O furto de fios de cobre e materiais metálicos tem se tornado uma prática comum no Amazonas, sobretudo em Manaus. Com o intuito de inibir esse tipo de crime, o presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado Roberto Cidade (PV), apresentou um Projeto de Lei (PL) para obrigar empresas que exerçam atividade de reciclagem a manter registro de seus fornecedores. O intuito é comprovar a origem do material adquirido.
De acordo com a propositura, as empresas que realizam atividades de recuperação de materiais metálicos, operações com comércio de ferro velho ou sucatas e comércio de baterias e transformadores usados, deverão realizar um cadastro no ato da compra do material, mediante apresentação de um documento oficial de identidade para pessoa física ou apresentação do registro no CNPJ para Pessoas Jurídicas, além da informação de seu respectivo endereço.
“Infelizmente, a prática de furtar cobre de cabos para venda no mercado clandestino tem se tornado cada vez mais comum em nosso Estado. Os criminosos vendem para ferros velhos por um quarto do que custa no mercado. Esse projeto visa inibir essa prática. O registro do vendedor e do material vendido às empresas recicladoras assegurará que produtos de furto sejam recuperados e os responsáveis sejam penalizados”, disse o parlamentar.
Números
De acordo com a justificativa do Projeto, somente o Complexo Turístico da Ponta Negra teve um total de 590 metros de cabos furtados no ano de 2021, conforme dados da Prefeitura de Manaus. Fator que causa prejuízo às atividades comerciais que operam naquele local.
Dados da Delegacia Especializada de Roubos, Furtos e Defraudações (DERFD) registraram um total de 43 prisões por furtos de cabos telefônicos, nos três primeiros meses de 2021, aumento de 26% em relação ao mesmo período do ano passado.