A “rachadinha” é uma prática pela qual parlamentares federais, estaduais e municipais se apropriam de parte dos salários de funcionários que nomeiam para seus gabinetes.
O confisco de parte dos salários dos servidores da Alerj configura crime de peculato, que consiste, segundo o dicionário Houaiss “na subtração ou desvio, por abuso de confiança, de dinheiro público ou de coisa móvel apreciável, para proveito próprio ou alheio, por funcionário público que os administra ou guarda”. A “rachadinha” ganhou maior dimensão depois que o Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) detectou transações bancárias suspeitas envolvendo alguns deputados da Alerj, incluindo o senador eleito Flavio Bolsonaro.
Engraçadinho
Na quinta-feira, a Policia Federal pediu a quebra de sigilo de Marquito, ajudante de palco do apresentador Ratinho.
Ao assumir a Câmara Municipal de São Paulo, como suplente de vereador, o “engraçadinho” andou rachando o salário.
Aqui tem?
E aqui no legislativo amazonense, a tal “rachadinha” existe?
Na quinta-feira, Dito&Feito enviou a seguinte pergunta para oito políticos de Manaus, entre deputados estaduais e vereadores.
O que o senhor acha da pratica da rachadinha, que parece sempre ter existido no Parlamento e que só agora vem sendo denunciada. Essa prática ainda existe?”
Muda de assunto
Apenas dois deles responderam – o deputado estadual Serafim Corrêa (PDSB)e o deputado federal Marcelo Ramos (PR) .
O deputado Dermilson Chagas se limitou a responder “não concordo”; e o presidente da Câmara Joelson ( ), justificou que restava com um caso de doença na faília e prometeu que “outra hora” responde.
Limpeza pura
Mas o restante, sequer respondeu à pauta.
Um deles – que pediu para não ser identificado –, garantiu que isso nunca aconteceu no legislativo do Amazonas.
Então, tá!
Palavras ao vento
O deputado Marcelo Ramos (PR) que geralmente dispara sua metralhadora giratória em todas as direções – seja lá que, for –, dessa vez foi o mais suave possível. E até duvidou se a tal “rachadinha” existe mesmo.
— Não tenho elementos pra dizer se ainda existe porque não jogo palavras ao vento sem que eu tenha provas. A prática é condenável e, se existe, deve ser duramente punida.
Deplorável
O líder do PSB na Assembleia Legislativa, Serafim Corrêa, respondeu que não tenho conhecimento da existência de “rachadinhas” no Amazonas.
— Mas tem sido amplamente noticiado em outros estados e até na Câmara dos Deputados. Isso é deplorável.
Curto e grosso
Ao ser indagado pelo D&F sobre o que achava dessa prática que envergonha o parlamento, o deputado Dermilson Chaves (PP) perguntou:
— Quem está sendo denunciado?
Quando o informamos que a pauta não estava “acusando ninguém” era apenas para sondar o posicionamento dos políticos locais, Dermilson cortou o papo com um sonoro.
— Não concordo!
E o Oscar vai para...
O tetra-governador Amazonino Mendes já anda merecendo ganhar um Oscar pelo conjunto da obra.
Em mais de 40 décadas de poder, essa deve ser a 100ª vez que o político encara a missão de “salvador a Zona Franca de Manaus”.
Melhor ator coadjuvante
Esta semana, nas redes sociais, Amazonino lançou mais um jargão em defesa do modelo.
— Só a nossa união salvará a Zona Franca de Manaus e os milhares de empregos que ela gera. Proponho uma reflexão sobre o nosso futuro –, apelou Mazoca.
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ó a nossa união salvará a Zona Franca de Manaus e os milhares de empregos que ela gera”, admite. “Proponho uma reflexão sobre o ...
O roubo da mochila
O jornalista Floriano Lins, que militou em alguns grandes jornais de Manaus e há mais de 30 anos vive em Parintins, teve sua mochila roubada.
O prejuízo é grande porque na bolsa estava todo equipamento de trabalho do diretor do jornal Plantão, que circula na ilha.
O roubo da mochila 2
Máquina fotográfica, câmera, dois celulares seis canetas Bic (que virou artigo de luxo depois de Bolsonaro) e uma agenda de papel com os telefones das mais importantes autoridades do estado, do país e do mundo.
— Aquilo não é uma mochila, é uma redação inteira! – reclamou Lins, que era capaz de editar todo o jornal só com a sua mochila ao lado.
Doce vampiro
O vereador Carlos Portta (PSB) realiza quase que silenciosamente uma campanha que deveria servir de exemplo para aqueles que alardeiam o humanismo mas poucos fazem pelo próximo.
Dono de um tipo de sangue considerado raro, o O negativo, Portta doa sangue há 20 anos.
Sangue bom
Ao deixar o Hemoam, na quarta-feira, 22, após completar a 49ª doação de sangue, o vereador comentou que o seu tipo de sangue é considerado o fator mais raro do mundo.
— A pessoa que tem o tipo sanguíneo O negativo, só recebe sangue O negativo. Mas a pessoa de qualquer outro tipo de sangue pode receber o O negativo – disse Carlos Portta.
Pensão de Regina
Regina Duarte recebe pensão militar.
A atriz ganha 6.843,34 reais mensais dos cofres públicos, segundo dados do Ministério da Defesa”, diz o Estadão.
Jesus Nunes Duarte, pai de Regina, foi primeiro-tenente do Exército e faleceu em 1981, em um acidente de carro. A atriz recebe o benefício desde 1999.
Tá errado
Isso não teria nada demais se pensões para filhas não tivesse deixadas de ser concedidas em 1990.
Nas Forças Armadas, o benefício foi limitado em 2000, passando a valer para filhos ou enteados de até 21 anos, ou 24 se forem universitários.
Mas o privilégio vitalício segue para as filhas de militares admitidos nas três Forças Armadas até dezembro de 2000.
Sarandon com Glen
A atriz Susan Sarandon usou a sua página nas redes sociais para denunciar a perseguição contra o jornalista Glenn Grewnwald no Brasil.
Segundo ela, o editor do The Intercept é um jornalista raro e merece o apoio.
Mesmo sem ter sido investigado ou indiciado, o jornalista foi denunciado na terça-feira (21) na operação Spoofing, que investiga acesso a mensagens de celulares de autoridades.
Democracia em risco
— Glenn é o tipo de repórter investigativo que é tão raro hoje em dia e ele merece nosso apoio. Quando expor a corrupção do governo se torna um crime, a democracia está em risco, e é por isso que estou com Glenn Greenwald –, escreveu Susan Sarandon a atriz.
que viveu e trabalhou com o pé no acelerador, despejando sobre a máquina de escrever, como dizia, 75 quilos de músculos e fúria
Genial Tarso
Para aqueles que ainda cultivam um jornalismo impresso de verdade, é bom conferir A Vida Extra-Ordinária de Tarso de Castro, filme dirigido por Leo Garcia e Zeca Brito, que vem sendo exibido no Canal Brasil.
Tarso é o jornalista genial que criou publicações revolucionária e ousadas, como o Pasquim, Folhetim (Folha), O Nacional, Careta e que, em determinado momento na mesma Folha de S. Paulo chegou a ser o colunista mais lido e influente do Brasil.
75 Kg de fúria
Quando escrevia, Tarso era um vulcão em erupção.
Os profissionais que estiveram ao seu lado nas redações por ode passou dizem que ele que , que viveu e trabalhou com o pé no acelerador, “despejando sobre a máquina de escrever, como dizia, 75 quilos de músculos e fúria”.
Xô mediocridade!
Luiz Carlos Maciel, um dos fundadores do Pasquim define Tarso como alguém que gostava da companhia de gente de talentosa, e cita nomes como Chico, Caetano e Tom.
— Tarso são suportava era a mediocridade. Mediocridade no poder, então...
EM ALTA
A ativista Greta Thunberg, 16, Personalidade do Ano de 2019, foi ao Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, e meteu o dedo na cara dos maios poderosos líderes mundiais. Entre ele o presidente dos ERUA, Donald Tump. Lá, como de costume, ela não se acovardou com a “poderosa” plateia e cobrar ações efetivas no campo ambiental.
“Países ricos têm de zerar suas emissões [de gases-estufa] e ajudar os pobres a fazerem-no”, discursou. De acordo com ela, “até agora, absolutamente nada foi feito para parar as mudanças climáticas”.
EM BAIXA
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) atacou o documentário “Democracia em Vertigem”, da cineasta brasileira Petra Costa, confirmado como um dos concorrentes ao Oscar. Ao deixar o Palácio do Alvorada, na manhã de hoje, o mandatário chamou a obra, lançada globalmente pela Netflix, de "ficção" e "porcaria". O filme mostra bastidores do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, rival política de Bolsonaro, e narra a ascensão e queda do PT no governo. "Ficção. Para quem gosta do que o urubu come, é um bom filme", ironizou ele