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Em seu pronunciamento na televisão que até hoje está ecoando de forma negativa, o  presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou medidas tomadas por governadores para conter o avanço do novo coronavírus. O capitão praticamente chamou todo mundo pra rua, ao se posicionar contra a restrição de movimentação de pessoas e defendeu o isolamento apenas para aqueles do chamado grupo de risco, como idosos e portadores de comorbidades.

— Alguns poucos governadores e prefeitos estão cometendo um crime", arrebentando com o Brasil e destruindo empregos –, acusou o presidente e.

O discurso parece ter surtido efeito aqui em Manaus. Nesta quinta-feira, 26, a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Amazonas (FCDL–AM),   Centro dos Diretores Lojistas (CDLM), a Associação Comercial do Amazonas (ACA)  e o Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM ESM)  assinaram nota – com mais 13 entidades -, solicitando ao governador do Estado  o retorno das atividades comerciais do estado do Amazonas, quando todos os grandes empresários do país defendem o isolamento social.

Lojas abertas

No documento, o setor do comércio solicita que as lojas de ruas sejam reabertas na próxima segunda-feira, dia 30.

E reivindicam que  os shoppings voltem a funcionar no dia 7 de abril, todos com horários reduzidos e com a implementação de pontos de verificação de temperatura e realização de testes rápidos, assim que disponíveis.

Além da saúde

As entidades argumentam que a crise que estamos enfrentando do coronavírus “vai muito além da saúde da nossa população”.

E dizem que “as medidas tomadas pelos Decretos proferidos por Vossa Excelência irão trazer malefícios a toda a estrutura fornecedora de alimentos, comércio em geral e serviços em nossa cidade”.

Rombo no caixa

De acordo com os comerciantes, o  Decreto no 42.099/20, primeiramente previu o fechamento exclusivo de bares, lanchonetes, restaurantes e afins pelo prazo de 15 dias, a contar do dia 21/03/20.

Rombo no caixa 2

“Somente este primeiro decreto, gerou uma diminuição de aproximadamente 40% da renda dessas empresas, o que gerou um reflexo no pagamento dos fornecedores e empregados”, lamentam eles.

Não volta atrás

Na quarta-feira, 25, o governador que não voltará atrás de nenhuma medida que já foi tomada no Amazonas.

Ele foi um dos primeiros a reagir ao discurso do presidente Jair Bolsonaro.

Consumatum Est

No vídeo, Wilson Lima disse que muita gente estava perguntando sobre as decisões restritivas que o Governo do Estado tomou para combater o coronavírus depois das declarações do presidente.

— A minha posição é muito clara. Não vamos voltar atrás de nenhuma decisão que foi tomada pelo Governo do Estado do Amazonas – disparou o governador, em vídeo   veiculado nas redes sociais.

Portas da salvação

Quem também seguiu o “bom conselho” de Bolsonaro foi o deputado João Luiz.

É de sua autoria o Projeto de Lei que determina a abertura de todas igrejas evangélicas.

Então, tá!

No argumento, o parlamentar diz que a proposta defende o importante papel social desempenhado pelas igrejas e templos de qualquer culto, e tem por finalidade resguardar a liberdade religiosa”.

Fé demais

Por via das dúvidas, é bom lembrar ao deputado João Luiz que o coronavírus não distingue quem tem mais fé ou quem não tem nenhuma.

Para se ter uma ideia, uma das primeiras mortes de coronavírus no Estado da Virgínia foi a do pastor e músico evangélico Landon Spradlin.

No dia 13 de março, Sprandlin gravou um vídeo dizendo que a pandemia era resultado da “histeria em massa” da mídia.

O pastor London também compartilhou um meme enganoso que comparou as mortes de coronavírus com as da gripe suína.

E sugeriu que a mídia estaria usando a pandemia para atacar o presidente estadunidense Donald Trump, que ele apoiava.

Qualquer semelhança com o nosso presidente é mera coincidência.

Seguro-desemprego

Por conta do coronavírus, as unidades do Sistema Nacional de Emprego no Amazonas (Sine-AM) não farão atendimento nos próximos dias.

Mas, o trabalhador não precisa esperar a reabertura dos locais para solicitar o seguro-desemprego. O serviço já está disponível na versão on-line.

Ficou fácil

O benefício, concedido ao trabalhador desempregado sem justa causa, para auxiliá-lo na manutenção e busca de emprego, precisa ser solicitado de 7 a 120 dias após a data da demissão.

Agora, existem duas formas para efetuar a solicitação do serviço de casa: pelo computador ou pelo aplicativo do celular.

Clima de férias

O Governo do Amazonas tem intensificado as medidas preventivas para o enfrentamento ao Covid-19.

Mas nem todo mundo está se dando conta da gravidade do momento e estão vivendo como se estivessem de férias.

Em seis dias de fiscalizações, a Polícia Militar já recebeu 1.190 denúncias sobre o descumprimento do decreto de suspensão do funcionamento de bares, igrejas e outros estabelecimentos por 15 dias.

Bar office

Os bares continuam somando o maior número de denúncias.

Foram 323 até a manhã desta quinta-feira (26/03), seguidos dos estabelecimentos comerciais (295) e das igrejas (126).

Aviso aos navegantes

Diante da descumprimento da portaria do governador Wilson Lima, o secretário de Segurança Pública, coronel Louismar Bonates, mandou um aviso:

— Os policiais estão nas ruas para garantir o cumprimento da determinação do governador.

Alerta

De acordo com a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), já são 67 casos confirmados no Amazonas, com 59 em isolamento domiciliar.

Mirem-se no exemplo

O exemplo vem lá de Palmas (TO), mas vale a pena como incentivo às liderança de Manaus.

Lá, líderes empresariais  apresentam à Prefeitura, nesta sexta-feira, 27, um documento com propostas de um plano de retorno da atividades do comércio em geral, indústrias e todos os segmentos impactados pelas medias de restrições como prevenção à Covid-19, o novo coronavírus.

Tucana gostou

A prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB) gostou.

Ela disse que a responsabilidade agora não é somente do município.

—Acredito no bom senso e critério de cada um deles para que as medidas sejam as melhores possíveis, apesar deste momento tão difícil que estamos vivendo –, avaliou Cinthia.

Aqui também

Sobre a solidariedade que está vindo da iniciativa privada, o governador Wilson Lima informou que o estado tem ganhado mais força com doações recebidas de empresas do setor privado de diversos segmentos, que têm se comprometido com a causa.

Equipamentos de manufatura, eletroeletrônicos, utensílios e produtos de higiene estão sendo doados diariamente e encaminhados de acordo com as necessidades das instituições.

Auxílio corona

O deputado Marcelo Aro (PP-MG), relator do projeto que prevê pagamento de um auxílio emergencial aos mais pobres (PL 9236/17), anunciou que, após conversações com o líder do governo, deputado Vitor Hugo (PSL-GO), o Executivo concordou em aumentar de R$ 500,00 para R$ 600,00 o valor de cada cota do auxílio enquanto durar a pandemia do coronavírus.

Pode chegar a R$ 1.200

O auxílio será concedido durante três meses para as pessoas de baixa renda afetadas pela crise sanitária. “Poderemos chegar a R$ 1.200 por família”, disse Aro.

Impeachment de Dória

Após um tuíte do deputado estadual Gil Diniz (PSL-SP), bolsonaristas passaram a pedir pelo impeachment do governador de São Paulo, João Doria.

Segundo Gil, o governador "não tomou as medidas necessárias para combater a crise" que São Paulo vive, diante da pandemia do coronavírus.

Carteiro reaça

Agora vejam quem está pedindo o impeachment de Dória

Gil Diniz e nada menos que o  “Carteiro Reaça”, como é conhecido,  aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Dá para acreditar?...

ORGULHO

O coronavírus provocou uma trégua no Oriente Médio e uniu na mesma mesa palestinos e israelenses, um encontro pacífico que há anos nações e entidades do mundo todo buscavam, sem sucesso. Juntos, representantes dos dois lados criaram um gabinete comum de operações para combater pandemia.  A criação do gabinete comum foi anunciada pelo porta voz da Autoridade Palestina, Ibrahim Milhem. Ele disse que é uma medida de cooperação necessária para combater a propagação do novo coronavírus.

VERGONHA

Jair Bolsonaro desautorizou nesta quinta-feira, 26, o vice-presidente Hamilton Mourão, que havia defendido o isolamento social no combate à pandemia de coronavírus. “O presidente sou eu, pô. O presidente sou eu”, disse Bolsonaro em conversa com jornalistas diante do Palácio da Alvorada.  “Se eu empacotar aí, vocês vão ter que engolir o Mourão. É uma boa pessoa, podem ter certeza”, declarou. Mourão disse que a posição oficial do governo é o isolamento social e que Bolsonaro se expressou mal. "A posição do governo por enquanto é uma só, a posição do governo é o isolamento e o distanciamento social", disse o vice

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