O quebra-quebra ocorrido no final da manifestação “Fora Bolsonaro” tem um nome e endereço: black blocs, os mesmo que promoviam o badernaço durante as manifestações populares ocorridas desde o golpe contra o mandato da presidenta de Dilma Rousseff (PT) em 2016. Por onde eles andaram nesses cinco anos depois de ajudarem a derrubar o governo do PT para facilitar a eleição do capitão Bolsonaro, que se elegeu com a cumplicidade do “golpista” Michel temer. As ações de vandalismo obedece ao mesmo roteiro: o final do grande ato pacífico realizado em São Paulo, como parte das manifestações realizadas em várias capitais e cidades do país pelo #ForaBolsonaro, um grupo de black blocs voltou a agir com ações de provocação e de depredação de agências bancárias no centro da capital paulista. A suspeita é de que se tratam de ativistas de extrema direita infiltradas na manifestação para criar um clima de desordem e de vandalismo para desvirtuar os verdadeiros objetivos dos atos de protesto que são repudiar o genocídio, a corrupção e pedir o impeachment do presidente Jair Bolsonaro.
O pano de fundo não é outro senão culpar o movimento #ForaBolsonaro pelos atos de violência e, com isso, acusar a esquerda de radicalizar e querer tomar o poder pela força.
Luzes, câmera, ação!
Se pararmos para rever as cenas de sábado passado, dá para pensar que estamos assistindo a um vídeo tape de cinco anos atrás.
Já à noitinha, quase no final da manifestação, homens vestidos de preto e encobrindo o rosto começam uma ação de quebradeira de vidraças de bancos, concessionárias de veículos, vitrines de lojas e a queima de sacos de lixo.
Seguindo o roteiro, surge a tropa de choque e a pancadaria se generaliza, dispersando os manifestantes e a população ao redor.
“Culpa” da esquerda
Quando estas cenas forem retransmitidas no telejornal, à noite, com certeza vamos ouvir um comentário de um bolsominion indignado (e preocupado) com o “Fora Bolsonaro”:
— Essa “esquerda” não tem jeito...”
Alvo do Planalto
O Palácio do Planalto vem torpedeando de todas as formas o presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM). A última foi plantar que Aziz passou a ter uma postura mais agressiva contra o governo na CPI da Covid depois que Jair Bolsonaro lhe negou uma indicação no Amazonas.
Causa e efeito
Bolsonaro nomeou em 1º de junho o advogado Kon Tshi Wang para uma vaga de juiz no TRE local. Wang era apoiado por Coronel Menezes, bolsonarista derrotado na eleição para prefeito de Manaus no ano passado.
— Foi aí que o Bolsonaro perdeu o Omar –, disse um ministro.
Defenda-se, presidente!
Por sua vez, Omar questiona porque o presidente não se defende das acusações do deputado Luís Miranda, aos invés “de se voltar contra a CPI".
O senador avalia que, em relação à acusação feita por Miranda – que afirma ter avisado Bolsonaro sobre possíveis irregularidades no contrato –, o presidente se calou.
— O presidente em momento algum adjetivou o deputado. Ao contrário, ele acusa a CPI. Ele se volta contra a CPI, tentando desqualificar a comissão. A população está percebendo isso –, cutuca Aziz.
Pagou pra ver
Omar observa que se ele estivesse sendo acusado de um negócio que alguém me falou, e eu não tomei previdência, eu ia dizer: "Este deputado Luis Miranda está mentindo".
— Ele não fez nada disso, porque o deputado Luis Miranda ainda pagou para ver. Sabe de que forma? "Fala que eu tô mentindo, que eu te provo o contrário" – acrescentou.
De que lado ele está?
O senador Eduardo Braga (MDB-AM) andou postando mensagem nas redes garantindo que é independente. Mas só se refere à CPI. E ao outro lado, nada?
— De que lado estou? Do lado que salva vidas e garante comida no prato. Sou independente na CPI da Pandemia! – disse o senador.
Poupando o governo
Eduardo saltou fora do G7– formado pelos senadores de oposição –,e concentrou seu foco contra o governador Wilson Lima. Mas nem de longe Braga toca no nome do presidente Bolsonaro, confirmando o que disseram os dirigente da CPI, que ele sempre esteve ao lado do ex-capitão.
— Não podemos perder o foco da investigação para chegarmos aos fatos e culpados pelo caos na saúde –, escreveu.
Democracia sim...
“Política se faz com o cérebro e o objetivo é aglutinar e pacificar. Não se faz política com os cascos nem com o baixo sentimento do ódio. Democracia sim, fascismo não!”.
A advertência foi feita pelo presidente do PSDB no Amazonas, Arthur Virgílio, condenar os atos de agressões ocorridos na manifestação “Fora Bolsonaro”, no sábado, 03/07, em São Paulo;
...fascismo não!
Arthur, que é pré-candidato às prévias do PSDB para presidência da República, qualificou o quebra-quebra como tentativa de reinserir a violência na política.
— Em toda a história do país, com exceção do período da ditadura, as manifestações populares são livres.
Por um país melhor
O tucano do Amazonas reforça que está na hora de juntar forças, buscar convergências para garantir um futuro melhor para o país;
Para ele as agressões só colocam em xeque a democracia brasileira e aponta, cada vez mais, para o enfraquecimento das liberdades coletivas e individuais.
— Nossa luta não deve ser por bandeiras partidárias, devemos lutar pelo que nos une: o desejo por um país melhor. É preciso deixar diferenças de lado e convergir em ideais, sempre com respeito ao próximo –, afirma.
TCU livra Saúde
O Tribunal de Contas da União (TCU) considerou improcedente a suspeita de irregularidade na contratação de empresa para prestação de serviços de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) aérea em meio à pandemia de Covid-19, pela Secretaria de Estado de Saúde.
— Não se verificou no procedimento adotado pela Susam a intenção de burlar a legislação ou favorecer a empresa que veio a ser contratada. Deve-se considerar, ainda, o contexto de emergência em saúde pública que exigia medidas urgentes por parte do órgão contratante –, diz trecho do acórdão do TCU.
Processo arquivado
A representação era sobre sobrepreço e direcionamento na contratação da empresa Manaus AeroTaxi, para o transporte de pacientes graves do interior, onde não há UTI, para a capital, Manaus.
A representação foi aberta por órgão técnico do TCU, em setembro de 2020, sendo arquivada em abril deste ano pelo próprio órgão.
Alerta aeroporto
A operação de testagens para detecção de Covid-19 no aeroporto Internacional Eduardo Gomes e no Porto de Manaus já realizou 2.876 exames para identificação de casos de Covid-19.
Destes, 1.875 em passageiros desembarcados de voos que chegaram à capital por via aérea e 1.001 testes em passageiros que chegaram por via fluvial.
Testaram positivo
Nesta atualização do balanço, divulgada na sexta-feira, 2 de julho, houve a detecção de três novos resultados positivos no Aeroporto Eduardo Gomes, totalizando cinco casos, ou 0,27% dos testes no local.
Com a detecção desses três casos, subiu para cinco os passageiros confirmados com a infecção durante a operação de testagens.
ÚLTIMA HORA
O “Watergate” do presidente Jair Bolsonaro
Áudios obtidos com exclusividade pelo Uol apontam o envolvimento direto de Jair Bolsonaro com o esquema de rachadinhas (desvio de salários), durante o período em que foi deputado federal. Em uma das gravações, a fisiculturista Andrea Siqueira Valle, ex-cunhada do presidente, revela detalhes do esquema. As informações são da colunista Juliana Dal Piva, do Uol.
Em um dos áudios, Andrea conta que o irmão André Siqueira Valle foi demitido do gabinete de Bolsonaro por se recusar a devolver a maior parte do salário como assessor.
— O André deu muito problema porque ele nunca devolveu o dinheiro certo que tinha que ser devolvido, entendeu? Tinha que devolver R$ 6.000, ele devolvia R$ 2.000, R$ 3.000. Foi um tempão assim até que o Jair pegou e falou: ‘ ‘Chega. Pode tirar ele porque ele nunca me devolve o dinheiro certo –, afirmou a ex-cunhada do presidente.
ORGULHO
Wally Funk, de 82 anos, foi selecionada pelo bilionário da Amazon, Jeff Bezos, para ir ao espaço.
O anúncio foi feito no último dia 1º pela empresa de Bezos, a Blue Origin, responsável pelo voo tripulado inaugural da nave suborbital New Shepard, previsto para lançamento em 20 de julho. Wally Funk vai ocupar o quarto lugar na New Shepard juntamente com o fundador Bezos, o irmão dele, Mark Bezos, e o vencedor de um leilão que pagou 28 milhões de dólares pela oportunidade – que ainda se mantém no anonimato.
VERGONHA
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), age com ilegalidade ao não examinar os pedidos de impeachment já protocolados, afirmou Mauro Menezes, membro da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia e coordenador da redação do “super pedido”. Para o jurista, Lira comete “abuso de poder” ao tratar com “inércia” pedidos que enumeram elementos suficientes para serem examinados. Na sexta-feira 2, Menezes entrou no Supremo Tribunal Federal, em ação do PT, para que os magistrados obriguem o presidente da Câmara a analisar o texto no prazo de 72 horas.
“É possível dizer que ele está agindo ilegalmente, com abuso de poder”, declarou Menezes à CartaCapital.