Um dos poucos parlamentares da Assembleia Legislativa que tem coragem de peitar a indiferença e as agressões de Jair Bolsonaro em relação à Zona Franca de Manaus e à Amazônia, o deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) fez um duro pronunciamento contra o presidente , onde repudiou a ameaça do Governo Federal em reduzir, novamente, a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) do setor de concentrados de refrigerantes da ZFM.
Serafim advertiu ainda que a medida, se confirmada, prejudicará as indústrias instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM), como Coca-Cola e Ambev. Esse plano de Bolsonaro, observa Serafim, deixará o setor instalado no Amazonas inviabilizado.
Especialista em Economia, Serafim declarou que a medida representa mais uma "punhalada" do Governo Federal na ZFM.
— A ZFM está, portanto, diante de mais um ataque especulativo e quero só lembrar aqui que o atual presidente da República teve uma votação esmagadora em Manaus, não com meu voto, mas teve. Depois o que ele tem feito é só jogar contra o Amazonas e a Amazônia, é só jogar contra Manaus –, lembrou o deputado.
Pura maldade
Para Serafim, ao que tudo indica, o presidente da República, que é pré-candidato à reeleição, planeja fazer todas as maldades contra a ZFM para às vésperas da eleição “aparecer como salvador da pátria”.
Risco de debandada
Para o líder do PSB, a manobra do ex-capitão para prejudicar a ZFM tem um “efeito nefasto, um efeito ruim”. Ele lembra que as empresas do polo de concentrados são empresas multinacionais, elas não aguentam mais essas idas e vindas.
— Se eles fizerem isso mais uma vez, nós corremos o risco de ver uma debandada dessas empresas.
Nem vem que não tem
O parlamentar adverte que a saída de uma empresa desse porte tem um efeito cascata, porque ela vai dizer para o mundo: “Olha, não venham para a ZFM. A Zona Franca não merece essa confiança”, alertou o deputado em discurso na tribuna da Assembleia.
Vingança
Reportagem da Folha de São Paulo publicada nesta quarta-feira, 6, mostra que o novo corte do incentivo tributário aos fabricantes de concentrados de refrigerantes instalados na ZFM é em retaliação a bancada de parlamentares do Amazonas.
Odeia Aziz e Ramos
É verdade. O alvo é a bancada do Amazonas no Congresso. Bolsonaro odeia Omar Aziz, Marcelo Ramos. E por motivos que todos nós conhecemos.
Suporta Dudu
Já Eduardo Braga (MDB), nem tanto. O senador do Amazonas já fez “bilu-bilu” para o presidente, em jantares e conversas de pé de ouvido, e até já foi cotado pra ministro.
Corra que a polícia vem aí
“Cidade Mais Segura”. Esse é o nome da operação que foi às ruas de Manaus, nesta quinta-feira (7) para cumprir mandados de prisão em Manaus.
Corra que a polícia vem aí 2
A maioria dos alvos está relacionada a crimes como tráfico de drogas, homicídio e roubo. A coordenação da operação é da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM). Com o reforço das Polícias Civil e Militar.
Viatura não falta
O governador Wilson Lima (foto) entregou, nesta quinta-feira (07/04), 61 viaturas para a Polícia Militar do Amazonas (PMAM) e para a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM). Esta é a terceira entrega de veículos para as forças de segurança feita pelo Governo do Estado somente em 2022. O investimento faz parte do programa Amazonas Mais Seguro, um pacote de R$ 280 milhões que visa reforçar o combate à criminalidade.
Pau mandado
O ministro André Mendonça, do STF (Supremo Tribunal Federal), interrompeu nesta quarta-feira (6) o julgamento de duas ações da chamada "pauta ambiental" que questionavam omissões do governo Jair Bolsonaro (PL) no combate ao desmatamento da Amazônia.
Pau mandado 2
Mendonça é ex-AGU (advogado-geral da União) e ex-ministro da Justiça de Bolsonaro e foi indicado pelo presidente para a corte no ano passado.
Omissão na Amazônia
Entre as ações que ficam paralisadas, está a que discute a omissão da União no combate e monitoramento do desmatamento na região da Amazônia. Até o momento, apenas a relatora, ministra Cármen Lúcia, votou no caso.
Tem 60 dias
A magistrada se manifestou no sentido de dar prazo de 60 dias para que o governo adote medidas para frear o avanço do desmatamento na maior floresta tropical do planeta, fortalecendo órgãos de controle ambiental.
Calote
E por falar em Amazônia, quase dois anos após a revista VEJA mostrar quais foram os dez fazendeiros que mais desmataram áreas da Amazônia entre agosto de 2019 e julho de 2020, nenhuma das milionárias multas aplicadas a eles pelo Ibama já foi quitada.
Rombo sem fundo
Os débitos dos campeões do desmatamento àquela época somavam 192 milhões de reais – e houve quem tomasse mais multas de lá pra cá.
Impunidade
A falta de punição efetiva, como mostrou VEJA, é resultado da lentidão da burocracia e de recursos quase infindáveis empurram por anos as discussões, até a prescrição dos crimes. Só 3% das infrações emitidas pelo Ibama no país são efetivamente cobradas.
Arthur no tatame
O presidente do PSDB-AM e pré-candidato ao Senado Arthur Virgílio Neto participou na noite de quarta-feira (6.4) do lançamento do documentário “O Clã das Jibóias – O Jiu-Jitsu na Amazônia”, produzido por Heraldo Daniel.
A iniciativa faz um resgate histórico sobre o esporte no Estado, desde a imigração japonesa de um grupo de lutadores, passando pela retomada em 1976, com a chegada de Reyson Gracie em Manaus.
Jiu-Jitsu em filme
Arthur é um dos personagens do documentário, porque foi graças a ele que Reyson veio para capital amazonense e, junto com o mestre Osvaldo Alves, estruturou e organizou o jiu-jitsu no Amazonas.
— Fiz uma luta com um campeão universitário de judô, o Nilsão, e o derrotei, mesmo tendo quase o dobro do meu peso. A partir daí nós comprovamos que era possível, com a técnica do jiu-jitsu, derrotar lutadores de tamanho e peso maiores - relembrou Virgílio.
ÚLTIMA HORA
DIA DA IMPRENSA, NADA A COMEMORAR
No dia 7 de abril é comemorado o Dia do Jornalista. A data, que foi estabelecida em 1931 pela Associação Brasileira de Imprensa para legitimar a atuação e assegurar direitos dos jornalistas. De acordo com o mais recente levantamento realizado pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), em 2021 foram contabilizados 430 casos de violência contra os profissionais da área. O Relatório da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa mostra que 2021 foi o segundo ano consecutivo com recorde de registros desde que a série histórica começou a ser feita, na década de 1990. Em 2020, foram 428 casos.
Segundo o relatório, o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi o principal agressor em 2021. Sozinho ele foi responsável por 147 casos (34,19% do total), sendo 129 episódios de descredibilização da imprensa (98,47% do total de registros desse tipo de violência) e 18 agressões verbais. É o terceiro ano seguido que Bolsonaro é o maior agressor em casos registrados pela Fenaj. Durante uma coletiva de imprensa, em 2020, ele chegou a disparar a seguinte fala a um repórter: “Vontade de encher a tua boca com porrada”. No Palácio da Alvorada, ele também mandou os profissionais “calarem a boca”.
ORGULHO
A camisa usada pelo superastro Diego Maradona na partida entre Argentina e Inglaterra na Copa do Mundo de 1986, o jogo da "Mão de Deus", será leiloada por um valor estimado de até seis milhões de libras (cerca de R$ 36 milhões).
A camisa do capitão da seleção da Argentina, morto em 2020, que está em exibição no Museu Nacional do Futebol, em Manchester, há 18 anos, foi colocada à venda por Steve Hodge, meio-campista da Inglaterra que trocou camisas com Maradona depois do apito final. A partida válida pelas quartas de final foi uma das mais controvertidas da história das Copas do Mundo, depois que Maradona usou a mão para fazer um gol, irregularidade que a equipe de arbitragem não percebeu. Em seguida ele marcou um segundo gol espetacular, garantindo a vitória para a Argentina por 2 a 1.
VERGONHA
A Federação Nacional de Jornalista (Fenaj) também observou que os ataques virtuais e as agressões verbais estão sendo voltadas principalmente às mulheres jornalistas, que sofrem agressões com viés sexista, misógino e puramente machista. Sendo atacadas pela sua aparência, vida pessoal e até pela sua orientação sexual. O relatório “Violência de gênero contra jornalistas”, produzido pela Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), com apoio do Global Media Defense Fund da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) mostra que, em 2021, foram registrados 119 ataques contra mulheres jornalistas e ataques de gênero envolvendo profissionais da imprensa.