Diante da total negligência do desgoverno Bolsonaro no combate à pandemia, os governadores tomaram para si a tarefa de salvar vidas e acelerar a imunização da população brasileira. Nesta quarta-feira (10), gestores de 24 estados e do Distrito Federal assinaram o Pacto Nacional em Defesa da Vida e da Saúde. O documento estabelece a criação de um comitê gestor, integrando Executivo, Congresso, Poder Judiciário, estados, municípios e especialistas reunidos em torno de uma comissão para sugerir ações e diretrizes para mitigar os efeitos da pandemia e ampliar a vacinação. No documento, o grupo cita três itens como fundamentais para o combate à Covid-19: expansão da vacinação, com pluralidade de fornecedores; apoio a medidas restritivas; e suporte aos estados para manutenção e ampliação de leitos, com integração de todos os sistemas hospitalares.
Todos os governadores assinaram o Pacto, certo? Todos não. Wilson Lima (PSC) do Amazonas achou melhor ficar de fora, talvez para não se indispor com o presidente. Wilson é um dos cinco governadores que retiraram seu nome de carta assinada em conjunto. Assinam o pacto 21 dos 27 governadores. Apensas não assinaram o texto os governadores Wilson Lima (Amazonas), Ratinho Júnior (Paraná), Cláudio Castro (Rio de Janeiro), Marcos Rocha (Rondônia), Antonio Denarium (Roraima) e Carlos Moisés (Santa Catarina).
Omissão de Bolsonaro
Os governadores pediram que o Congresso assuma a linha de frente da coordenação da crise de covid-19, alegando “omissão e negação” por parte do presidente da República, Jair Bolsonaro.
“O coronavírus é hoje o maior adversário da nossa nação. Precisamos evitar o total colapso dos sistemas hospitalares em todo o Brasil e melhorar o combate à pandemia. Só assim a nossa pátria poderá encontrar um caminho de crescimento e de geração de empregos”, lê-se no ofício.
Unidos pela vida
“Estamos unidos pela vida e pela saúde”, destacaram os governadores do Maranhão, Pará, Espírito Santo, Ceará, Tocantins, de São Paulo, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, do Rio Grande do Sul, Piauí, Rio Grande do Norte, da Bahia, Paraíba, de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, do Acre, de Minas Gerais, do Distrito Federal e de Roraima.
Críticas a Wilson
A atitude do governador provocou algumas críticas de seus opositores. O deputado Serafim Corrêa (PSB), por exemplo, disse durante a sessão híbrida da Assembleia Legislativa, que nada justifica a decisão do governador de não aderir ao pacto nacional de governadores para o enfrentamento da pandemia da Covid-19.
Uma mão lava a outra
Sarafa observou que estava fazendo uma crítica aberta de frente, política, advertido que isso “é ruim para o Amazonas”.
— Foram esses governadores que deram as mãos ao nosso estado quando estávamos na crise causada pelo novo coronavírus, também causada pela nossa falta de oxigênio, de organização, de previsão – avaliou.
Números assustadores
Pelo menos 11.277.717 brasileiros foram diagnosticados com covid-19 e 272.889 morreram pela doença até às 18h desta 5ª feira (11.mar.2021). Os dados são do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde).
São mais 2.233 vítimas a mais que o registrado no dia anterior, quando foi registrado o máximo de vítimas em 1 dia : 2.286.
Dória “Pinóquio”
O deputado estadual Delegado Péricles (PSL) denominou como mentira as promessas do governador de São Paulo, João Dória (PSDB), de envio de vacinas para o Estado do Amazonas.
Péricles cobra das autoridades um movimento para encaminhar documento cobrando o cumprimento de anúncio feito pelo gestor paulista à população do Amazonas.
Menos deputado, menos...
No entanto, Péricles pisa na bola ao rasgar elogios ao que ele chama de “ações efetivas do Governo Federal no Amazonas”, o “grande responsável pelo Amazonas não ter encarado dias ainda piores por conta da Covid-19”.
Perguntar não ofende
Deputado Péricles, pessoas morrendo por falta de oxigênio não é uma omissão do governo federal? Imagine o que o nobre deputado deve considerar dias dos “dias piores”, hein?
“Enfia no rabo”!
Visivelmente irritado, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) mandou a população brasileira enfiar as máscaras de proteção contra a covid-19 "no rabo".
Em uma aparição ao vivo que fez em seu perfil pelo Instagram, o filho "03" de Bolsonaro criticou o uso do principal item de proteção contra a contaminação do vírus que, dia após dia, causa recordes de mortes no País.
Enfia no rabo 2
As declarações de Eduardo foram feitas no dia em que o presidente Jair Bolsonaro mudou o discurso, usou máscara e passou a defender as vacinas. Ele disse que acha uma pena que “essa imprensa mequetrefe que a gente tem aqui no Brasil fique dando conta de cobrir apenas a máscara”.
— Ah a máscara, está sem máscara, está com máscara'. Enfia no rabo gente, porra! A gente está lá trabalhando, ralando –, vomitou o filho do homem.
Barraco real
A realeza também quebra o pau? Quebra, sim. O príncipe Wlliam visitava nesta quinta-feira (11) uma escola no leste de Londres, para promover um programa de saúde mental, quando foi questionado pelos jornalistas sobre a polêmica entrevista que Harry e Meghan Markle, deram recentemente a Oprah Winfrey e onde fizeram duras acusações à família real britânica.
— A Família Real é uma família racista, senhor? –, questionou um repórter, referindo-se às declarações de Meghan em que esta afirma que existiam membros da casa real preocupados com a cor de pele de Archie - filhos dos duques de Sussex.
— Não somos uma família racista! –", reagiu William ao ser confrontado com a pergunta.
Barraco real 2
Esta não foi a única questão relacionada com a polêmica à qual o marido de Kate Middleton respondeu. Questionado sobre se já teria falado com o irmão, William afirmou:
— Não, ainda não falei com ele, mas falarei.
O duque de Cambridge é assim o primeiro membro da realeza a responder pessoalmente às polêmicas declarações que surgiram na entrevista de Harry e Meghan. A família real, contudo, já havia reagido à conversa do casal com Oprah Winfrey através de um comunicado.
Barra pesada
A barra anda pesada na saídas das Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Manaus. Devido aos constantes roubos e furtos praticados contra pacientes e profissionais da saúde nessas unidades, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Roberto Cidade (PV) solicitou medidas emergenciais na tentativa de inibir a bandidagem.
Dia de fúria
Cidade citou como exemplo o ocorrido no dia 24 de fevereiro de 2021, na UBS Alfredo Campos, no Bairro Zumbi. De acordo com o parlamentar, a unidade foi invadida por três criminosos, munidos de arma de fogo, que violentamente roubaram dinheiro, aparelho celular e até roupas dos presentes à unidade naquele momento.
— Não podemos ficar calados diante dessa situação –, cobrou o deputado.
Atenção srs. passageiros
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta quinta-feira, novas regras para uso de máscaras em aeroportos do país e dentro de aviões. A medida proíbe o uso de máscaras que deixem áreas livres para entrada e saída de gotículas.
Face shield não vale
Assim, os passageiros não poderão usar bandanas, lenços, máscaras de acrílico ou modelos com válvula de expiração. Passageiros também não podem transitar em aeroportos apenas com face shield. As novas regras passam a valer a partir do dia 25 de março.
Só as de tecido
O modelo permitido pela Anvisa são as máscaras de tecido, artesanais ou industriais, com mais de uma camada de proteção. Segundo a regra, a máscara deve estar bem ajustada ao rosto. As mudanças foram motivadas pelo surgimento de novas variantes do coronavírus e o aumento das taxas de transmissão.
Advogada bolsonarista usa lema nazista
A advogada Doris Denise Neumann, militante bolsonarista e presidenta da secretaria da mulher do partido Patriota no Rio Grande do Sul, usou um lema nazista durante protesto realizado contra o isolamento social rígido decretado pelo governador Eduardo Leite (PSDB) na quarta-feira (11).
“Os alemães vão entender a frase que eu vou falar: Arbeit macht frei. Não foi isso que a gente aprendeu? Que o trabalho nos faz ser livre. Pois aqui nós estamos reivindicando o trabalho. Se o governador que foi posto por nós no poder para a decisão não decidir que nós possamos trabalhar, a gente tira ele”, disse Neumann em vídeo que circula nas redes sociais.
A frase Arbeit macht frei – que significa “o trabalho liberta” –,.era afixada em alguns campos de concentração do período nazista, incluindo o campo de Auschwitz – conhecido o mais cruel de todos. A Polícia Civil já abriu procedimento para investigar o caso.
A militante, que já foi ao Palácio do Planalto encontrar Bolsonaro, foi candidata à Prefeitura de Nova Petrópolis pelo Patriota em 2020. Ela era do PSL no período em que o mandatário ainda estava na legenda e chegou a trabalhar pela fundação do Aliança Pelo Brasil – partido que o presidente tentou criar.
ORGULHO
Ao legado de Astor Piazzolla, músico argentino que completaria 100 anos nesta quinta-feira (11). Comnsiderado o margo do bandoneón – instrumento aerófono livre com aparência similar à sanfona – Piazzola nasceu em Mar del Plata, na Argentina, no dia 11 de março de 1921. Foi, junto com a família, para os Estados Unidos aos 4 anos de idade. Com 8 anos, ganhou o seu primeiro bandoneón. Com 14, teve a honra de conhecer Carlos Gardel e se tornou amigo do mais famoso cantor de tango da história. O bandoneón é muito popular na Argentina e no Uruguai, é considerado o principal instrumento do tango e, nas mãos do gênio Astor Piazzolla, atravessou fronteiras e revolucionou o ritmo tradicional portenho. Ele morreu em Buenos Aires de julho de 1992.
VERGONHA
A deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) foi eleita nesta quarta-feira (10/3) presidente da Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara. A duração no cargo é de um ano.
A CCJ é considerada a comissão mais importante da Câmara dos Deputados. A indicação de Kicis pegou mal, a ponto de parlamentares de vários partidos terem se juntado para articular o lançamento de candidatura avulsa para fazer frente à indicação da deputada. Kicis é investigada pelo Supremo Tribunal Federal por sua participação em atos antidemocráticos, que pediam o fechamento da Corte e do próprio Congresso. De sua tribuna na Câmara, defendeu intervenção militar, em clara afronta à democracia e à Constituição. Além disso, é conhecida por polemizar nas redes com pedidos de impeachment de ministros e por ter xingado Celso de Mello de "juiz de merda".