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Dito & Feito: Quem tem coragem de homenagear o “MUY AMIGO” Zema?

Governador mineiro que defendeu Frente separatista contra Norte e Nordeste é homenageado por empresários de Manaus com o título de 'Amigo da Amazônia'

Charge de Mário Adolfo

Lembram da declaração do  governador de Minas Gerais, Romeu Zema,  sugerindo criar uma frente dos estados do Sul e do Sudeste, discriminando claramente os estados do Norte e Nordeste? O posicionamento do mineiro causou indignação em políticos e empresários  das duas regiões. A maioria considerou que o governador mineiro foi preconceituoso e manifestou uma posição que reforça a polarização política. No entanto, uma representação do Amazonas ao invés de indignar foi até Minas homenagear Zema, comprovando mais uma vez que ainda é latente o “ complexo de colonizados” em plagas amazonenses.

Lembram de quando Bolsonaro golpeou de morte o Polo de Refrigerantes da Zona Franca de Manaus – o que fez algumas fábricas cerrarem suas portas e sair de Manaus – e a Assembleia Legislativa aprovou por unanimidade o Título de Cidadão Amazonense ao algoz? Pois é, a  Associação PanAmazônia foi até  Minas Gerais entregar ao governador Romeu Zema, o título de 'Amigo da Amazônia'. E o que é pior, a bendita placa foi entregue mesmo sem qualquer consulta prévia à sociedade civil organizada. Quando o empresário Irani Bertolini e o diretor da PanAmazônia, Belisário Arce declaram que “nós resolvemos homenagear Zema”, é de se perguntar: “Nós quem, cara pálida?”

Gardelón de Minas

Zema lembra o um personagem do comediante Jô Soares, na década de 1980, chamado Gardelón.

Era um argentino que topava qualquer coisa para ganhar algum dinheiro. A cada esquete recebia uma proposta que ao invés de ajudar, só ferrava o coitado. Ouvia com atenção a proposta feita pelo amigo e no final disparava o jargão

— Muy amigo, muy amigo!...

Os mesmos

Pra quem ainda não conhece o perfil da tal Associação PanAmazônia, a aquela entidade de extrema-direita que encabeçou a briga, contra tudo e contra todos,  para tentar liberar o comércio em Manaus dias antes da segunda onda de Covid-19, que culminou com o fatídico dia 14 de janeiro, em 2021.

Bolsonaristas, os empresários da PanAmazônia querem fazer de Zema um novo "mito" de direita

Somos “ vaquinhas”

Zema, o homenageado da PanAmazônia chegou a comparar as regiões Norte e Nordeste com “vaquinhas que produzem pouco” em entrevista ao jornal “Estado de S. Paulo”.

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O governador de Minas é tão ignorante e preconceituoso que esquece um “pequeno”  detalhe:

Parte do PIB [Produto Interno Bruto] do Sul e do Sudeste é e foi construída com o trabalho de nordestinos e nortistas", disse.

Primeiro os meus

Na avaliação de Zema, os estados do Sul e Sudeste arrecadam muito mais para a União e recebem muito menos de volta.

— Se der tratamento bom somente para as vaquinhas que produzem pouco e deixar de lado as que estão produzindo muito, as que produzem muito vão começar a reclamar o mesmo tratamento –, disse.

Então tá, hein!

Agora pasmem, em sua página a PanAmazônia justifica ao homenagem a Zema porque quer “ comungar dos mesmo princípios e ideias de do liberalismo econômico”.

Perguntar não ofende

Quer dizer então que criar uma   frente separatista dos estados do Sul e Sudeste, por se sentirem melhores do que o Norte e Nordeste é considerado “o princípio de liberalismo econômico” para os empresários da própria região Norte?

Um novo imbrochável

O foco de Zema e de entidades de classe como a tal da PanAmazônia é um só: buscar holofotes para se promover em torno da direita radical do País.

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São aqueles empresários bolsominions  que lutaram pela reeleição de Jair Bolsonaro e a sentirem que o “ imbrochável” está inelegível, já estão apostando suas fichas na eleição de Zema.

Os puxa-sacos

O empresário Irani Bertolini foi responsável por viabilizar a logística para o transporte de parte da delegação. Além dele, os empresários Adriano Espeschit (Potásio do Brasil), André Borges (Equador Energia), Antônio Azevedo (TV Lar), Davidson Aquino (Potássio do Brasil), Guilherme Souza (Critéria Investimentos), Nasser Fraxe (Cidade Transportes), Natalino Masiero (Dinâmica), Reinaldo Zucatelli (Grupo Zucatelli), Rogério Perdiz (Grupo Dedé), Saulo Marques (Amazon Postes) e Yoram Yaeli (Grupo IIN), também estiveram na reunião.

Vidas em jogo no Tarumã

Diante da recente decisão de retirada dos flutuantes do Tarumã até o fim do ano, decretada  pela Vara Especializada em Meio Ambiente, a Câmara de  Manaus realizou uma audiência pública  para ouvir moradores e órgãos ambientais.

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Na verdade, foi um balão de ensaio, porque não existe mais nada a resolver já que a sentença já transitou em jugado.

Para onde vou?

Agora só resta resolver a vida das pessoas que serão prejudicadas, principalmente as mais humildes.

Afinal, não é só dono de flutuantes que precisa do rio Tarumã Açú pra sobreviver.

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Muitas famílias tiram o  sustento com  outros tipos de comércio instalado no entrono do rio. Outras simplesmente moram na área.

4 mil prejudicados

A decisão judicial que vai reorganizar  Tarumã Açu atinge mais de 4 mil empregos gerados no rio.

São  atividades econômicas de maior ou menor potencial.

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Para se ter uma ideia, são mais de 900 flutuantes que aguardam respostas do poder público, já que  essa decisão já transitou em julgado, não cabe mais recurso.

Não dificulta...

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, voltou a afirmar que o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) não dificulta, tampouco facilita, a concessão de licenciamento ambiental.

... Nem facilita!

A ministra foi questionada sobre a exploração de petróleo na foz do rio Amazonas, Margem Equatorial, durante audiência na Comissão de Minas e Energia da Câmara, nesta quarta-feira (30/8).

No caso da Foz do Amazonas foi um posicionamento que não foi a primeira vez. Em 2018 já teve uma negativa.

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E os técnicos agora tiveram o mesmo entendimento. A Petrobras apresentou documentos sobre os apontamentos feitos para uma nova análise.

— Mas o Ibama não facilita, nem dificulta –, observou a ministra.

ÚLTIMA HORA

Presidente Macron diz que a  França também é Amazônia


O presidente da França, Emmanuel Macron, causou mal-estar entre ambientalistas e membros do governo brasileiro ao reivindicar a entrada do país no Tratado de Cooperação Amazônica, pois "a França tabém é Amazônia".

No entanto, o presidente francês não está de todo errado. está do outro lado do oceano: a França também faria parte da Amazônia por causa da Guiana Francesa, território francês que fica na América do Sul. Por isso o  argumento de Macron é de que a França também pode ser considerada um país amazônico, ainda que esteja situada na Europa. Com população de quase 300 mil habitantes, a Guiana Francesa faz fronteira com o Brasil e com o Suriname. A região foi uma colônia da França e hoje funciona como uma província do país.

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Isto é, tem como chefe de estado o presidente francês, que governa de Paris. A Amazônia está presente em oito países além do Brasil: Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa. Apesar disso, dados divulgados pela BBC Brasil em 2019 apontavam que a maior parte do bioma (58%) está no Brasil. A Guiana Francesa respondia por apenas 1,4% da Amazônia.

ORGULHO

Poetas e namorados amaram: a Superlua Azul foi vista em várias parte do mundo

Quem olhou para o céu nesta quarta-feira (30) pode assistir a um espetáculo emocionante. Principalmente para poetas, seresteiros e namorados. A noite foi da Superlua, a maior deste ano. Neste 30 de agosto ocorrerá a segunda e última superlua do ano. Nesta data, a  lua esteve maior e mais brilhante, pois estava no ponto da órbita de máxima aproximação da Terra. A Superlua de 30 de agosto é também chamada de “lua azul” por ser a segunda lua cheia do mês – a primeira ocorreu no dia 1º de agosto. Ela não fica azul, exceto sob a presença na atmosfera de material particulado de incêndio florestal ou de uma erupção vulcânica.

VERGONHA

Padre Júlio Lancellotti está fazendo campanha contra a aporofobia

Você sabe o significado da palavra aporofobia? Significa  ódio aos pobres e pode ser vista em campanhas contra moradores de rua e contra doação de esmolas. A aversão à pobreza só ganhou nome próprio há cerca 20 anos. De origem grega, á-poros (pobres) e fobos (medo), a aporofobia se refere ao medo e à rejeição aos pobres. A palavra passou a ser difundida recentemente no Brasil com uma campanha do padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo da Rua, de São Paulo, contra as cidades que a praticam. Ele conta que recebeu centenas de imagens de aporofobia no país. Um cartaz da Prefeitura de Pato de Minas, por exemplo, em que se lê "Não dê esmola, dê cidadania" , levou uma tarja preta do padre Júlio: aporofobia. Foto de grades rentes a um imóvel comercial em Salvador, na Bahia, para impedir a dormida de moradores de rua, também foi marcada com a tarja pelo religioso. Bem como a imagem de um viaduto com pedras em Santo André, no ABC Paulista.

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