O modernismo está acabando, aos poucos, com uma antiga tradição da ilha de Parintins bom e velho triciclo, movido pelas pedaladas de condutores da ilha, os conhecidos, tricicleiros. Tudo isso por conta do novo transporte movido por motocicletas, os DuCar, ou 'tuc tucs'' que chegaram já há algum tempo, mas são cada vez em maior número.
A concorrência é desleal. Um tricicleiro cobra R$ 10 por cabeça, enquanto que o DuCar cobra R$ 15. A diferença é pouca e o novo meio de transporte que invadiu a ilha não depende do esforço físico e chega mais rápido.
— Eles vêm de fora, bancados por empresas de Santarém (Pará) e o dinheiro que eles faturam em Parintins vai embora, não fica aqui - lamenta Machado, 50 anos, que vê na nova modalidade de transporte o desemprego e o fim do triciclos.
Apesar da 'invasão motorizada', os condutores de triciclos, em sua maioria trabalhadores acima de 40 anos, luta para sobreviver. Alguns deles conseguiram verba de patrocínio de grandes empresas como Bemol, Boticário, Sindicred e outras.
O triciclo é tombado como Patrimônio Cultural e Imaterial de Parintins. É resistência!