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Poderosos do mundo inteiro ouviram calados todos as intempéries, decretos absurdo, grosserias e o festival de arrogância e prepotência do presidente empossado, Donaldo Trump.
Todos não. Uma pequena e aparentemente frágil bispa resolveu dizer umas verdades na lata do “dragão da maldade”. De forma corajosa, mas sem perder a elegância, enquadrou o todo poderosos na condição de perseguidor das minorias e, de forma humilde e respeitosas, pediu misericórdia para imigrantes e pessoas da comunidade LGBTQIA+.
— Eu lhe peço que tenha misericórdia, senhor presidente. Há crianças gays, lésbicas e transgêneros em famílias democratas, republicanas e independentes –, disse Mariann Edgar Budde, uma sacerdote anglicana da Igreja Episcopal dos Estados Unidos e bispa de Washington desde 2011.
A saia justa rolou no culto de celebração da posse de Trump como presidente dos Estados Unidos, realizado na terça-feira (23).
Quem ela pensa que é?
Sentado à frete da religiosas, Trump fez cara de poucos amigos.
— Quem essa baixinha pensa que é? –, deve ter pensado, irritadíssimo, o republicano
Mas Budde nem ligou. E continuou a cobrança argumentando contra a criminalização generalizada de migrantes e sobre as “crianças com medo de que os seus pais sejam levados”.
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— Muitos não possuem a documentação adequada, mas não são criminosos –, alfinetou.
Meu nome é Budde
Mas quem é a pequena bispa que chamou atenção do mundo por pedir ao presidente misericórdia?
Mariann Edgar Budde, 65 anos, é a primeira mulher a assumir essa função.
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Ela lidera 86 congregações e dez escolas episcopais no Distrito de Columbia e em Maryland. Além disso, atua como presidente da Protestant Episcopal Cathedral Foundation.
Defensora da LGBTQIA+
Sua biografia revela uma defensora fervorosa da equidade racial, dos direitos LGBTQIA+ e da reforma na imigração, “alinhando suas ações ao chamado de Jesus para lutar pela justiça e dignidade de todos”.
Irritou o homem
A reação de Trump, claro, foi imediata.
Depois da repercussão do caso, Trump foi às redes sociais chamar a bispa de “esquerdista radical” e cobrar um pedido de desculpas, o que ela se negou a fazer.
Não me desculpo
Budde disse que lamenta “que tenha sido algo que causou o tipo de resposta que causou”.
— Mas não, eu não vou me desculpar pelo que eu disse! –, afirmou.
Pau neles!
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O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante) prometeu descer do palanque após a sua vitória nas urnas para o segundo mandato.
No entanto, volta e meia ele cutuca os deputados
federais que disputaram a eleição com ele, lembrando que muitos deles não mandaram um centavo para Manaus.
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— Tem deputado federal que não destinou um real para Manaus, mas teve 90% dos votos em Manaus. Trata mal a população! – arregaçou, durante entrega do Centro de Referência de Assistência Social (Cras)
Nomes aos bois
O prefeito até que manteve a intenção de nãi dar nomes aos bois.
Mas, para bom entendedor, meia palavra basta.
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O torpedo foi disparado, claro, na direção dos deputados Alberto Neto (PL) e Amom Mande (Cidadania), que seus adversários na última campanha.
Desembarque
O senador Plínio Valério (PSDB-AM) nunca escondeu de ninguém que morre de amores pela extrema direita e sempre defendeu as bandeiras extremistas de Jair Bolsonaro.
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Por isso não é surpresa para ninguém sua decisão desembarcar do PSDB caso o partido confirma fusão com o PSDB, que apoia Lula.
Nitroglicerina pura
Plínio, como esta D&F já publicou, é “o último dos moicanos” do PSDB no Senado.
Já o PSD de Omar Aziz tem em sua bancada 15 senadores.
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Para Valério a “mistura” é nitroglicerina pura pois ele prefere ser engolido por Bolsonaro a ter que se aliar ao presidente Lula.
As lições do Tasso
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Embora se diga experiente na política, Plínio Valério deveria ter repreendido as lições do tucano-mor, Tasso Jereissati (PSDB-CE) que em 2018 admitiu que “o antipetismo alucinado desfigurou o PSDB”.
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No mês anterior às eleições presidenciais de 2018, Jereissati deu uma entrevista em que praticamente decretou a morte do PSDB. Ele listou uma série de erros que levaram à destruição do partido.
Erro 1
O primeiro foi ter questionado o resultado eleitoral de 2014, quando Aécio Neves perdeu para Dilma e levantou suspeitas de fraude que, mais tarde, se provariam infundadas por uma auditoria feita pelo próprio PSDB.
Erro 2
O segundo erro apontado por Jereissati foi “votar contra princípios básicos só para ser contra o PT”.
Erro 3
O terceiro e maior erro, segundo ele, “foi entrar no governo
no Temer.
— Fomos engolidos pela tentação do poder.
Os mesmos erros
Coincidência ou não, são exatamente estes os mesmo erros que o tucano de Eirunepé cometeu em seu primeiro mandato: o antipetismo e a sede de se manter ao lado do poder.
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Mesmo que, na época, isto significasse digerir o fascista Bolsonaro, bem pior que Michel Temer que também não é flor que se cheire.
ÚLTIMA HORA
FALTOU COMPETÊNCIA E MALÍCIA" – Bolsonaro agora bate até nos generais, que antes idolatrava
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Em entrevista polêmica ao ao canal bolsonarista Fio Diário, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta quarta-feira, que se pudesse voltar no tempo teria escolhido ministros mais "parrudos" e "casca grossa" em vez de generais para os ministérios palacianos no seu governo.
Segundo ele, faltou competência" e "malícia" para "enfrentar o sistema".
— O sistema tá forte, tá aí (sic). Faltou competência para nós, malícia. Você me pergunta o que eu faria diferente. Os ministros palacianos seriam diferentes. Eu não teria mais alguns nomes, um general ali. Eu não teria mais general ali. Teria ministro mais parrudo, mais casca grossa, para enfrentar o sistema —, disse.
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A mudança de discurso vem depois de a Polícia Federal indiciar 28 militares por participação em um plano de golpe de Estado no fim de 2022, depois de Bolsonaro perder as eleições para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-chefe do Executivo, também indiciado, é apontado pela PF como o líder da organização criminosa que planejou abolir o Estado Democrático de Direito e impedir que o petista tomasse posse.
ORGULHO
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A atriz Fernanda Torres está radiante com as três indicações ao Oscar 2025, anunciadas nesta quinta-feira (23). E o povo brasileiro também. O aclamado filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, foi indicado nas categorias de Melhor Filme e Melhor Filme Internacional, além de garantir à atriz sua própria indicação como Melhor Atriz. Essa conquista marca um momento histórico para Fernanda Torres, que segue os passos de sua mãe, Fernanda Montenegro, primeira brasileira indicada ao Oscar de Melhor Atriz, em 1999, por Central do Brasil — também dirigido por Walter Salles. Naquela ocasião, Montenegro perdeu para Gwyneth Paltrow, vencedora por Shakespeare Apaixonado, uma derrota que causou uma certa mágoa entre o público brasileiro.
VERGONHA
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A ordem executiva do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que restringe direito à cidadania por nascimento no país norte-americano foi suspensa de forma temporária nesta quinta-feira (23/1) por um juiz federal de Seattle. O republicano tomou posse na última segunda-feira (20/1) e, desde então, assina medidas polêmicas em relação, principalmente, a imigrantes. A ordem executiva de Trump estabelece que o governo não vai emitir documentos como passaportes para crianças cujos pais não forem cidadãos residentes permanentes e cuja mãe esteja no país de forma ilegal ou legal, mas temporária. Cerca de 150 mil bebês seriam privados de cidadania por ano, de acordo com ação judicial movida por quatro estados, inclusive Washington. É muita maldade!
OUTRAS PALAVRAS
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“ENVELHECER É UMA MERDA! VOCÊ NÃO PODE FAZER NADA SOBRE ISSO. VOCÊ PERDE O ROSTO, PERDE A VISÃO. VOCÊ LEVANTA E, CARAMBA, SEU TORNOZELO DÓI”, Alain Delon