Por mais de dois meses o Comando Militar do Amazonas (CMA) – como outros comandos do resto do Brasil –, cruzou os braços e deixou correr solto o vergonhoso acampamento de golpistas na entrada de seu quartel, um espaço outrora inviolável onde “reinou o espírito imortal da infantaria”.
Mas nesta segund-feira (9) acabou a farra de churrasco, soneca na barraca, “coçação” de saco o dia inteiro e cervejinha na calada da noite, porque ninguém é de ferro. Nem bolsonarista desocupado! Bastou o ministro Alexandre de Moraes arregaçar a toga e bater o martelo na mesa, dando um ultimato para por fim a essa “pataquada” ridícula, para o Estado começasse a desmontar o furdunço dos golpistas. Deixando claro que acabou a paciência, Xandão determinou a desocupação, em 24 horas, dos acampamentos realizados nas imediações dos Quartéis Generais e outras unidades militares que serviram para a prática de atos antidemocráticos.
No caso de Manaus, o desmonte do acampamento em frente ao CMA serviu pra mostrar que bastava um pouco de organização e boa vontade para que os golpistas deixassem o local. Viu como não doeu?
Corra que a polícia vem aí!
Os policiais começaram a chegar ao local ainda por volta de 10h de segunda-feira. Mesmo antes da ordem para que os extremistas saíssem do local, alguns já pegaram seus “panos de bunda” e foram embora para não entrar em atrito com as autoridades.
Tu é leso, é?
Simples e sem confronto. Até porque ninguém é leso de puxar cadeia, renquanto o mito fuge para a terra de Mickey Mouse para brincar de esconde-esconde.
Brabos virtuais
Aqueles que se aventuraram a ficar, chegaram a jogar pedras e tudo mais que tinham a mão na direção da imprensa e nas autoridades. Mas bastou a tropa de choque da Polícia Militar (PM) chegar que os 'brabões de internet' acatarem a ordem. Prova que só são machões nas telas de celular.
Perguntar não ofende
Tudo começou a ser desmontado sem qualquer resistência. E aí fica a pergunta: por que não fizeram antes?
70 dias de agressão
O acampamento bolsonarista em Manaus durou 70 dias. Foram dias de sufoco para quem mora na região. Muito sofrimento principalmente para idosos, crianças autistas e quem sofria com alguma doença e não0 conseguiam dormir em pas.
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Um desrespeito que poderia ter sido evitado com um pouco de bom senso dos envolvidos.
Casa, comida e sossego
O que as autoridades descobriram no acampamento do CMA é que haviam moradores de rua no local. Eles se aproveitaram da estrutura para fixar moradia na área. Tinham comida, alimentação, banheiro, tomavam banho na calçada e dormiam com a proteção do Exército.
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Quem não quer? Todos foram cadastrados pelas secretarias de assistência.
Mostrou a cara? Se ferrou!
Aliás, é bom que se avise aos golpistas de Manaus que insistem em atacar a democracia e as instituições nas redes sociais, que eles estão sendo alvo de investigação.
E pensem bem no que está acontecendo pois vão responder por seu atos.
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Quem gravou vídeo e postou foto, mostrando a cara, produziu provas que poderão leva-los pra cadeia.
Da barraca pera cadeia
Até a noite desta segunda-feira (9), cerca de 1,2 mil bolsonaristas que estavam acampados em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, já foram presos.
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Todos foram levados para o ginásio da Academia Nacional da Polícia Federal.
Bolsonaro, go home!
No domingo (8), congressistas norte-americanos defenderam que Bolsonaro seja extraditado ao Brasil após atentados contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília, por extremistas que não aceitam a derrota do ex-presidente nas urnas.
72 horas para Bolsonaro
O senador Renan Calheiros pediu para que o STF intime Bolsonaro a retornar ao Brasil no prazo máximo de 72 horas. Caso descumpra a ordem de retorno, seja decretada sua prisão preventiva.
“Golpe” orquestrado
O senador exige, ainda, que o ex-presidente preste esclarecimentos sobre a reunião que teve com Anderson Torres em Orlando às vésperas dos atos terroristas.
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Ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, Torres ocupava o cargo de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e era dele a responsabilidade de coordenar ações da polícia para evitar os atos golpistas.
Quer tirar da reta
Após os ataques, ele foi exonerado do cargo pelo governador Ibaneis Rocha, que também foi afastado de seu posto, por 90 dias, pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Agora, Albaneis, o estrago já está feito.
A cabeça do Ibaneis
Depois de mais de 24 horas da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de afastar o governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB) do cargo por 90 dias, o influenciador Felipe Neto cobrou nas redes sociais o impeachment definitivo do governador.
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“Derrubar os envolvidos nos atos terroristas de Brasília é fundamental pro futuro do Brasil. Se nada acontecer, eles sentirão q podem fazer mais. É preciso agir rápido e firme! Estamos pedindo o Impeachment de Ibaneis Rocha”, escreveu o youtuber.
Braga, o único
O senador Eduardo (MDB-AM) foi o úncio parlamentar da bancada do Amazonas que assinou o pedido de instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra os atos que aconteceram em Brasília neste domingo (8).
CPI da Democracia
Liderado pela senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS), o movimento conseguiu colher 31 assinaturas, número maior do que o necessário para a abertura da CPI dos Atos Antidemocráticos no Senado Federal.
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— A democracia é sagrada! Muitos percebem somente depois que a perdem. No nosso Brasil ela sobreviverá – escreveu a La Thronicke, no Twitter.
Cria vergonha, Fasano!
O extremista de direita Victor Fasano ( que um dia fez novela) provocou o ministro Alexandre de Moraes após atos golpistas realizados neste domingo, 8, em Brasília.
Ele publicou um story em que manifestantes arrancam e levam para fora do STF a porta m que manifestantes arrancam e levam para fora do STF a porta de seu gabinete. É possível ler a placa com o nome do ministro.
Fascista assumido
Em outro story, ele escreveu uma frase atribuída ao ex-ministro francês, e tendência monarquista, François Guizot: “Quando a política penetra no recinto dos tribunais, a justiça se retira por alguma porta”. Fasano esteve em atos golpistas após as eleições.
Ligeiramente entupido
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi internado em Orlando, no estado norte-americano da Flórida, nesta segunda-feira (9).
O político está no país desde o fim de dezembro, quando saiu em viagem antes de deixar o cargo oficialmente.
Reforma indigesta
O Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar uma série de ações contra a Lei da Reforma Trabalhista, em vigor desde 2017, que aborda sete pontos importantes para os trabalhadores brasileiros.
Segundo especialistas, o principal tema em discussão é o contrato de trabalho intermitente.
Salário, FGTS e 13º
Também serão avaliados assuntos como salário mínimo, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), férias e 13º salário.
No caso do FGTS, o foca principal é a taxa usada para corrigir o saldo das contas dos empregados.
ÚLTIMA
UM CRIME CONTRA A HUMANIDADE
Terroristas bolsonaristas destruíram obras de arte, entre eles o quadro do pintor Di Cavalcante, no valor de R$ 40 milhões
Os ataques terroristas ao Palácio do Planalto nesse domingo (9/1) deixaram danos e prejuízos ainda não contabilizados. Entre os itens danificados estão obras de artes que podem ultrapassar o valor de R$ 8 milhões, como é o caso do quadro As Mulatas, de Di Cavalcanti. Estimado em R$ 8 milhões, o quadro ficava no Salão Nobre do Palácio do Planalto, no terceiro andar e teve sete rasgos. Caso fosse a leilão, a obra mais valiosa da produção do pintor poderia ser vendida por até cinco vezes esse valor, ou seja, R$ 40 milhões.
A mesa de trabalho de Juscelino Kubitscheck e a mesa-vitrine de Sérgio Rodrigues, onde ficam informações sobre o presidente em exercício, também foram vandalizadas.
Com valor estimado como “fora de padrão”, a peça é do século XVII e é uma das três únicas criações do artista que ainda existem. O relógio está destruído e a restauração dele foi apontada como “muito difícil”.
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Os terroristas bolsonaristas também destruíram o relógio do relojoeiro francês Balthazar Martinot design de André-Charles Boulle, uma peça única, de acordo com a Presidência da República, existindo apenas mais um exemplar, que está exposto no Palácio de Versalhes, em Paris. O Planalto informou que "o relógio de pêndulo do Século XVII foi um presente da Corte Francesa para Dom João VI". A peça veio para o Brasil com a família real portuguesa, em 1808.
ORGULHO
Em defesa da democracia e contra atos antidemocráticos ocorridos neste domingo (8) em Brasília, movimentos populares ocupam neste começo de noite a Avenida Paulista, em São Paulo. Eles pedem a punição dos invasores das sedes dos Três Poderes da República -- Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF).
principal frase de ordem ouvida no protesto é “sem anistia”, em referência à responsabilização dos que promoveram, incentivaram ou financiaram os atos na capital federal. Natália Szermeta, da coordenação nacional do Movimentos dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e presidente da Fundação Lauro Campos, avaliou como “necessárias e contundentes” as medidas adotadas até o momento pelos representantes dos Três Poderes. Os manifestantes também pedem a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
VERGONHA
Tuta caiu: " jornalismo" a serviço do bolsonarismo de extrema direita
O empresário Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, conhecido como Tutinha, 66 anos, renunciou ao cargo de presidente da Jovem Pan. O grupo confirmou a saída em comunicado divulgado nesta 2ª feira (9.jan.2023). Eis a íntegra (851 KB) Tutinha continua no Conselho de Administração da empresa. O novo presidente será o executivo Roberto Alves de Araújo, que está no grupo desde 2013. Ele é o atual presidente da Rádio Jovem Pan. Tutinha deixa seu cargo depois de o MPF (Ministério Público Federal) instaurar um inquérito para apurar a conduta da emissora na “disseminação de conteúdos desinformativos” sobre os atos de violência e vandalismo registrados na Praça dos Três Poderes. Na leitura do MPF, durante a cobertura dos atos de vandalismo realizados em Brasília, comentaristas da emissora “minimizaram o teor de ruptura institucional dos atos e tentaram justificar as motivações dos criminosos que invadiram e depredaram” as sedes dos Três Poderes.