O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira que irá zerar os impostos federais que incidem sobre combustíveis caso os governadores concordem em zerar o ICMS, que é estadual.
— Eu zero o federal se eles zerarem o ICMS. Está feito o desafio aqui, agora. Eu zero o federal hoje e eles zeram o ICMS. Se topar, eu aceito –, disse Bolsonaro, na saída do Palácio da Alvorada.
O presidente só não explicou como o governo poderia compensar a perda de receita dos estados e a sua própria. A arrecadação do ICMS é hoje fundamental para as contas dos governadores e, considerando o cenário de aperto orçamentário, tal medida seria improvável.
— E eu não tenho uma máquina de dinheiro, quem tem é ele [Bolsonaro] –, retrucou o governador do Distrito Federal, Inbaneis Rocha (MDB).
Mui amigo
De acordo com Bolsonaro, a população "já começou a ver de quem é a responsabilidade" pelo preço alto dos combustíveis.
— Mas não estou brigando com governadores!
Gasolina a R$ 2,68
O deputado Serafim Corrêa (PSB) analisou que com os tributos, o litro da gasolina custa R$ 4,79.
Se zerarmos os tributos estaduais e federais pagaríamos R$ 2,68.
— E se resolvessem reduzir pelo menos a metade desses tributos, que é 22%, a gasolina custaria R$ 3,73 –, disse o líder do PSB.
Buraco sem fundo
Acontece que o governador Wilson Lima já avisou que não está disposto a abrir mão do ICMS.
Afinal, isso representaria uma perda de R$ 2 bilhões pra os cofres do estado.
Chapéu dos outros
Sarafa observa também que a culpa da redução dos preços não chegar às bombas não pode der jogada no colo dos governadores, que não reduzem o ICMS, como o capitão Bolsonaro fez.
— Na verdade, ele quis fazer caridade com o chapéu alheio. Ao meu ver, deve reduzir
Sim, mas com bom senso.
O que dá pra fazer
Na reunião da Confederação Nacional da Indústria (CNI), convocada para discutir a declaração do presidente, o deputado federal Marcelo Ramos (PR-AM) lembrou que 15% do preço ao consumidor é composto por tributos federais (CIDE, PIS e COFINS).
— Se for verdade o desejo do presidente de baixar o preço, ele pode amanhã reduzir as alíquotas desses tributos.
O que não dá
O que não dá, advertiu Ramos, é pra ele (Bolsonaro) empurrar essa renúncia para os estados, que já estão quebrados.
— Afinal, os impostos gerados com os combustíveis representam em torno de 20% da receita dos estados.
Reforma goela abaixo
Um sentimento define o retorno dos senadores aos trabalhos legislativos: insatisfação com o governo em torno da reforma tributária, anunciada como prioridade para 2020.
Vamos conversar
No entanto, líderes do Senado se recusam a ir em frente até que o Executivo diga qual é sua proposta e sente na mesa para negociar.
— Não é tão simples aprovar uma reforma tributária, como se pode pensar a partir do que o presidente Rodrigo Maia disse querer aprovar em três meses –, disse o presidente da Comissão de Assuntos Econômico (CAE), Omar Aziz (PSD-AM).
Falando pra plateia
Ao comentar que a comissão mista ainda não foi instalada e sequer teve os integrantes indicados, senador Eduardo Braga (MDB-AM) advertiu que os líderes só vão indicar os membros do colegiado se houver uma negociação com o governo e uma certeza de qual é a proposta do Executivo.
— Enquanto isso não acontecer, o discurso é para a plateia –, cutucou o líder do MDB.
Efeito dominó
O quiproquó é que setores como o de serviço não querem passar a pagar tributos maiores.
— Reforma tributária é algo que mexe com a sua base, onde você vive, com seu vizinho, com seu eleitor. Isso é uma coisa que precisa ser negociada com quem detém a maior parcela do recurso, a União –, afirma Dudu.
Arthur passo a passo
Depois da cirurgia para prótese total do joelho direito, no fia 31/01, o prefeito Arthur Virgílio (PSDB) já está andando e dobrando o joelho.
É o que garante o último Boletim Médico do Hospital Adventista de Manaus.
Fisioterapia
De acordo com médico Marcos George de Souza Leão, que assina o laudo, o prefeito se encontra no quinto dia pós-operatório e está realizando sessões diárias de fisioterapia.
Segue despachando
Os especialistas informam, ainda, que a evolução do quadro clínico ocorre de forma “excepcional”, sem dor, febre ou outros sintomas.
O Arthur segue despachando normalmente da sua residência e logo retornará às atividades externas.
Comunicação sexual
O publicitário Luiz Galeazzo foi escolhido para comandar a área digital da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom ) do governo de Jair Bolsonaro.
Até ai tudo bem, mas logo após de seu nome ser divulgado, diversos internautas começaram a resgatar alguns conteúdos que havia sido compartilhado pelo próprio Galeazzo.
Comunicação sexual 2
Entre as imagens, o publicitário aparece fazendo sexo com duas mulheres, além de desrespeitar algumas pessoas no Twitter.
— Esse é o Luiz Galeazzo que será o novo secretário de mídias Digitais da Secom. Convidado para trabalhar no Governo”, escreveu o deputado Alexandre Frota no Twitter ao resgatar uma imagem de Galeazzo.
Comunicação sexual 3
Outro que compartilhou publicações desrespeitosas de Galeazzo foi o youtuber Felipe Neto.
Em um compilado de prints, o influenciador digital não poupou o novo integrante do governo de Jair Bolsonaro.
— Este homem acaba de ganhar um cargo na Secretaria de Comunicação Social do Brasil. Aquela que é comandada pelo Wajngarten, alvo de investigação da Polícia Federal por suspeita de corrupção.
EM ALTA
Ex-doméstica Andreia Tavares, ela se formou em Direito estudando em livros recolhidos do lixo. Agora, passou na OAB, fez concurso para a PM e hoje é aspirante a oficial – um tipo um estágio antes de virar tenente – da Polícia Militar de Goiás. Uma vida bem diferente da que levava há 17 nos, quando deixou o Pará com apenas 15 anos de idade, com uma criança de 1 mês no colo e um marido companheiro, que ajudou Andreia a trilhar o caminho do sucesso. José Francisco, que é gari da prefeitura de Goiânia, pegava livros do lixo e levava para Andreia estudar no barraco de lona no qual viviam, sem banheiro, por falta de dinheiro para pagar aluguel.
EM BAIXA
Um grupo formado por deputados e senadores apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (5/2), um pedido de impeachment contra o ministro da Educação, Abraham Weintraub. Os parlamentares pedem a destituição do chefe da pasta por ele ter cometido crime de responsabilidade ao violar uma série de princípios constitucionais que regem a administração pública. Além disso, os congressistas acusam Weintraub de quebra de decoro.