Com a alta incidência da covid-19 e a baixa oferta de leitos hospitalares de cuidado intensivo, os estados amazônicos podem ver o número de pacientes com problemas respiratórios explodir a partir das próximas semanas, quando começa a temporada do fogo na região. Com o fim do período de chuvas, desmatadores costumam retornam aos locais onde a floresta foi derrubada anteriormente para queimar os restos e, assim, "limpar" o terreno. É aí que nora o perigo. Esta semana, o Instituto de Pesquisa da Amazônia (Ipam) alertou que imensa área desmatada na Amazônia pode virar cinzas nos próximos meses.
Amargo destino
Este deve ser o destino dos 4.509 quilômetros quadrados de Floresta Amazônica – o equivalente a quatro vezes a cidade de Belém, no Pará –, derrubados entre janeiro de 2019 e abril de 2020 e que ainda não foram queimados.
É de tirar o fôlego
A advertência feita pelo pesquisador sênior do Ipam, Paulo Moutinho, é de tirar o fôlego. Segundo ele, se continuar o ritmo intenso de desmatamento nos próximos meses, haverá uma área bem maior pra queimar.
Rastilho de pólvora
Tomara que não, mas é provável que isso aconteça porque nesse período é quando geralmente há aumento de queimadas, porque fica mais seco e mais fácil de entrar na mata com o trator.
— Pode chegar a 9 mil quilômetros quadrados, uma área nunca vista antes para queimar –, avisa o cientista.
Tem dinheiro...
Uma proposta apresentada pelo senador Plínio Valério (PSDB-AM) impede as instituições financeiras, públicas ou privadas, de estabelecer limites para que seus clientes usem recursos próprios depositados em conta corrente para fazer pagamentos ou quitação de débitos.
...dá pra pagar!
Se o correntista tiver dinheiro na conta, ele não poderá ser impedido pelo banco de usar os recursos para fazer seus pagamentos. Plínio Valério considera a imposição de limites uma arbitrariedade das instituições bancárias.
O povo quer saber
Quando deverá ser anunciado o nome do novo superintendente da Suframa?
Quatro dias depois que o Diário Oficial da União (DOU) publicar a exoneração do coronel Alfredo Menezes, a cadeira de superintendente continua vazia.
Sangue gay
Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) ignorou decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e continuou orientando para que homossexuais não possam doar sangue.
De acordo com informações de reportagem do jornal Estado de São Paulo, mesmo com a decisão da Suprema Corte de permitir a doação de sangue, hemocentros de todo o país ainda rejeitam.
Inconstitucional
Em maio, a Corte decidiu que normas do Ministério da Saúde e da Anvisa que limitam a doação de sangue por homens que fizeram sexo com outros homens são inconstitucionais.
LGBT vai à luta
Entidades LGBT+ protocolaram reclamações no Supremo alegando que a agência, mesmo após a decisão do tribunal, expediu ofício orientando hemocentros de todo o Brasil a não aceitar esse tipo de doação.
Risco sanitário
A Anvisa, por sua vez, negou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que esteja descumprindo a decisão da Corte de acabar com as restrições à doação de sangue por homens gays.
Segundo a agência, é preciso ponderar quais outras soluções sanitárias podem ser adotadas, porque "o não estabelecimento de outras medidas mitigatórias imediatas, pode gerar relevante prejuízo sanitário”.
Yes, nós temos abacaxi
O abacaxi produzido em Novo Remanso, distrito de Itacoatiara (distante 176 quilômetros de Manaus), recebeu o selo de Indicação Geográfica (IG), na categoria Indicação de Procedência (IP), do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi).
Alô doçura!
O reconhecimento foi publicado na “Revista da Propriedade Industrial” do Inpi, número 2.579, desta terça-feira (09/06). O abacaxi do Novo Remando é diferenciado pela doçura e baixa acidez do fruto.
Novo Remanso
Em 2019, o Amazonas produziu 94,3 milhões de abacaxis, segundo dados do Relatório de Atividades Trimestrais do Idam.
Desta produção total, o distrito de Novo Remanso, considerado o maior produtor de abacaxi do estado, foi responsável por 68,9 milhões de unidades, cerca de 73%.
ÚLTIMA HORA
"O TCU deve desculpas à Dilma", afirma Nelson Barbosa, professor da FGV e da UnB, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento (2015-2016), em artigo publicado na Folha de S. Paulo desta quinta-feira (11). Ele destaca que o tribunal decidiu fazer apenas uma ressalva às contas de 2019, mudando radicalmente de postura em relação ao que fez durante o governo Dilma Rousseff.
O TCU fez uma “ressalva” às contas do primeiro ano de governo Bolsonaro. Segundo informações da imprensa, em 2019, houve pagamento de R$ 1,5 bilhão em benefícios previdenciários sem respaldo na Lei Orçamentária". Barbosa observa que a realização de despesa sem previsão orçamentária viola a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), “mas o TCU decidiu fazer apenas uma ressalva às contas de 2019, mudando radicalmente de postura em relação ao que fez durante o governo Dilma Rousseff".
ORGULHO
Michael Jordan, a lenda do basquete dos EUA, anunciou uma doação de US $ 100 milhões – quase R$ 500 milhões – para organizações dedicadas a garantir igualdade racial, justiça social e maior acesso à educação. “Através do nosso programa Jordan Wings, nos concentramos em fornecer acesso à educação, orientação e oportunidade para jovens pretos que enfrentam obstáculos do racismo sistêmico … mas sabemos que podemos fazer mais”, disse o comunicado divulgado na semana passada.
VERGONHA
Se não houver nenhuma mudança significativa no avanço da pandemia no país, o Brasil pode superar os Estados Unidos em número de mortes de covid-19 no dia 29 de julho, aponta a projeção de um dos principais modelos matemáticos usados pela Casa Branca para definir suas estratégias. Nesse dia, o Brasil teria 137,5 mil mortos e os EUA, 137 mil. Para tal, o número atual de mortes precisaria quase quadruplicar nos próximos 50 dias. Um avanço com uma magnitude dessas ocorreu nos últimos 30 dias: havia 10 mil mortes registradas em 9 de maio e 38 mil em 9 de junho.