Dizem que política é uma herança de pai pra filho. Nem que esse pai não seja biológico. No Amazonas, ao longo da história, muito políticos iniciantes foram adotados por “pais políticos” e se deram bem, fazendo uma carreira de sucesso no parlamento. No Dia dos Pais, neste 11 de Agosto, nada mais justo do que lembrar quem foi “pai político” e quem foi adotado por eles. Por exemplo, o lendário Gilberto Mestrinho teve um pai político, o governador Plínio o Coelho, que nos anos 1950 o lançou à prefeitura aos 30 anos. Gilberto cresceu e, ao retornar do exílio em 1982, adotou como filho político nada menos que Amazonino Mendes, que aprendeu e seguiu toda as lições do pai e acabou sendo tetra governador e tri-prefeito. O boto adotou também um segundo filhote, Manoel Ribeiro, que virou prefeito.
Depois de fazer seu nome, foi a vez de Mazoca virar “pai” e adotar como como “filhotes políticos” Eduardo Braga (MDB), que virou governador e Omar Aziz (PSD), idem.
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Os principiantes Omar e Eduardo um dia viraram “pai político” de Alfredo Nascimento (PL) – que traiu seus “pais” – e José Mello (sem partido) –, que também acabou comprometendo o nome dos pais adotivos.
Filhotes de Arthur
Já o ex-prefeito Arthur Virgílio (PSDB), em sua bem sucedida trajetória política, também tentou criar alguns “filhos políticos” – Félix Valois, Hissa Abrahão e Marcos Rotta.
Mas todos desobedeceram ao “ velho” e acabaram deserdados.
Novos pais, novos filhos
Nas eleições municipais de 2024, a história se repete e temos alguns filhos de “pais políticos”.
Senão vejamos: Marcelo Ramos (PT) é “filho político” do presidente Lula (PT) – depois que o deputado Sinésio Campos (PT) foi deserdado; Roberto Cidade (UB) é filho político do governador Wilson Lima (UB) e Alberto Neto é filhote do imbrochável Jair Bolsonaro (PL).
Frutos do debate
Candidato à prefeitura pela coligação “Manaus mais forte”, que reúne sete partidos no arco de aliança – PT, PCdoB, PV, PDT, Psol, Rede e Solidariedade –, Marcelo Ramos (PT) foi apontado por internautas como o “mais bem preparado” no debate da Band Amazonas.
Ouçam o que tenho a dizer
Por meio das redes sociais, o petista Marcelo agradeceu o carinho recebido depois da participação no debate e disse que é apenas o início da campanha.
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“Tenho recebido muitas mensagens carinhosas elogiando minha participação no debate. Hoje me sinto uma pessoa mais madura e mais preparada. Manaus é minha missão de vida. Peço que ouçam o que tenho a dizer. Agradeço a todos pelas mensagens e vamos em frente", escreveu no X.
Quiproquó do fone
A jornalista Paula Litaiff acusou o candidato a prefeito de Manaus, Amom Mandel de usar fone de ouvidos durante o debate da Band.
Ruído no ouvido
Amom explicou que que autistas usam o aparelho para “diminuir possíveis incômodos sensoriais causados por ruídos inconvenientes”.
Jornalista cutuca
Paula retrucou de forma mais incisiva:
— A pergunta é: por que Amom mão usa fone de ouvidos na tribuna e reuniões políticas?
Capacitista
Amom acusou chamou a jornalista de “capacitista” (preconceito contra pessoas com deficiência).
Em seguida publicou uma série de vídeos de sua movimentação na Câmara dos Deputados. Todas usando fone de ouvido.
Bola quadrada
O futuro relator da regulamentação da reforma tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), descarta entregar um relatório sobre o tema em até 45 dias.
Bola quadrada 2
Braga não quer tocar o texto com açodamento e, nos bastidores, afirma que a “bola está quadrada”.
Na próxima terça-feira (13), ele deve se reunir com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
MP livra atletas
O presidente Lula tomou um decisão acertada e justa. Ele assinou uma MP (medida provisória) que isenta os atletas olímpicos de pagarem Imposto de Renda sobre os prêmios recebidos nos Jogos Olímpicos de Paris.
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A MP, que altera lei de 1988 , foi publicada na edição desta quinta-feira (8) do Diário Oficial da União.
Sai fora, leão!
Os atletas olímpicos do Brasil já eram livres do pagamento de tributos sobre as medalhas trazidas das Olimpíadas de Paris.
Os prêmios em dinheiro, no entanto, estavam sujeitos ao Imposto de Renda.
Heróis olímpicos
É o mínimo que se pode fazer por esses verdadeiros heróis olímpicos.
A maioria vem de família pobre, sobrevivem com o Bolsa Atleta (que foi extinto por Bolsonaro, diga-se e resgatado por Lula) e lutam com dificuldade para defender seu pais na Olimpíada.
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Não seroa justa ainda ter que pagar impostos pelas conquistas no Podium e elevar o nome do Brasil no esporte mundial.
Faz o “L”
Nos últimos 12 meses, a Amazônia Legal teve a menor área desmatada desde 2016, de acordo com dados do sistema Deter-B, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apresentados na tarde desta quarta-feira (7). A queda foi de 46% em relação ao período anterior.
Agora tem governo
Na avaliação de Marcio Astrini, secretário executivo do Observatório do Clima, as ações de fiscalização são o principal fator da contenção do desmatamento. "O governo voltou a fazer operações de campo, a defender a lei, ao contrário do governo anterior", avalia.
Alfinetada
— Eu gosto de trabalhar. Não gosto de jet ski, não gosto de motociata!
Do presidente Lula (PT) ao participou nesta sexta-feira (9) da inauguração do Contorno Viário da Grande Florianópolis, em Santa Catarina, em sua primeira visita ao estado no atual mandato.
ÚLTIMA HORA
É FAKE BOLSONARISTA – Rebeca Andrade não utilizou "música bolsonarista"
Não é verdade que Rebeca Andrade utilizou uma "música bolsonarista" durante sua apresentação na final de solo das Olimpíadas de Paris em 2024. A ginasta performou ao som de uma junção das canções "Baile de Favela", de Mc João, "Movimento da Sanfoninha", de Anitta, e "End of Time", de Beyoncé.
Diferentemente do que diz a publicação, nenhuma dessas músicas está relacionada a ideologias de extrema direita ou bolsonaristas. A autora do vídeo, verificado pelo Comprova, fez a relação política com a apresentação em razão de uma paródia de "Baile de Favela" feita em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e com críticas a políticos de esquerda, ao feminismo e ao filósofo Paulo Freire.
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A versão, de Tales Volpi, conhecido como MC Reaça, foi feita em 2018 e chegou a ser compartilhada em abril do mesmo ano por Flávio Bolsonaro (PL), mas foi removida do YouTube por violar a política contra discurso de ódio na plataforma.
ORGULHO
A atleta francesa Alice Finot, de 33 anos pediu o namorado em casamento após quebrar o recorde europeu feminino de 3.000 m com obstáculos.
Assim que terminou a prova, Alice correu para abraçar o namorado, o triatleta espanhol Bruno Martínez Bargiela, que estava no estádio. A multidão que estava ao redor se chocou quando a atleta se ajoelhou. Em vez de um anel de diamante, a corredora usou um broche olímpico e prendeu o acessório na camisa do agora noivo. Ele disse sim.
Era uma promessa dela, caso se batesse o recorde.
— Eu disse a mim mesma que se eu corresse em menos de nove minutos, sabendo que nove é meu número da sorte e que estamos juntos há noves anos, então eu faria o pedido –, contou ela.
VERGONHA
Duda Salabert (PDT-MG) destruiu o extremista Nikolas Ferreira (PL-MG), apoiador radical de Jair Bolsonaro (PL) que foi derrotado na Justiça em um processo de transfobia quando ambos ainda eram vereadores em Belo Horizonte.
A pedetista entrou com a ação após ter sido chamada reincidentemente pelo pronome masculino por Nikolas, mesmo alertando que ela é uma mulher. Nas redes, Duda Salabert – que ainda não sabe qual destino dará à indenização - ironizou o bolsonarista.
"Nikolas perdeu mais uma! Nikolas foi condenado por ser transfóbico comigo. Entrou com recurso, perdeu. Outro recurso, perdeu mais um recurso, perdeu novamente! Só cabe a ele o recurso de me pagar e chorar", escreveu a deputada. Nikolas mandei no privado meu PIX. Aguardo meus 30 mil –, emendou Duda.
OUTRAS PALAVRAS
“EU ME ARREPENDO DE NÃO TER DADO PARA JUSCELINO KUBITSCHEK E VINÍCIUS DE MORAES” (Tônia Carrero)