários.
— Não tem nada com o Haddad. Ele é um extraordinário ministro, não sei qual é a pressão contra o Haddad –, disse a jornalistas, em Genebra, na Suíça.
—Todo ministro da Fazenda, desde que me conheço por gente, vira o centro dos debates quando a coisa dá certo, quando a coisa não dá certo.
Para Lula, o ministro “tentou ajudar” os empresários a construir uma alternativa à desoneração.
— Que nem deveria ter sido o Haddad para assumir essa responsabilidade, mas o Haddad assumiu, fez uma proposta –, pontuou.
ORGULHO
Deu o portal Só notícia Boa: A turista brasileira Marina Guaragna viveu uma experiência inusitada na China: ela andou de táxi sem motorista e ficou tão espantada com a novidade que o vídeo postado nas redes está arrancando gargalhadas de milhares de internautas pelo mundo.
— Tô chocada. Não acredito, olha ali: não tem motorista! = gitou.
Marina Guaragna e o marido andam pelo mundo e mostram as aventuras e o que a chama mais a atenção deles. As experiências são incríveis. A brasileira mostra que o carro recebe comando por computador e o cliente é quem orienta, pela tela, o destino a seguir.
O impressionante é que o carro “obedece” exatamente o comando dado, inclusive faz retorno e para.
VERGONHA
Celso de Mello deu 5 dias para que o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, preste esclarecimentos sobre o protocolo do governo que recomenda o uso da cloroquina para tratamento da Covid-19, mesmo nas fases iniciais da doença. Ele é relator de ação da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde que pede que o governo se abstenha de recomendar o medicamento. Os recentes estudos apontam mais do que a ineficácia dos medicamentos: a possibilidade de agravamento da doença, ou seja, o aumento do número de mortes e a possibilidade de esgotamento total dos poucos leitos hospitalares que restam disponíveis pelo país”, diz a ação.
OUTRAS PALAVRAS
“Fiz um acordo de coexistência pacífica com o tempo: Nem ele me persegue, nem eu fujo dele, um dia a gente se encontra”. (Mário Lago)