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Dito & Feito - NEM TRIBUNAL MILITAR POUPA BOLSONARO

Nova presidente do STM diz que Marinha, Exército e Aeronáutica tiveram a credibilidade prejudicada por um chefe de estado que se perdeu na condução do governo

Charge de Mario Adolfo.


Se o Jair Bolsonaro pensava que a justiça militar viria em seu socorro para evitar a cadeia, anistiá-lo e torna-lo elegível, pode tirar o cavalinho da chuva. Eleita presidente do Superior Tribunal Militar (STM), a ministra Maria Elizabeth Rocha criticou, na noite de sexta-feira, a passagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo Planalto, ao afirmar que as Forças Armadas "foram usadas" pelo ex-mandatário.

Na avaliação da magistrada, a movimentação, que ocorreu pois o antigo Chefe do Executivo não tinha uma base parlamentar de apoio que pudesse indicar para os cargos de alto escalão, comprometeu a credibilidade da instituição.

— Por ter vindo da caserna, as pessoas de sua confiança eram os militares – para além daquele velho pensamento de que os militares seriam os moderadores do Estado, quando a lógica deveria ser inversa: o poder civil é que deve comandar o militar — disse à CNN a  ministra, que toma posse no próximo dia 12.

Credibilidade solapada...

Durante a entrevista, a ministra ponderou que, embora Bolsonaro tenha “se valido” das Forças Armadas – e alguns militares de fato “se beneficiaram, e muito” do protagonismo ganhado no governo do ex-presidente –, a imagem da instituição Nacional saiu prejudicada.

...por um presidente perdido!

— A Marinha, o Exército e a Aeronáutica acabaram sendo extremamente prejudicados e tiveram a sua credibilidade solapada por causa de um chefe de Estado que se perdeu na condução do governo — disse Maria.

Carnaval sem Zeca

A grande ausência do Carnaval de 2025 no Sambódromo de São Paulo é a de Zeca Pagodinho, figura consagrada do camarote Bar Brahma, onde era presença garantida há quase uma década.

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Este ano ele optou por descansar, mesmo recebendo cerca de R$

400 mil por apresentação nesta época do Carnaval, segundo a coluna de Monica Bergamo na Folha de S. Paulo.

Já foi o tempo

O cantor, que sempre foi um dos destaques da programação do Bar Brahma, explicou aos organizadores que o compromisso de começar seu show perto da meia-noite e seguir madrugada adentro estava se tornando uma tarefa cansativa.

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No ano passado, Zeca já tinha dito que estava chegando ao seu limite.

– Me cansa. Já foi o tempo. Passou –, disse o sambista.

Felicidade em Xerém

Pagodinho disse mais:

—  Felicidade para mim é poder estar em casa, com os filhos, com os netos, poder estar com os meus amigos, em Xerém [na Baixada Fluminense]", dizia.

Outra “ausência”

Além de Zeca, a outra grade ausência do carnaval será a exagerada quantidade de maconha que seria distribuída durante a folia.

Isto porque o Exército apreendeu uma tonelada de maconha tipo skunk na madrugada desta quinta-feira, 27, em uma embarcação no Rio Içá, no Amazonas.

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A carga de marijuana, avaliada em R$ 20 milhões,

foi apreendida próximo à fronteira com a Colômbia.

Operação Escudo

A apreensão aconteceu no contexto da Operação Escudo, deflagrada para reforçar a segurança na região, sobretudo das comunidades indígenas, e combater crimes ambientais e outros ilícitos na faixa de fronteira, como o tráfico de drogas e armas.

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O trabalho é desenvolvido em parceria com o Exército da Colômbia. Há um esforço conjunto para fazer frente aos narcotraficantes que operam na região e, com isso, impedir a circulação de drogas entre os países.

A indignação de Zeca Torres

Zeca Torres: protesto contra a falta de cidadania

O compositor Zeca Torres  não escondeu a sua indignação diante de uma situação constrangedora vivida na semana passada no estacionamento do Manauara Shopping.

Ao tentar estacionar em uma vaga reservada para pessoas com mais de 60 anos, colocou sua credencial de idoso sobre o painel e, ao sair observou uma cena que tem se tornado comum.

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Na vaga em frente, também exclusiva para idosos, um carro estacionou e dele saíram dois homens e uma mulher, os três aparentemente na faixa dos 40 a 45 anos, no máximo.

Ao entrar no entro comercial, Torrinho se dirigiu a um deles, o motorista, e educadamente observou:

—  Moço, você não deve ter percebido, mas estacionou em uma vaga para pessoas idosas, com mais de 60 anos.

Baixaria

Foi o gatilho para o artista, que também é jornalista, ser alvo de uma profusão de impropérios do tipo "Vá a merda", "Vá cuidar da sua vida!" e afins.

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Zeca Torres disse que o curioso é que, em meio aos xingamentos, um deles perguntou com autoridade:

— Por acaso o senhor é fiscal do IMMU?

Pra que serve a tal lei?

Diante do nível de meus interlocutores, o músico tomou a decisão de não alimentar qualquer diálogo, “pois seria inútil e desgastante”.

— Me calei, virei as costas e segui meu caminho pensando em qual seria a utilidade de uma lei que é descumprida em todos os lugares, diariamente, sem qualquer repressão –, lamentou.

Não leio e nem vejo

O ex-presidente Jair Bolsonaro admitiu que é mesmo limitado e odeia cultura, ao dizer que não gosta de livros e nem de filmes.

Ao ser perguntado se assistiu ao Filme ‘Ainda Estou Aqui” e se  torce pelo Brasil na premiação do Oscar, o imbrochável minimizou o assunto e declarou:

— Eu não tenho tempo de ver filme, até ler livro é quase impossível pra mim.

Irritado com Fernandinha

O imbrochável e se irritou com a com a declarações de Fernanda Torres sobre seu governo.

A atriz teria afirmado que não seria possível produzir o filme na gestão do ex-presidente, o que gerou uma resposta ríspida:

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— A mensagem ali é política. Ela falou que no meu governo não seria possível fazer aquele filme. Não seria por quê? Eu proibi algum filme no meu governo? Eu arrumei a Lei Rouanet, se bem que não tem Lei Rouanet nesse filme. Eu não persegui ninguém. Meu governo não perseguiu ninguém –, afirmou.

Acabou com a Ancine

Mas que cara de pau, hein?

Então, o  imbrochável não fez nada contra o cinema nacional?  Além de atacar e xingar artistas,  ele acabou com a Ancine (Agência Nacional do Cinema), decretando em 2019, ele decretou em seu governo um corte de quase 43% do orçamento do FSA (Fundo Setorial do Audiovisual), um total  R$ 415,3 milhões.

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Vinculada ao Ministério da Cidadania, a Ancine é uma agência reguladora que tem como atribuições o fomento, a regulação e a fiscalização do mercado do cinema e do audiovisual no Brasil.

Manifestação contra a censura do filme Marighella, de Wagner Moura, no governo Bolsonaro

Ódio ao cinema

Aliás, em 2019, ele já havia ameaçado.

Disse que se  o governo não pudesse impor algum filtro (censura) nas produções audiovisuais brasileiras, por meio da Ancine, ele extinguirá a agência.

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— Vai ter um filtro sim. Já que é um órgão federal, se não puder ter filtro, nós extinguiremos a Ancine. Privatizaremos, passarei ou extinguiremos –, afirmou o presidente.

Marighella censurado

Não foi só isso. Em novembro de 2021, o movimento Levante Popular da Juventude realizou, um escracho contra o governo de Jair Bolsonaro pela censura ao filme Marighella no Brasil e pelo desmonte da Agência Nacional do Cinema (Ancine), no Rio de Janeiro.

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O filme dirigido por Wagner Moura levou dois anos de espera,  para estrear oficialmente nos cinemas.

Para o diretor, a demora pela estreia nos cinemas brasileiros foi um episódio de censura e de pressão da gestão da Ancine no governo Bolsonaro.

ÚLTIMA HORA

Walter Salles sobre Oscar – "A gente vai com o coração aberto da mesma forma com que a gente fez o filme. Se vier, veio"

É hoje: A esperança de Oscar une o Brasil

Protagonista de "Ainda Estou Aqui", indicada ao Oscar de melhor  atriz, Fernanda Torres participou de um debate na  Academy Museum, o Museu da Academia de Cinema, em Los Angeles, nessa sexta-feira à noite (28). Fernanda estava na plateia e ficou apenas no início do debate, quando o diretor, do palco, informou o público da presença ilustre. Aplaudida de pé, a atriz se levantou para agradecer.

Em conversa com a Folha antes do evento, Salles comentou que estava "tocado" com a trajetória da atriz, que abraçou e decolou com a estratégia de divulgação do filme na temporada de prêmios de Hollywood.  Ainda Estou Aqui" compete nas categorias de melhor filme, melhor atriz  e filme internacional.

— A  gente vai com o coração aberto da mesma forma com que a gente fez o filme. Se vier, veio", disse Salles, sobre o Oscar no domingo. "Se não vier, a viagem foi linda, muito bonita, dessas que a gente não esquecerá nunca."

ORGULHO

Bell Marques: comprou cerveja por R$ 100 mil para ajudar ambulantes que perderam tudo

O cantor Bell Marques parou o desfile do seu trio nesta sexta-feira 28, no Circuito Barra-Ondina, em Salvador. O motivo foi dois ambulantes que tiveram as caixas de isopor, em que vendiam cervejas, quebradas.

Ao ver a situação dos ambulantes que estavam desesperados, Bell perguntou quanto de bebida eles tinham perdido e prometeu transferir R$ 3 mil para eles.

— Vocês vão na porta do trio, que a gente vai dar R$ 3 mil para menina e R$ 200 para o rapaz porque mulher tem que receber mais –, brincou.

Mas logo em  seguida anunciou:

— Você vai receber R$ 3 mil e a menina também!

Como algumas cervejas sobraram, Bell pediu para que eles dessem o restante para quem estava trabalhando em seu bloco.

VERGONHA

Cláudia Leite: vaiada por tirar nome de Iemanjá da letra de música

Claudia Leitte foi vaiada por foliões na abertura do carnaval de Salvador (BA), nesta quinta-feira, 27, no circuito Campo Grande. A cantora foi alvo de denúncias de racismo religioso por ter trocado o nome de um orixá em uma música. As vaias foram ouvidas assim que Claudia foi chamada por Carlinhos Brown. Claudia foi criticada após mudar um verso de Caranguejo desde que se tornou evangélica.  A cantora optou por passar a cantar o trecho “Eu canto ao meu Rei Yeshua” ao invés da letra original, “Saudando a rainha Iemanjá”.

OUTRAS PALAVRAS

“A ESPERANÇA TEM DUAS FILHAS LINDAS, A INDIGNAÇÃO E A CORAGEM; A INDIGNAÇÃO NOS ENSINA A NÃO ACEITAR AS COISAS COMO ESTÃO; A CORAGEM, A MUDÁ-LAS.” (Ari Barroso)
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