Ataques a escolas estão ficando cada vez mais comuns no Brasil. De acordo com o relatório “O ultraconservadorismo e extremismo de direita entre adolescentes e jovens no Brasil: ataques às instituições de ensino e alternativas para a ação governamental”, produzido pelo Grupo de Trabalho da Educação do governo de transição, o país tem registrados 22 ataques violentos com vítimas em unidades de ensino, 11 deles ocorridos nos últimos 12 meses. O mais recente aconteceu nesta quarta-feira (5) quando um homem de 25 anos invadiu a creche e matou quatro crianças na manhã desta quarta em Blumenau, no interior de Santa Catarina. O assassino atacou as vítimas com uma machadinha e acabou preso pela Polícia Militar do estado, que foi avisada por testemunhas que o viram pulando o muro do estabelecimento com uma machadinha.
Na segunda-feira, 27 de março, um aluno de apenas 13 anos protagonizou um ataque à Escola Estadual Thomazia Montoro, zona oeste de São Paulo, deixando uma professora de 71 anos morta e outras 5 pessoas feridas, com golpes de faca: No dia 29/03, em uma escola no Paraná, um aluno de 16 anos sacou um revólver calibre 38. A situação aconteceu durante uma conversa na sala das pedagogas após dois estudantes serem retirados de sala devido uma discussão. Por que casos como estes têm se tornado cada vez mais frequentes? O que está acontecendo com nossos adolescentes e com o ambiente escolar? São várias as perguntas que tiram o sono de pais de alunos, professores, administradores de escolas e do país, de uma forma geral: por que é dentro da escola? Por que é violento? Que lugares, online ou não, esses adolescentes extremistas têm frequentado? A que tipo de informação ele tem acesso?
Mundo conturbado
Para Marcele Frossard, assessora de políticas sociais da Campanha Nacional pelo Direito à Educação e pesquisadora nas áreas de educação, violência e juventude, vistos muitas vezes como atos individuais, esses ataques estão na realidade mergulhados em uma visão de mundo extremista.
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— Esses estudantes que têm sido alvo de cooptação por grupos extremistas são mais frequentemente adolescentes brancos e heterossexuais. É fundamental lançar luz sobre esse aspecto, porque essa violência está relacionada com a misoginia. Não é à toa que as mulheres são alvo frequente desses ataques –, alerta a pesquisadora em entrevista ao Brasil de Fato.
Contato com extremistas
Em sua abordagem sobre o que vem acontecendo nas escolas brasileiras – cenas estarrecedores que antes só assistíamos pela Tv, em escolas dos Estados Unidos –, Marcele Frossard adverte que os ataques não são uma ação individual, mas reflete contato com extremistas.
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— Esses grupos de cooptação de adolescente não são violentos porque saem às ruas e cometem violência, mas porque incitam a violência, gratificam aqueles que cometem os atos violentos. Eles relacionam [os ataques] com atos que aconteceram anteriormente, como os ataques de Suzano, de Realengo, ou de Columbine, nos EUA.
Crianças assediadas
Frossard adverte ainda que outro aspecto é que existem vários tipos de vulnerabilidade e é importante pensar sobre elas.
— Deixar adolescentes e crianças expostos a esse tipo de assédio é também uma forma de violência. Um dos pontos que a gente presta atenção tem sido justamente sobre a educação digital, o acesso à tecnologia.
Perigo na Rede
Existem diversas formas de cooptação, como o uso do humor, da estética, a linguagem violenta, alerta Marcele Frossard.
— Há imagens de ataques anteriores, o compartilhamento de manifesto de atiradores como método de propaganda. Tudo isso está presente na internet como se fosse uma coisa ingênua, mas não é ingênua, não é coisa de adolescente.
Mudança no currículo
A internet é um espaço político disputado por diferentes grupos que cooptam adolescentes, analisa a pesquisadora.
Ela sugere que um trabalho pedagógico em educação crítica da mídia e combate à desinformação seria fundamental para frear o avanço da violência.
— Essa educação crítica deve ser parte de diversos componentes curriculares, desde as séries iniciais do fundamental até o ensino médio.
Só dinheiro não basta...
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou na tarde desta quarta-feira (5/4), que o governo federal vai disponibilizar uma verba de R$ 150 milhões a estados e municípios para o fortalecimento de rondas policiais escolares.
A medida é a primeira resposta efetiva do Executivo federal ao enfrentamento à onda de violência e ataques em escolas e creches.
...É preciso políticas de segurança!
A cada um dos ataques, são sugeridas soluções como mais polícia nas escolas, detectores de metal e câmeras de segurança. Apesar de trazerem sensação de tranquilidade, essas medidas não funcionam.
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Para Frossard é preciso que haja políticas de segurança pública para prevenir esses ataques, mas elas passam por inteligência e investigação.
Minha Casa, Minha Vida
O senador Eduardo Braga(MDB-AM) apresentou emendas à Medida Provisória (MP)1.162/2023,que recria o Programa Minha Casa, Minha vida.O objetivo de Braga é possibilitar que mulheres vítimas de violência e pessoas que moram em áreas de risco tenham prioridade no programa habitacional.
Quem gosta de sofrer?
Eduardo argumenta que as pessoas moram em áreas de risco porque não têm outra alternativa.
— Há uma questão enfática. Eu não acredito, e a minha experiência em 40 anos de vida pública, demonstra – eu que já fui governador, prefeito – , que as pessoas não moram em áreas de risco permanente porque gostam de sofrer. Não, elas moram porque não têm alternativa econômica para morar em outro lugar.
Salvar vidas
Para Braga, fazer do problema habitacional uma “prioridade absoluta” é sem duvida uma política emergencial para salvar vidas
Ele citou o Prosamim, programa implantado em seu governo, que tirou 30 mil pessoas que moravam dentro dos igarapés.
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— Em parceria com o governo o federal, Banco Interamericano, Caixa Econômica conseguimos fazer algo inacreditável. E o programa já vai para o 6º governo. Mas é preciso ter vontade política – disse Dudu.
Guloso
Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quarta-feira (5) à Polícia Federal (PF) que mais de nove mil itens foram guardados no acervo pessoal dele. Ele também disse que está colocando os materiais à disposição do Tribunal de Contas da União (TCU). As informações foram divulgadas ao vivo na CNN Brasil.
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O ex-capitão deu informações sobre as joias recebidas do governo da Arábia Saudita em 2021. De acordo com a legislação, presentes são patrimônio do Estado brasileiro e não bens pessoais.
Entre tapas e beijos
O produtor musical Guto Graça Mello causou espanto ao fazer uma revelação envolvendo Xuxa Meneghel e Marlene Mattos. Durante entrevista ao canal Corredor 5, Guto contou que deu um tapa na cara da empresária ao presenciar Marlene tratando Xuxa mal durante a gravação de uma das músicas do Xou da Xuxa 2.
Entre tapas e beijos 2
Graça Mello conta que precisou se ausentar do estúdio para resolver uma demanda do Boni e deixou a Xuxa lá descansando.
— Quando eu voltei, assisti à seguinte cena: Estava a Marlene Mattos sentada no meu lugar, com o dedo no talk back, a Xuxa lá chorando… e a Marlene assim: ‘Você está pensando que eu sou o idiota do Guto que fica passando a mão na sua cabeça? Canta esta porra agora que eu estou mandando’”, começou Guto.
Entre tapas e beijos 3
Na sequência, ele explicou a sua ação.
— Eu dei uma porrada nela [Marlene]. Ela não viu de onde veio, por trás dela… Não foi uma porrada, foi um tapa no meio da cara dela. Eu disse: ‘Rua!’ e ali eu ganhei uma inimiga –, relatou.
ÚLTIMA HORA
XANDÃO AVISA QUE VAI FICAR UM LONGO TEMPO NO STF
Em uma rara entrevista a um veículo de imprensa, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes disse ser "fake news" o fato de ser considerado por muitos o homem mais poderoso do país.
— Chamar-me de homem mais poderoso do Brasil é, para usar uma terminologia da atualidade, fake News –, disse ao jornal francês Le Monde.
Ele afirmou também que pretende ficar ainda por "um tempo muito longo" no cargo de ministro, dando sinais de que descarta antecipar sua aposentadoria, prevista para 2043, quando completa 75 anos de idade.
Moraes declara ainda, em perfil escrito pelo correspondente do jornal francês no Brasil, Bruno Meyerfeld, que escolheu não responder a ofensas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em respeito à cadeira do chefe do Executivo.
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— O cargo [de presidente] merece respeito, não importa quem o ocupe", afirma.
Embora tenha evitado falar sobre a vida pessoal na entrevista, ele revela que tem paixão pelas artes marciais nas horas vagas.
— Eu corro, faço boxe e pratico muay thai –, diz.
ORGULHO
O presidente Luís Inácio Lula da Silva está transformando o país rapidamente com ações que há muito vinham, sendo cobrada pela sociedade, mas que Bolsonaro ignorava e às vezes atpe desdenhava. Agora as Delegacias da mulher de todo o Brasil vão funcionar 24 horas por dia, para que denúncias possam ser feitas a qualquer momento. A determinação está em uma lei sancionada pelo presidente e publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça, 4. O texto esclarece que o atendimento nas Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deam) deve permanecer inclusive em feriados e finais de semana. A nova lei também prevê que o Poder Público forneça acompanhamento psicológico e jurídico à mulher vítima de violência por meio das delegacias especializadas, Defensoria Pública, SUS e juizados especializados.
VERGONHA
Muito patrão que se acham donos de seres humanos fingem desconhecer que a escravidão é crime e tem que acabar! Um casal foi condenado a pagar indenização a uma idosa de 69 anos que trabalhou para eles durante três décadas sem receber salário. Isso configura situação análoga à escravidão e a indenização será R$ 750 mil. E mais: o casal também terá de pagar mais R$ 50 mil de danos morais coletivos destinados ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Para garantir execução do valor, a justiça declarou nula uma doação de imóvel na praia que eles fizeram para a neta. A decisão foi da juíza Maria Fernanda Zipinotti Duarte, da 30ª Vara do Trabalho de São Paulo. O valor de R$ 750 mil diz respeito aos salários não pagos de 1989 a julho de 2022, quando a idosa foi resgatada, além de férias indenizadas, 13º salário, FGTS+40% sobre os salários devidos a partir de outubro de 2015.