O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), teve a sua primeira prova de fogo pra saber se aderiu de vez ao discurso de extrema-direita de Jair Bolsonaro ou, se dentro do Centrão, será uma voz destoante em relação às atitudes e declarações estapafúrdias do presidente.
Em suas redes sociais, Ramos criticou Bolsonaro pelo decreto de armas, publicado na sexta-feira, 12. No documento, o presidente facilita a compra de armas e cartuchos e prevê ainda a permissão para compra de até 60 armas por atiradores, e de até 30 por caçadores, sem necessidade de autorização expressa do Exército.
No entanto, Marcelo se apressou em deixar claro que que a opinião “é pessoal, não fruto de um diálogo com a mesa diretora da Câmara ou com o presidente da Casa, Arthur Lira (PP)”.
Erra no Mérito
Para Marcelo, o deputado federal, a determinação erra “no mérito, no conteúdo e na oportunidade”, principalmente no momento em que o Brasil luta contra uma pandemia.
—No mérito porque não é armando as pessoas que vamos resolver o problema da segurança pública.
Erra na forma
Na forma porque em alguns aspectos do decreto os erros no Decreto de Armas presidente exorbita o poder e adentra na competência do Legislativo.
E na oportunidade
— E na oportunidade porque o Brasil fora do Planalto é o Brasil de 200 mil mortos, mais 700 mil micro e pequenas empresa fechadas, mais de 14 milhões de desempregados –, analisou Marcelo Ramos.
Até o Dermilson
O decreto de Bolsonaro também refletiu na Assembleia Legislativa do Amazonas. O deputado Dermilson Chaves (Podemos), que quase sempre apoia Jair Bolsonaro incondicionalmente, desta vez discordou:
— Não sou a favor. Já temo muita violência – respondeu ele, sem maiores detalhes.
Vai armar as milícias
O líder do PSB, deputado Serafim Corrêa, também se posicionou contra .
— Sou contra. Isso vai armar as milícias contra o Estado. É um erro contra a população insistir nisso
Silêncio na ilha
A ilha de Parintins nunca mais será a mesma sem a figura alegre, bem humorada e festeira de Enéas Gonçalves, que nos deixou na madrugada desta segunda-feira 15, depois de travar uma luta desigual contra as complicações da Covid-19.
Amigo dos caciques
Enéas, o primogênito do histórico prefeito Gláucio Gonçalves (da velha Arena e depois PDS), entrou cedo na política e logo se elegeu prefeito e deputado estadual, em seguida, sempre com o apoio de grandes caciques do governo, como Amazonino Mendes, por exemplo.
Anfitrião oficial
Quase sempre era o anfitrião de desse grandes nomes da política amazonense, quando eles realizam carreata e comícios na ilha, durante campanhas eleitorais. Enéas sempre estava no palanque de quem estava no poder.
De bem com a vida
Mesmo como prefeito, Enéas nunca perdeu seu jeito “de bem com a vida”. Participava de ensaios do boi, subiu no placo do Ilha Verde para cantar toadas – quando a Festa dos Visitantes acontecia lá – , e era um e um excelente contador de causos.
Max luta pela vida
E empresária Helena Brito, proprietária do Village, disparou mensagens aos seus amigos mais próximos para explicar que vem recebendo algumas mensagens de solidariedade a respeito da “suposta partida” de seu ex-marido Maxuell Fagundes, e isso não é verdade.
— Quero deixar claro que se trata de um equívoco. Ele se encontra em estado muito grave, mas ainda lutando pela sua vida.
Helena agradeceu o carinho de todos e pediu que continuem em suas orações pelo reestabelecimento de Max.
Mordaça
O juiz José Renier Guimarães proibiu o radialista Ronaldo Tiradentes de veicular matérias polêmicas contra o presidente do Sindicato dos Médicos do Amazonas, Mário Vianna.
Prazo
Titular da 5ª Vara Cível e Acidentes de Trabalho, o magistrado deu 48 horas para que o radialista retire de suas matérias com acusações contra Mário Vianna.
Prefere não falar
O blog tentou ouvir Ronaldo, mas o radialista e empresário de comunicação não quer comentar.
Exército reforça vacina
O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), disse que Apoio do Exército permitirá vacinar 267 mil pessoas acima de 50 anos.
Ele se reuniu com o comandante do Comando Militar da Amazônia (CMA), general Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, na manhã desta segunda-feira, 15/2, para tratar da parceria que vai reforçar a vacinação contra a Covid-19 das pessoas com mais de 50 anos.
Manaus é a primeira
O prefeito lembrou que Manaus já é a primeira, em percentual, para vacinação, e, com a ajuda do CMA vai ampliar a capacidade.
— Esse público acima dos 50, abaixo dos 70 anos, compreende mais de 260 mil pessoas que nós queremos vacinar em cerca de 20 dias –, afirmou.
Fachin repudia Villas Bôas
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin (no traço de Amarildo) publicou nota nesta segunda-feira (15) repudiando a confissão do general Eduardo Villas Bôas sobre o tuíte que fez em 2018, na véspera do julgamento do HC do ex-presidente Lula, com o apoio do Alto Comando do Exército.
Estopim
As declarações fazem parte do livro "General Villas Bôas: conversa com o comandante", recém-lançado pela Editora FGV, a partir de depoimentos concedidos pelo general ao longo de cinco dias entre agosto e setembro de 2019.
Noite dos generais
Em seu livro, o general Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército nos governos Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), revela ter planejado com o Alto Comando da Força o tuíte.
Na ocasião, um dia antes da Corte julgar um habeas corpus ajuizado pelo petista, o chefe militar primeiro postou na rede social que a Força compartilhava “o anseio de todos os cidadãos de bem”.
Ameaça de golpe
Depois, em entrevista à Folha de S.Paulo, o general Villas Bôas disse que pretendia "intervir" caso o STF concedesse o HC. "Temos a preocupação com a estabilidade, porque o agravamento da situação depois cai no nosso colo. É melhor prevenir do que remediar", disse.
É “intolerável”
Fachin afirma ser "intolerável e inaceitável qualquer forma ou modo de pressão injurídica sobre o Poder Judiciário" e aponta ruptura constitucional no ato do general: "a declaração de tal intuito, se confirmado, é gravíssima e atenta contra a ordem constitucional. E ao Supremo Tribunal Federal compete a guarda da Constituição.
ÚLTIMA HORA
O Ministério do Meio Ambiente lançou, na última terça-feira (9), um programa de “adoção” de parques para custear a conservação da Amazônia. A contradição é que a primeira empresa anunciada como parceira do Adote um Parque, o Carrefour Brasil, possui uma série de violações ambientais em suas cadeias de fornecimento.
— O Carrefour não tem moral para adotar um parque se ele não consegue conter a sua parcela de desmatamento da Amazônia. Ele está patrocinando o crime, na medida em que não rastreia sua cadeia produtiva –, avalia Marques Casara, diretor executivo da agência Papel Social, especializada em pesquisa de cadeias produtivas e projetos de comunicação nas áreas de direitos humanos e o meio ambiente. Baseado em pesquisas realizadas para instituições como a Oxfam Brasil e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), Casara ressalta que o Carrefour “financia a devastação da Amazônia” ao comprar carne de fornecedores que “criam gado em terra indígena e em área de desmatamento ilegal.”
A rede de supermercados de origem francesa desembolsará cerca de R$ 3,8 milhões e ficará responsável por preservar 75,9 mil hectares de floresta, na Reserva Extrativista do Lago do Cuniã, em Rondônia, por um ano, com possibilidade de prorrogação por mais quatro.
ORGULHO
Quem é a enfermeira que atravessou uma enxurrada para vacinar idosos no interior do Paraná? O vídeo com a sua luta emocionou o país neste fim de semana. Ela se chama Ângela Maria de Jesus. Sua dedicação fez com que ela virasse, de uma nora para outra, uma heroína que enfrentou a água, somente preocupada com a validade das doses e com a saúde dos idosos que tinha para vacinar. Cheia de determinação e a coragem, Ângela é servidora da prefeitura municipal de Porto Rico, trabalha há 20 anos na área da saúde e há 4 anos como vacinadora. Ângela de Jesus merece aplausos e todo o carinho do povo brasileiro.
VERGONHA
O avanço do desmatamento e das queimadas na região amazônica, os ataques do governo Bolsonaro às populações indígenas e o desmantelamento de agências governamentais, como o Ibama e o ICMBio, motivaram a apresentação de nova denúncia contra o presidente brasileiro ao Tribunal Penal Internacional (TPI). Feita em nome dos caciques Raoni Metuktire e Almir Suruí, a solicitação pede que a procuradora do TPI, Fatou Bensouda, abra inquérito preliminar para investigar a responsabilidade de Jair Bolsonaro e membros de seu governo. A denúncia aponta o mandatário brasileiro como responsável pelo assassinato, transferência forçada e perseguição contra povos indígenas. A representação também denuncia a política de Bolsonaro em relação ao meio ambiente, pleiteando o reconhecimento do ecocídio — destruição do meio ambiente em nível que compromete a vida humana — como um crime passível de análise pelo TPI.