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Dito & Feito - Um marketing político meio que bizarro

Coração de Dom Pedro será trazido ao Brasil sem qualquer motivo aparente ou data comemorativa

O corpo de Dom Pedro I, que está  sepultado na Cripta do Monumento à Independência, no Museu do Ipiranga, em São Paulo, deve estar se revirando no túmulo ao saber que seu coração acaba de aterrissar no Brasil e está sendo usado por Bolsonaro como propaganda política.

De onde estiver, Dom Pedro  estar lamentando porque o que ele queria mesmo, após tantas batalhas travadas – inclusive a mais exaustiva contra o irmão, Dom Miguel – , era descanso. Na véspera de sua morte, o monarca declarou querer entregar seu coração, literalmente,  “à heroica cidade do Porto”. De acordo com a Irmandade da Lapa, para o governante, o local teria sido palco de sua “verdadeira glória”. Em 1972, as demais partes dos restos mortais de D. Pedro I foram trazidas ao Brasil. Já o órgão que bombeia sangue está desde 1835 em Porto, conservado em formol num recipiente de vidro. E aí aparece na contramão da história Jair brasileiro para “ emprestar” o coração do velho Pedro para as celebrações dos 200 anos da independência do Brasil.

Além do próprio espírito do Monarca, a arqueóloga forense Valdirene Ambiel, pesquisadora da USP, foi a primeira a saltar nas tamancas contra a ideia de Jair e se posicionar contra a  viagem do coração.

— Vejo um contexto político, porque não há contexto histórico ou propósito educacional para trazer esse coração por pouquíssimo tempo – cutucou a professora.

Algo bizarro

De acordo com a Dra. Ambiel, a  partir do momento em que há o uso de órgãos humanos para uma simples exposição, sem o contexto de ensino, a exibição se torna “ algo simplesmente bizarro."

Plagiando a ditadura

Nem original Bolsonaro consegue ser, porque o que ele está fazendo é repetir  o que a ditadura militar já tinha feito com os restos mortais do imperador - instrumentalização, por parte da ditadura militar, do transporte do corpo do imperador ao Brasil em 1972.

O coração

Imagem explorada

Em 1972, apresentado como fundador da nacionalidade brasileira, d. Pedro 1º teve a imagem largamente explorada pelos militares.

Portugal enviou ao Brasil os restos mortais do imperador devido aos festejos dos 150 anos da independência.

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Durante cinco meses, a ossada passou por uma espécie de turnê em várias cidades brasileiras, com direito a cerimônias religiosas e desfiles pelas ruas.

Tragam o coração!

Autor de vários livros sobre a história do Brasil, o escritor Laurentino Gomes também vê semelhanças entre o empréstimo do coração e a espetacularização dos restos mortais promovida pela ditadura.

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— Bolsonaro, que cultiva a ditadura brasileira, é um adepto da ditadura, é um homem autoritário, um misógino, preconceituoso, racista, tentou mimetizar os generais [da ditadura militar]. Eles trouxeram o corpo, então, num gesto simbólico, vamos trazer o coração –, afirmou ele em entrevista à agência Lusa.

Nem um, nem outro

Mesmo pertencendo ao Solidariedade, que está fechadinho com o ex-presidente Lula, o candidato ao governo do Amazonas, Ricardo Nicolau, mantém neutralidade na corrida à presidência.

Durante entrevista à CBN Amazônia, Nicolau disse que que não tem candidato a presidência seja qual for o presidente eleito, em primeiro lugar está o Amazonas.

Arthur quer mudar ZFM

O candidato ao Senado, Arthur Virgílio (PSDB), quer resgatar uma proposta de emenda constitucional de sua autoria, apresentada em 2004 em seu segundo ano como senador, visando à mudança da Zona Franca de Manaus para Polo Industrial da Amazônia Brasileira.

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— Apresentei lá atrás esse projeto, que passou facilmente no Senado. Depois deixei de ser senador e não sei o que fizeram na Câmara Federal. Mas o projeto é tirar o nome Zona Franca, que dá impressão de comércio de bugigangas estrangeiras, e colocar o nome de Polo Industrial da Amazônia Brasileira.

Acorda Brasil

Virgílio disse que  acrescentou o ‘Brasileira’ para fazer o Brasil acordar para o fato de que ele também pode ser sócio dessa grande empreitada que é o desenvolvimento sustentável da Amazônia e, sobretudo, do Amazonas.

Ajuda do exterior

No Senado,  Arthur garante que  irá buscar diálogos e medidas efetivas de líderes de nações interessadas em ajudar a proteger a Amazônia, o que contribui para a questão ambiental, mas sem deixar de lado o sustento das pessoas.

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—  Os chefes de Estados estrangeiros devem entender que quando eles cobram que não haja desmatamento desordenado, eles têm razão, claro, mas não têm razão quando não metem a mão no bolso para ajudar o nosso povo -, observou o ex-prefeito de Manaus.

Merecida homenagem

Por indicação do deputado Serafim Corrêa (PSB), aprovada por unanimidade, o grupo Bemol foi homenageado com uma sessão especial em comemoração aos 80 anos de história nesta terça-feira, 23, na Assembleia Legislativa.

— Homenagear as Lojas Bemol é mais do que uma obrigação minha, mas por toda uma geração da cidade que viu as lojas crescerem progressivamente –,  justificou Serafim.

Momento de gratidão

Denis Benchimol e o deputado Serafim, autor da homenagem à Bemol

O diretor-presidente do grupo Bemol, Denis Benchimol Minev, disse que os fundadores iniciaram a empresa com poucos recursos, mas muita coragem, e que o principal legado é a confiança que os clientes têm na empresa.

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— É uma enorme alegria estar na Casa do amazonense e para a Bemol é um momento de expressar gratidão. Gratidão ao deputado Serafim pela homenagem.  Expressar gratidão aos nossos fundadores que há 80 anos com muita coragem, mas com poucos recursos iniciaram a empresa e expressar a nossa gratidão aos nossos clientes -disse o empresário.

Discurso de ódio no JN

O presidente Jair Bolsonaro chamou a CPI da Covid, presidida pelo senador do Amazonas, Omar Aziz (PSD), de “ CPI do circo”.

O ex-capitão só não explicou porque adotou a chamada “imunidade de rebanho”, com medicamentos não indicados pela ciência e  tem sim culpa pela morte de milhares de brasileiros.

A contragosto

E, justiça seja feita, Bolsonaro só providenciou a compra de vacinas – com um irresponsável atraso –, depois que o governador de São Paulo, João Dória (PSSDB) meteu a cara e a CPI fez pressão.

E tem mais, Bolsonaro  autorizou a compra a contragosto pois sempre viu a pandemia como uma “ gripezinha” .

O troco

Em cima do lance, Omar deu o troco ao desdém de Bolsonaro no JN.

— Ao contrário do que Bolsonaro disse hoje ao Jornal Nacional, a CPI que eu presidi salvou vidas, principalmente por obrigar o governo a comprar vacinas. Antes da CPI, o governo estava claramente apostando em imunidade de rebanho, induzindo a população ao risco de morte – respondeu o  senador.

Braga assina Carta

Eduardo Braga (MDB) esteve nesta terça-feira , 23, na Arquidiocese de Manaus, para a assinatura da Carta Compromisso com a Ética e pela Boa Governança do Comitê Amazonas de Combate à Corrupção.

— Estamos comprometidos com a ordem e o respeito à democracia –, disse o candidato ao governo, acompanhado de sua vice, Anne Moura.

De que se trata

A Carta de Compromisso com a Ética e pela Boa Governança é um documento

laborado pelo Comitê Amazonense de Combate a Corrupção (Cacc), criado há oito anos e que reúne representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Amazonas, Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Amazonas, Arquidiocese de Manaus, Sindicatos dos Fazendários do Amazonas e os conselhos regionais de Economia, Arquitetura e de Contabilidade.

ÚLTIMA HORA

Veja quem são os empresários bolsonaristas que defendem o golpe

Depois da Polícia Federal cumprir na terça-feira (23) mandados de busca contra empresários que, em um grupo de mensagens privadas, defenderam um golpe de Estado caso o ex-presidente Lula (PT) vença Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de outubro, o ministro Alexandre de Moraes também autorizou que os empresários sejam ouvidos pela PF e o bloqueio de suas respectivas redes sociais.

Entre os alvos estão Luciano Hang, da Havan, José Isaac Peres, da rede de shopping Multiplan, Ivan Wrobel, da Construtora W3, José Koury, do Barra World Shopping, André Tissot, do Grupo Sierra, Meyer Nigri, da Tecnisa, Marco Aurélio Raymundo, da Mormaii, e Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu.

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Naquele ano, chegou a publicar um vídeo dizendo que havia pesquisas de intenção de voto entre seus funcionários e que, caso o PT vencesse a eleição, a varejista poderia deixar de criar empregos.

Durante o mandato de Bolsonaro, Hang foi investigado pela CPI da Covid por suposto envolvimento no chamado gabinete paralelo, estrutura de aconselhamento do presidente para temas da pandemia fora da estrutura do Ministério da Saúde.

ORGULHO

A Dona Marli, 55 anos, roubou a cena em show de Anitta no GarotA VIP, neste fim de semana, no Rio de Janeiro. A senhorinha subiu ao palco, desceu até o chão com a cantora e arrasou, levando o público ao delírio. Sem ligar para o que dizem as pessoas, Dona Marli se divertiu e fez a noite de todos. O vídeo, que viralizou, mostra Anitta surpresa e se divertindo também com a “Tia Marli” – como a cantora a apelidou – ao som da música “Movimento da Sanfoninha”.

— Vocês acharam que eu não ia rebolar hoje? –, disse a senhorinha, usando a frase clássica da Anitta. A fã é do Rio Grande do Norte, mas há 20 anos vive no Rio de Janeiro.

VERGONHA

Os seguranças do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ameaçaram “arrebentar” o vereador Djalma Nery (PSOL) durante o seu ato de campanha em São Carlos (SP). Isso ocorreu após o parlamentar ter questionado o filho do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o que ele havia feito pela cidade quando era deputado. As informações são do Brasil247. Nesse momento, Eduardo respondeu que Djalma era uma “vergonha” para São Carlos. Na sequência, um dos seguranças do filho do presidente abordou o vereador e disse: “Vou te arrebentar aqui se você botar fé. Você não tá entendendo. Tenta a sorte”.

Vale ressaltar que Djalma foi o vereador mais votado de São Carlos nas eleições de 2020.

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