O presidente Lula, que não é bobo nem nada, vai fazer o que a maioria do povo brasileiro quer, vetar o projeto de lei que reduz penas de condenados por envolvimento nos atos que culminaram na tentativa de golpe do dia 8 de Janeiro, aprovado de forma sem vergonha, na noite desta quarta-feira (17) pelo plenário do Senado Federal.
— Com todo o respeito que eu tenho pelo Congresso Nacional, quando chegar na minha mesa, eu vetarei. Isso não é segredo para ninguém — afirmou Lula.
A declaração do presidente foi dada durante uma entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto, onde fez um balanço do seu terceiro ano de mandato.
O presidente defendeu punição para os envolvidos na trama golpista e disse que é preciso esperar o fim da ação penal.
— Primeiro vamos terminar esse processo. Mas ainda não descobrimos os financiadores, porque aquilo teve financiamento. Nós precisamos levar muito a sério o que aconteceu no dia 8 de janeiro de 2023 –, disse Lula.
Grave retrocesso
A proposta passou por 48 votos favoráveis a 25 contra e seguirá para sanção.
Após a aprovação do texto pelo senado, a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, reforçou em uma rede social que o presidente vetaria o projeto e chamou a decisão do Congresso de "grave retrocesso".
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— A redução das penas de Jair Bolsonaro e demais golpistas, aprovada agora à noite no Senado, é um desrespeito à decisão do STF e um grave retrocesso na legislação que protege a democracia –, disse a ministra.
Traição do líder
Lula ficou extremamente incomodado com a atuação do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), que negociou com oposição a aprovação da Dosimetria, uma espécie de anistia disfarçada.
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Gleisi deu como certo que Lula vai vetar o projeto.
— O presidente Lula vetará esse projeto. Condenados por atentar contra a democracia têm de pagar por seus crimes —, escreveu Gleisi.
Sequelas no Planalto
A discussão do projeto no Senado deixou sérias sequelas no Planalto.
Ministros disseram ter sido pegos de surpresa pelo acordo costurado pelo líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA), que viabilizou a votação da proposta já nesta noite.
Entreguista
Dizendo ver a aprovação como irreversível, Jaques pediu vista, ou seja, suspensão da análise, por apenas quatro horas.
O líder do governo, que já não tem mais pontes com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), acabou, com o gesto, implodindo os vínculos com aliados importantes, como Renan Calheiros (MDB-AL).
Peru de Natal aos golpistas
Renan Calheiros não fez questão de esconder nada.
Da tribuna do Senado, detonou Jaques:
— Às vésperas do Natal, Jaques Wagner está querendo servir um peru aos golpistas!
Sai fora, Jaques!
O Planalto sentiu o golpe e correu às redes sociais, por meio da ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), para dizer que não havia dado aval ao movimento de Wagner.
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Uma rotação dos líderes de partidos, governo e oposição no Congresso já era esperada para o ano que vem. Wagner colocou em xeque sua permanência no posto —e deve ser trocado.
Nem contra nem a favor...
Quanto à votação da bancada do no PL da Dosimetria, a imagem que passou é que a maioria “não está nem contra e nem a favor, muito pelo contrário”.
Isto porque dos três senadores, um votou a favor e os outros dois sequer votaram.
Tucano bolsonarista
Só quem votou a favor – e nem poderia ser ao contrário –, foi o senador Plínio Valério (PSDB), bolsonarista enrustido. Isto é, está sempre a favor do Bolsonaro mas nunca assume que é bolsomínio.
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Já os senadores Eduardo Braga (MDB) e Omar Aziz (PSD), não votaram a favor, mas também votaram contra. Simplesmente não compareceram à votação.
Guerra santa
As farpas entre o senador Omar Aziz (PSD) e o prefeito David Almeida (Avante) está virando uma guerra de provérbios bíblicos e louvores.
Na entrevista que concedeu quarta-feira (18) à BandNews, David chegou a cantar um louvor – “Parece que estou cercado, mas sou guardado por Ti, Jesus”, alfinetando que estaria cercado de inimigos.
Guerra santa 2
Nesta quinta-feira (19), durante entrevista à TV Norte, Omar Aziz rebateu com uma passagem bíblica – Provérbios 16:18:
— A soberba precede a queda. Essa passagem serve para todo mundo –, cutucou.
Não usa nome de Deus
Mas logo em seguida, sem citar nomes, mandou um recado ao prefeito.
— Eu sou cristão, mas não uso o nome de Deus em vão. Tenho fé, mas não preciso usar o nome de Deus para fazer política –, arregaçou.
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Aziz fez questão de registrar que evita utilizar trechos da Bíblia para não fazer “autopromoção pública”.
Micheque liberada...
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes está ficando de coração mole e sensivelmente compreensivo.
Ele autorizou, nesta quinta-feira (18/12), que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro possa visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de forma permanente.
...para visitar o amor
Moraes concordou com o pedido da defesa e, com a autorização, Michelle poderá visitar o marido, preso na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, às terças e quintas-feiras, das 9h às 11h, pelo prazo de 30 minutos — conforme autoriza a portaria da PF.
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O pedido da defesa sustentava que, como Michelle visita o companheiro todas as semanas, a autorização permanente evitaria a repetição de petições no processo.
ÚLTIMA HORA
MIROSMAR COSPE NO PRATO QUE COMEU – Zezé Di Camargo teve R$ 2,5 milhões em isenções no governo Lula e recebeu R$ 20 milhões em dinheiro público em 2025
Vejam só como Mirosmar é um ingrato, que cuspiu no prato que comeu. O cantor sertanejo – cujo nome artístico é Zezé Di Camargo, foi beneficiado com R$ 2,47 milhões em isenções fiscais após a prorrogação do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Além disso, ao longo de 2025, o artista recebeu quase R$ 20 milhões em recursos públicos por meio de contratos para shows financiados por prefeituras de diferentes regiões do país.
As informações sobre as isenções constam no relatório de acompanhamento do Perse divulgado em junho pela Receita Federal, conforme levantamento do Metrópoles, que revelou os valores obtidos por empresas ligadas ao cantor no período entre abril de 2024 e março de 2025.
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Na prática, duas empresas de Zezé Di Camargo foram beneficiadas com a prorrogação do programa. A Classical Holding Intermediação de Negócios Ltda deixou de pagar cerca de R$ 1,9 milhão em tributos, enquanto a MAC Produções Ltda foi isentada de aproximadamente R$ 571,4 mil. Tem mo0ral pra criticar ou fazer oposição ao presidente Lula?
ORGULHO
Fiocruz homenageia Milton Nascimento ao reconhecer uma trajetória que atravessa gerações e dialoga diretamente com o cuidado coletivo. A Fundação Oswaldo Cruz concedeu, nesta terça-feira (16), o título de Doutor Honoris Causa ao cantor e compositor mineiro, em cerimônia realizada na unidade da Fiocruz Minas, em Belo Horizonte. A escolha simboliza mais do que uma distinção acadêmica: aponta a arte como linguagem capaz de promover consciência social, pertencimento e dignidade humana.
Ao longo de mais de seis décadas, a obra de Milton Nascimento construiu pontes entre música, identidade e direitos sociais. Por isso, a decisão do Conselho Deliberativo da Fiocruz foi aprovada por unanimidade. Segundo o presidente da instituição, Mario Moreira, Bituca transformou sua voz em instrumento de educação social e defesa da democracia, valores que dialogam com a missão histórica da fundação ligada à saúde pública.
VERGONHA
O desembargador Federal Macário Ramos Júdice Neto, do TRF da 2ª região, preso preventivamente no âmbito de investigação conduzida pela Polícia Federal, foi transferido nesta quarta-feira, 17, para a Cadeia Pública Constantino Cokotós, em Niterói/RJ.
Até então, o magistrado permanecia detido na Superintendência da PF no Rio de Janeiro, onde passou a noite após audiência de custódia que confirmou a prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, responsável pela expedição do mandado. Macário é investigado na segunda fase da Operação Unha e Carne, desdobramento de apuração que levou à prisão, no início do mês, do então presidente da Alerj, deputado estadual Rodrigo Bacellar.
A investigação apura o suposto vazamento de informações sigilosas da Operação Zargun, deflagrada em setembro, que resultou na prisão do ex-deputado estadual Thiêgo Raimundo de Oliveira Santos, conhecido como TH Joias, e de outros investigados por vínculos com facções criminosas.
OUTRAS PALAVRAS
“É TANTA QUALIDADE QUE EXIGEM PARA DAR EMPREGO, QUE NÃO CONHEÇO UM PATRÃO COM CONDIÇÕES DE SER EMPREGADO”, Ariano Suassuna
