O presidente e o relator da CPI da Covid, senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL), reagiram nesta segunda-feira (25) ao pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo arquivamento de sete investigações iniciadas a partir dos trabalhos da comissão. Segundo eles, o Ministério Público escolheu “defender” ou “blindar” Jair Bolsonaro ao não dar prosseguimento às ações.
O pedido foi feito pela vice-procuradora-geral da República, Lindôra Maria Araújo. A número 2 do órgão solicitou que o Supremo Tribunal Federal (STF) arquive cinco investigações contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentadas pelas investigações do Congresso Nacional.
— O pedido de arquivamento das investigações abertas a partir do que levantamos na CPI da Covid é um desrespeito à memória e às famílias das mais de 670 mil vítimas da pandemia.
Luta pela vida
Omar sempre disse que a “ CPI não buscava vingança”.
— Sei que o trabalho da comissão produziu resultados importantes. Garantimos vacinas nos braços dos brasileiros, lutamos pela vida e investigamos com muita seriedade absurdos cometidos pelo Chefe do Executivo, ministros e assessores –, registrou o amazonense.
Negacionismo
Parte das apurações tinha como alvo o presidente e mirava em suspeitas de crimes, como emprego irregular de verbas para comprar remédios ineficazes no combate ao coronavírus e charlatanismo, por fazer defesa de tratamento sem comprovação científica.
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— Fizemos isso tudo num trabalho que se desenvolveu sob o olhar atento de milhões de cidadãos. A PGR precisa prestar satisfações à população. Esta decisão é uma vergonha para a instituição –, continuou.
Aras é cúmplice
O vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), classificou a conduta da PGR como “um insulto às quase 700 mil vítimas da Covid-19 no País”. E emendou:
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— Augusto Aras, com este ato, se torna cúmplice dos crimes cometidos e rebaixa a PGR à condição de cabo eleitoral de Bolsonaro. Não aceitaremos e recorreremos, por todos os meios, desta decisão –, prometeu o senador.
Não surpreende ninguém
O senador por Alagoas, Renan Calheiros (MDB), utilizou as redes sociais para criticar o pedido de engavetamento, por parte da Procuradoria-Geral da República (PGR), de acusações contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), feitas durante a pandemia.
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— Depois de ilusionismos jurídicos por quase 1 ano, a PGR sugere engavetar as graves acusações contra Bolsonaro durante a pandemia. A blindagem, às vésperas da eleição, não surpreende ninguém –, escreveu o parlamentar alagoano.
Lula sobe
Pesquisa do Instituto FSB, contratada pelo banco BTG Pactual e divulgada nesta segunda-feira, 25, aponta o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente na corrida presidencial, com 44% das intenções de voto em um cenário testado com 12 nomes na pesquisa estimulada —quando os entrevistados recebem uma lista prévia dos pré-candidatos.
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Na comparação com a sondagem realizada há duas semanas, o petista subiu três pontos percentuais.
Bolsonaro cai
O presidente Jair Bolsonaro (PL) segue em segundo lugar, com 31%. Ele oscilou um ponto para baixo dentro da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
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Com o resultado, a distância entre Lula e Bolsonaro foi de 9 para 13 pontos percentuais.
Não decola
O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) ficou em terceiro, se mantendo com 9% das intenções de voto.
Queda livre
A senadora Simone Tebet (MDB) oscilou dois pontos para baixo, de 4% para 2%.
“Bolsonaro é desonesto”
O ex-ministro da Educação da atual gestão federal, Abraham Weintraub, que até pouco tempo era o “queridinho de Bolsonaro”, voltou a criticar o presidente, a quem classificou como uma pessoa “desonesta” e que Centrão fez o titular do Palácio do Planalto “soltar a franga”.
“Se aliou aos porcos”
Durante uma live transmitida pelas redes sociais no último domingo, o provável candidato ao governo de São Paulo afirmou categoricamente que o titular do Palácio do Planalto “mentiu” para o povo e se aliou “aos porcos”.
Está mentindo
Weintraub disse que não acredito mais na honestidade do presidente Bolsonaro.
— Antes, eu diria o seguinte: ‘Olha, está sendo bobo, ele está sendo usado, ele não está vendo’. [Agora] eu acho que ele é uma pessoa desonesta. Eu acho que o presidente Bolsonaro mentiu para a gente, está mentindo e ele vai continuar mentindo. E vou falar aqui com todas as palavras: eu acho que o presidente Bolsonaro é uma pessoa desonesta.
Pegou pesado
A Prefeitura de Manaus repudia veementemente a atitude tomada pelo fiscal do município que agiu de forma desproporcional com um vendedor ambulante no último domingo, 24/7, na Ponta Negra.
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A nota reconhece que ele ignorou os preceitos básicos de urbanidade, civilidade e responsabilidade social.
Vai apurar
Através do Implurb, a Prefeitura informa que abrirá Procedimento Administrativo (PAD) para apurar a conduta do servidor envolvido no caso.
Mas adverte que o vendedor ambulante, em questão, “já havia sido notificado três vezes por estar trabalhando de forma irregular”.
Pascarelli no Pará
O desembargador Flávio Pascarelli, participou nesta segunda-feira (25/07), em Belém (PA), do Inova Norte – Inovação no Poder Judiciário da Região Norte.
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O evento promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) tem por objetivo “disseminar a cultura da inovação e das boas práticas”.
Ria ou chore
Jair Bolsonaro em abril de 2017:
— Eu tenho 5 filhos. Foram 4 homens, a quinta eu dei uma fraquejada e veio uma mulher.
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Michelle Bolsonaro, em julho de 2022, no lançamento da campanha do marido presidente:
— Falam que ele não gosta de mulheres, mas ele é o presidente da história que mais sancionou leis de proteção das mulheres. Ele sancionou 70 leis.
ÚLTIMA HORA
PESQUISA IPESPE – 59% desaprovam governo Bolsonaro, e 49% avaliam como 'ruim/péssimo'
Pesquisa Ipespe contratada pela XP Investimentos e divulgada hoje aponta que o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) é desaprovado por 59% da população. No total, 36% dos entrevistados responderam que aprovam o governo Bolsonaro, e 5% não sabem ou não responderam. Em outra questão, 49% das pessoas consideram o governo "ruim ou péssimo", 32% avaliam como "ótimo ou bom" e 18% consideram "regular". Apenas 1% não sabe ou preferiu não opinar.
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A desaprovação da gestão Bolsonaro ocorre a despeito da aprovação da PEC dos Auxílios, no dia 14 de julho, que definiu uma série de medidas consideradas populares, como o aumento no valor do Auxílio Brasil e do Auxílio Gás, válidos até o final deste ano. Cabe ressaltar que os benefícios incluídos na lei só começarão a ser pagos em agosto.
ORGULHO
Saiu esta semana o ranking dos 50 Melhores Restaurantes do Mundo, o The World’s 50 Best Restaurants. E para a alegria dos brasileiros dois restaurantes do paytopi estão na lista. A Casa do Porco, um restaurante de São Paulo, aparece em sétimo lugar na lista de 2022 do ranking dos melhores do mundo. Ele foi o 17º colocado no ano passado e agora subiu dez posições. Os chefs Jefferson e Janaína Rueda comandam o restaurante no Centro e levam para a mesa pratos como a pancetta com goiabada e a terrine de joelho. Outro brasileiro na lista dos 50 melhores do mundo é o Oteque, também já premiado outras vezes. Ele é do chef paranaense Alberto Landgraf e fica em Botafogo, no Rio de Janeiro.
VERGONHA
Após Nelson Piquet usar o termo “neguinho” para se referir ao heptacampeão da Fórmula 1, Lewis Hamilton, um projeto de lei que tramita na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) quer tirar o nome do ex-piloto do autódromo Internacional Nelson Piquet. A PL é de autoria do deputado distrital Fabio Félix (Psol) e menciona trechos de uma entrevista do ex-piloto, em 2021. Na gravação, é possível ouvir Piquet chamando o heptacampeão de “neguinho”, ao comentar um acidente envolvendo o inglês e o atual campeão Max Verstappen — casado com a filha do ex-piloto — durante o Grande Prêmio de Silverstone, na Inglaterra.
— O 'neguinho' meteu o carro e não deixou (Verstappen desviar). O ‘neguinho’ deixou o carro porque não tinha como passar dois carros naquela curva. Ele fez de sacanagem. A sorte dele foi que só o outro se f**eu. Fez uma p**a sacanagem –, criticou Piquet, em entrevista ao jornalista Ricardo Oliveira.