O governador Wilson Lima disse nesta quinta-feira que é praticamente inviável que o Festival Folclórico de Parintins seja realizado em junho neste ano. De acordo com ele, a preocupação atual é com o coronavírus e não é possível organizar o evento, uma vez que a preparação da festa deve começar sempre com antecedência. A nova data para o festival ainda não foi anunciada, mas grupos ligados a Garantido e Caprichoso pensam na Semana da Pátria, no mês de setembro, ou até mesmo outubro, no aniversário da cidade.
Lado comercial
Com o recolhimento por conta do coronavírus, mesmo com todos os ingressos vendidos, corria-se o risco do festival folclórico da ilha ser um fracasso comercial, haja vista que a economia do País, além da vida das pessoas, será atingida drasticamente pela pandemia. E que iria querer financiar festa num momentos delicado como este?
SEC
O secretário de Cultura, Marcos Apolo, em entrevista à TV Tiradentes, admitiu que o festival será empurrado para o segundo semestre e que vem mantendo contato com as diretorias dos bois.
Bi Garcia
O prefeito de Parintins, Bi Garcia (PSDB), chegou a anunciar que manteria o festival, mas com normas emitidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), para evitar concentrações populares e aglomeração de pessoas, achou por bem não trafegar na contramão da orientações oficiais.
Toque de recolher
A propósito, a Prefeitura de Parintins decretou nesta quarta-feira (25) toque de recolher no município pelo prazo de 14 dias. A decisão segue recomendações do Ministério Público do Estado do Amazonas através do processo nº 166.2020.000008. Segundo o decreto, fica instituído, a partir de quarta-feira o toque de recolher das 20h às 06h no perímetro urbano.
Demitir Mandetta seria “opção trágica”, avisa Braga
O governo não deu nenhum sinal de que pretende demitir o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Mas, diante da pressão da classe médica, governadores e membros do DEM após o pronunciamento desastroso de Jair Bolsonaro, é imprevisível a decisão que o chefe da pasta poderá tomar, segundo aliados do presidente da República. Mandetta esteve no Palácio do Planalto na manhã desta quarta-feira (25).
Braga alerta
E antes que a casa caia, o líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), advertiu nesta quarta-feira que uma eventual demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), seria uma opção "trágica" e "dramática" para a política e o combate à epidemia da covid-19 no país. O senador do Amazonas demonstrou preocupação quando questionado pelo jornal Valor Econômico sobre o que o Congresso poderia fazer.
— As afirmações do presidente Bolsonaro sobre a covid-19 são retóricas e inoportunas.
Reage, ministro!
Depois daquela que foi considerada a “mais irresponsável fala” de Bolsonaro desde o início da crise sanitária, todos achavam que Mandetta iria se reagir ou até pedir demissão, já que foi desmoralizado no pronunciamento do presidente.
Na contramão
Afinal, seu ministério orienta para o isolamento da população e o chefe vem na contramão, como um caminhão desgovernado, e atropela as determinações da OMS, do Ministério da Saúde, do próprio ministro, técnicos de saúde, imprensa e o escambau.
Ca-la-do!
No entanto, o ministro simplesmente engoliu o sapo e se limitou a pedir que assessores enviassem nota ao Jornal Nacional informando que não comentaria o pronunciamento do presidente.
Gabinete do ódio
O discurso “alucinado” de Bolsonaro foi preparado de antemão. E adivinhem quem colaborou com a “obra prima” da insensatez e do disparate? Segundo o Estadão, a fala foi escrita “no gabinete do presidente com a participação de poucas pessoas e em segredo”.
O dedo de Carlucho
Teve, como era de se esperar, o dedo de Carlos Bolsonaro e de integrantes do “gabinete do ódio”, onde atuam os assessores responsáveis pelas redes sociais do presidente. A matéria diz que até o fim da tarde poucos assessores sabiam que Bolsonaro preparava uma declaração.
Discurso de morte
Entidades que reúnem pesquisadores de saúde coletiva e bioética, como a Abrasco, assinaram juntas uma nota em que classificam como criminoso o 'discurso de morte' do presidente: ele “nega o conjunto de evidências científicas que vem pautando o combate à pandemia em todo o mundo”, dizem.
Vem aí o maior panelaço
Depois do pronunciamento nefasto na televisão, as panelas soaram pela oitava noite seguida. E apertem os cintos. Está sendo preparado o “maior panelaço da quarentena” no próximo dia 31, em “defesa do SUS e da democracia”.
Hotel hospital
O deputado estadual Felipe Souza (Patriota) sugeriu ao governador Wilson Lima (PSC) fechar parcerias com hotéis para hospedar profissionais da área da saúde que lidam diariamente com a situação da pandemia por coronavírus (Covid-19).
Tropical é uma ideia
O deputado publicou um vídeo nas redes sociais sugerindo que o estado utilize espaços como a Arena da Amazônia, o estádio Ismael Benigno (Colina) e até o hotel Tropical, como hospitais de campanha para atender pacientes vítimas de Covid-19.
Aprovação virtual
A proposta foi aprovada em reunião virtual da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) e agora espera decisão do Estado.
— É preciso aproveitar esse momento de quarentena para governo e prefeitura se mobilizarem atrás de mais leitos –, observou o parlamentar.
É proibido cortar de água e luz
A Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) aprovou por unanimidade o projeto de lei nº 108/2020 que proíbe as concessionárias de serviços públicos de água e energia elétrica, além de saneamento básico, a realizarem o corte por falta de pagamento.
Em qualquer pandemia
A medida ocorrerá não só durante o coronavírus, mas situações de extrema gravidade social, incluindo pandemias.
— Nosso projeto não é só pelo momento do novo coronavírus, mas é direcionado a qualquer situação semelhante a essa situação -, disse o presidente da Assembleia, Josué Neto.
Tem que pagar
O deputado lembrou que a suspensão é do corte do fornecimento do serviço e não da dívida junto às Concessionárias.
— A dívida terá que ser paga, que isso fique bem claro”, afirmou Neto.
Turistas em quarentena
O governador do Amazonas, Wilson Lima, decretou o regime de quarentena para os passageiros que desembarcarem no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, que passarão a ser monitorados por meio de um aplicativo.
Pacote Covid-19
As medidas fazem parte de um pacote de medidas complementares para o controle epidemiológico e contenção do novo coronavírus (Covid-19) no estado, lançado nesta quarta-feira, 25/03. Wilson anunciou também a aquisição de 30 mil kits de testes rápidos para a doença.
Poder de polícia
O governador avisou que a partir de agora os agentes da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), terão poder de polícia, para fortalecer o controle epidemiológico.
Telefone do presídio
Detentos dos regimes fechado e provisório foram autorizados pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) a realizarem ligações telefônicas para os familiares.
Mais isolado ainda
Os internos estão sem manter contato com os parentes desde o dia 13 de março, quando a Portaria Interna nº 02/2020 suspendeu as visitas no sistema prisional do Amazonas por 15 dias. Isso foi mais uma medida preventiva para combater a disseminação do novo coronavírus.
Só no viva-voz
No entanto, os detentos terão que obedecer a algumas regras. Só será permitida uma ligação telefônica com a duração máxima de cinco minutos. E todas assistidas e no viva-voz.
ORGULHO
Depois da Ambev, no Brasil e da Louis Vuitton, na França, a Natura e a Ypê anunciaram que também vão fabricar álcool em gel para doar durante a quarentena do Coronavírus. A Natura vai suspender temporariamente a produção de maquiagens e perfumes em sete fábricas da Avon e Natura na América Latina, para que elas se dediquem à fabricação de álcool em gel e líquido. 15 toneladas de álcool em gel e 150 mil litros de álcool em solução 70% serão doados integralmente à Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo para serem utilizados em postos de saúde.
VERGONHA
Conhecido pelo estilo agressivo e pela coordenação das redes sociais de Jair Bolsonaro, o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) participou da elaboração do pronunciamento do seu pai sobre o coronavírus feito na noite desta terça-feira (24). Também participaram da elaboração do texto membros do chamado "gabinete do ódio", onde atuam assessores responsáveis pelas redes sociais pessoais de Bolsonaro e ligados ao filho. No texto pronunciamento, o ocupante do Planalto pediu o fim do confinamento em massa e acusou a imprensa de ser responsável por passar à população uma “sensação de pavor” e potencializar o "cenário de histeria".